Friday 23 October 2009


Tudo passa


Nao importa quantas estradas cruzes. Quantas fronteiras vencas ou quantos coracoes conquistes com teu olhar. O tempo devora tudo. Somos entao sementes da lembranca que ainda vai nascer em nos.

O tempo nos tira a vida e nos entrega a morte. O tempo se for brando, nos entrega a justica em uma bandeija dourada, demorada.

A angustia cessa mas nao finda. Ela guagueja pelas paredes da casa de dentro e volta a nos atormentar. Nos indaga sobre o tempo que passou e as coisas que nao fizemos. Os sonhos que nao realizamos. As alegrias que nao germinamos. Ela nos indaga sobre todas as coisas que poderiam ter sido diferentes, sobre as perdas que talvez nao mereciamos ter perdido.

Mas a angustia, nao e soberana, nem rainha de reino algum. Esse trono e do tempo, e o destino sua estrada.

E uma tristeza sem fim, quando olhamos o mapa que deixamos pra tras, e percebemos enfim, que mereciamos uma estrada mais bela. Bem mais amena e sincera.

A amargura pousa de leve na janela. Sopra um suspiro de aflicao. Sobre certas coisas, principalmente, todas as coisas idas, nao temos poder algum de remedia-las.

Mas se o tempo me desse uma pagina de misericordia, eu escreveria, tudo outra vez. Exatamente como foi escrito. So pediria baixinho aos que amei, que nao me deixem, que nao facam isso comigo. Quando tudo o que quis era uma casa no campo, um abraco demorado, e um adeus que fosse apenas um ate logo.

E hoje olho pra tras. Na imensa estrada as pedras que antes haviam foram removidas apos minha passagem. A vida prega pecas em nos. Da risada de nossa fraqueza e nervosismo. Tudo passa. Outras coisas no entanto, nos esperam passar primeiro, para entao seguirem livres.

Agarra tua vida com as duas maos! Ama as pedras da mesma forma que amas as estrelas do caminho, pois elas sao enfim, feitas da mesma materia, de que es feito. Ama enfim, o bem e o mal. Pois tudo ha de passar.

Ana Frantz

Um seculo em Santa Cruz


Ela estaria completando 100 anos. Irma Maria Frantz nasceu e morreu em sua terra natal ha apenas 17 dias de seu centenario. Sua tao amada Santa Cruz do Sul. Terra que lhe viu nascer ha apenas 62 anos apos a chegada da primeira leva da colonizacao alema. Sua casa materna era situada ao lado da Catedral Sao Joao Batista, antes mesmo, da propria Catedral ser construida.

Ela nao so testemunhou os avancos de dois seculos e as atrocidades de duas Guerras Mundiais. Muito mais que isso, ela foi testemunha da historia de Santa Cruz do Sul. Acompanhou seus avancos e viu com seus proprios olhos as ruas serem moldadas e se encherem de automoveis e luminosos.

Recordo ainda, as tantas historias, que minha tao saudosa avo, me contava, desde que era ainda muito crianca. De como os vitrais da Catedral foram em geral doacoes de familias. De como a igreja era dividida; o lado esquerdo para os homens e o direito para as mulheres. Lugar onde ela conheceu meu avo, o Mario Frantz, irmao do jornalista Francisco Jose Frantz, fundador da Gazeta do Sul e trabalhou sua vida inteira na Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Apos sua morte aos 34 anos, minha avo, ficou sozinha com quatro filhos pequenos para criar. Quatro meninos e uma menina ainda de colo. Sem nenhum acesso a ajuda financeira por parte do governo, ela se viu na nescessidade de criar meios de sustentar sua familia.

Comprou um livro que ensinava a costurar cortinas. E sozinha aprendeu e mestrou a arte de tecer belas e sofisticadas cortinas, que mais tarde serveriam de adereco nas casas dos ricos da pequena Santa Cruz.

Lembro ainda, que ela costurava a vinte anos atras. Com seus belos e tao joviais 80 anos. Poucas pessoas possuem essa arte. A arte de amar a vida, assim desse jeito tao inocente e vital. Poucas pessoas vivem 100 anos, raras viveram com tanta dignidade, altruismo e alegria.

Lembro que ia ao Paraguai para comprar presentes de Natal para toda a familia ja em seus oitenta e poucos anos. Lembro que ela nunca mais cortou o cabelo apos a morte do marido, e nunca se interessou por nenhum outro homem. Sei que viajou sozinha pelo Brasil quando os filhos cresceram. Sei que a custas de sacrificios e trabalho duro ela construiu uma casinha para cada filho, na rua Joaquim Murtinho. A casa que me viu nascer. Sei que em 1916, aos sete anos de idade, havia sido convidada a participar dos Jogos Olimpicos em Berlin, na categoria de ginastica olimpica, mas acabou nao indo. Devido a primeira Guerra Mundial, as olimpiadas em Berlin foram canceladas naquele ano. Aos 85 anos, sua casa pegou fogo, enquanto estava passando ferias na casa da sua filha em Florianopolis, nessa ocasiao ela perdeu praticamente todos os seus pertences pessoais, memorias, fotografias e cartas. Sofreu a morte de tres filhos, dois ja adultos e um ainda bebe. Sei que ela superou cada perda, com a mesma serenidade e perseveranca de sempre.

Minha avo foi um exemplo para tanta gente e em tantos aspectos, que quando relembro sua caminhada, minha alma da risada e chora ao mesmo tempo. Choro da saudade que nunca vai passar e pela perda tao memoravel para os que a conheciam e tambem para qualquer Santa Cruzense. Pois ela representa um pedaco da nossa historia. Uma fonte viva dos antepassados alemaes que formaram o que somos hoje. Dou risada, porque tenho orgulho de ter sido formada da mesma materia e por carregar seu sobrenome

Por todos os fatos que conheco e principalmente pelos que desconheco meu peito se enche de uma nostalgia inexplicavel.

Sempre tive o sonho de escrever sua biografia. Lhe dizia ao pe de seu ouvido na antiga cadeira de balanco que um dia escreveria sua historia, ela me olhava e dava risada. De certo nao me acreditava. Mas entao me mudei para a Inglaterra onde moro ja a 7 anos, e nao tive o tempo que precisava para vasculhar seus segredinhos e os fatos relevantes para se formar uma boa biografia.

O que posso, e guardar em mim, os fragmentos que me lembro. O que cabe a mim, e manter vivo os rastros historicos, dessa terra que e minha tambem. O que faco agora e olhar pra traz, nesse trajeto de tempo, e com olhos lacrimejados, agradeco a oportunidade de ter tido minha avo, e ter visto ela vencer tantos desafios sempre com um sorriso no rosto, por ela ter sido um marco tao importante para a geracao do meu pai, para a minha, e para a que me suceder.

Cabe a mim, a meus familiares, e aos que tiveram o prazer de conhece-la, nosso respeito mutuo por essa data. 100 anos nao se fazem todos os dias. Na Inglaterra, a honra de tomar cha com a Rainha lhe seria atribuida. Quando lhe contava isso, ela tambem ria.

Hoje levanto meus olhos e coracao em saudacoes. Um brinde, a Irma Maria Frantz, uma heroina, que ultrapassou um seculo vencendo dificuldades e tocando a alma de quem a conhecia com sua docura tao serena e sua perseveranca tao indiscreta.

Ana Frantz

Da arte de dizer adeus


Vivo em metades. E me descubro inteira em meu sonho. Acordo com as rugas das memorias amassadas em meu coracao.

O que amo, com tanta veemencia e ardor, destroi meu direito de sonhar. E abandono esse espinho com os dedos fervendo de remorso. Olho atenta a flor que nasce no jardim e descubro que ate a flor que nasce agora vem carregada de espinhos. Suporto-os, pois e o novo que chega. E sempre suportamos as sujeirinhas da novidade.

O que me pesa agora e esse amor em demasia. E essa saudade insaciavel. E essa impossibilidade de voltar.

O caminho segue e novas montanhas me sao postas. Como poderei contertar-me com a estrada reta e morna. Quando vales e rios e montanhas de dificil acesso me poem a prova. Quero esse vento que me faz chorar de tao gelado. Quero as faiscas dessa fogueira que me encanta com seus tons de laranja. Quero andar ate perder o folego e adormecer ao relento para catar as estrelas distraidas pela noite.

Mas meu coracao me pede para voltar. Me sussurra baixinho ao pe do ouvido: - Serena tua alma, a tudo o que te e simples e raro.

Anseio arrumar as malas. Ensaio que empacoto meus livros, todos numa caixa apertada. Me imagino fechando a porta. Entrando naquele aviao. E um nao sei o que me aterroriza. Tambem nao posso dizer adeus ao que aqui me fica.

Entao me acostumo a viver com as metades que connstrui. Aos amores que me amaram e nao suportaram minhas asas. A cidade que amei e que se me amou de volta; eu nao vi. Aos olhos azuis e sinceros de meu pai que choraram quando eu disse adeus, e quando eu prometi voltar apos 4 estacoes e nao voltei.

Me perco nas distancias que sao tao minhas. E o ar que eu respiro tao solitaria me da uma dimensao do que e se estar vivo. Imersa e feliz em meio ao furacao.

Me atiro do alto! A vista que me embala os olhos nesse precipicio infinito me explica que o milagre nos segue, e que as asas foram feitas para o voo.

Um dia quem sabe migro de volta e pouso de novo nas coisas que foram tao minhas um dia.
Ana Frantz

Wednesday 21 October 2009

Quase nada


Na agonia do sonho, embalo minhas estrelas coloridas numa caixa toda rosa. Ah os sonhos e o gosto de aventura que eles trazem. A pureza que desperta dos meus olhos quando a rosa nasce no vaso apos uma noite fria e me sussura no ovido que quase nada e impossivel.
O que sabemos sobre perseveranca, nos indagam os mais velhos. E eu digo que a perseveranca sao as arvores no outono se dispindo para o vento e que mesmo nuas dancam para ele, sem a vergonha dos covardes. O que digo da perseveranca e o que meus bracos criam quando se abrem; as asas, que me permitem os voos mais longos. A entrega cega, para o que aprendemos a gritar de destino. Ah o destino, tao fugaz e faceiro, passeando pela minha avenida. E o que indaga esse velho amigo? O que me pede em solucos, esse meu destino? Feito de asas e tombos. E de todas as coisas que me esqueci.
Da perseveranca dizem, nasce o milagre. O que tu buscas com tanta afobacao. Paciencia, eles nos imploram, porque nem sempre e facil, ser humano, nessa tao humana lida.
Seguimos entao. Quase sempre querendo olhar um pouquinho pra tras, espiar as dobrinhas escondidas do tempo, no velho livro empoeirando na estante. O adeus que as vezes dizemos com tanto prazer e loucura, e o que dizemos sempre nao querendo dizer; o que dizemos com a dor infindavel nos olhos. A dor que eventualmente nos cegara para o belo.
Ainda assim seguimos. Com as marcas que nos fizeram mais humanos ou mais deuses.
Mas quase sempre, perdemos, o que nao podiamos perder.
Quase sempre sobrevivemos, quando era mais facil morrer. Ultrapassamos o obstaculo e esquecemos de doer. Quase sempre a lagrima seca, e nao ha mais o pranto que alivia. Quase sempre nos curamos dos resfriados e nos salvamos da multa por um triz. Quase sempre esquecemos do quao raro, e estar vivo, com o ar entrando e saindo dos pulmoes. Quanta coisa junta precisa dar certo dentro da gente, para o coracao bater no mesmo ritmo em que as celulas fazem cocegas no nosso sangue.
Quase nunca conseguimos proteger o que e bom dos danos da erosao de tudo o que nao e eterno. Quase nada temos. Tao raras sao as certezas. Tao precioso, o tempo que dispomos. Usa-o!
Para o milagre da vida me entrego e sou sua escrava. O ar que entra em mim, passeando por onde nunca vou estar, e o sopro que me traz paciencia. Repouso meu olhar sob todas as coisas que nao me fazem sentido e admiro o que nao sei ou entendo.
E o misterio segue sempre arteiro com seus segredinhos.
Ana Frantz


Nao ha chao que me de raizes.


Mas asas que me emprestam o direito de sonhar. AF

Tuesday 13 October 2009

Thursday 8 October 2009

Nunca sera facil, te dizer adeus

Para a Vo Irma,
Outubro de 1909 uma luz muito intensa desceu ao mundo para iluminar geracoes. Um seculo depois; essa mesma luz se apagou, deixando seu rastro na terra. Iluminando a memoria de quem teve a sorte de compartilhar tua luz. Ainda nao acredito, que estou prestes a te escrever meu ultimo adeus. Quase 100 anos, nao foi suficiente, quando tua presenca, foi sempre algo tao revelador e especial.
Guardo com imenso carinho tantas memorias tuas, vo! Assim como tenho certeza que todos aqui hoje presentes devem ter escondidos pelos bolsos do tempo, risos teus, carinhos, palavras, gestos, delicadezas tuas, tao tuas, so tuas! Meu Deus, como tenho saudades ja, do teu olhar maroto, do teu jeitinho de menina, da nossa ultima danca, celebrando 2009, o ano que nos deixaria.
As memorias veem dancando em minha alma, desejando, que eu pudesse me transportar para aqueles momentos tao raros ao teu lado. Nossas idas a casa de cha Jamaica, quando tu contavas sorrindo que eu adorava girar nas cadeiras do balcao. As procissoes de Corpus Christi onde iamos juntas, eu vestida de anjo jogando petalas no chao, a Igreja do Padre Cicero, as vezes que me fazias ajoelhar em frente da Tv olhando tua missa, as vezes que corria a ti buscando um pouco de paz nas turbulencias dos dias adultos. Os tantos natais em familia que passamos juntas, e que gracas a Deus, teu ultimo Natal, estive sentada ao teu lado, na hora da ceia. Me lembro ainda que ias ate o Paraguai de onibus para comprar presentas para toda a familia,sempre nos trazia uma boneca especial. As balinhas da antiga berbal.
O que acalma meu coracao, hoje, nessa dolorosa e chuvosa Londres, a mais de dez mil kilometros de ti, e saber que tivemos muitos momentos especiais juntas, e pude em vida, te dizer diversas vezes olhando em teus olhos do quanto eu te amo, e de tudo que representas na minha vida; sempre fostes um dos exemplos mais lindos a seguir. E tentarei seguir; teu exemplo. Tentarei preservar em mim, por mais que os anos curvem minhas costas, a mesma alegria de viver, que tu sempre tivestes. Tua coragem e determinacao. Tua fe. O teu jeito doce de tratar as pessoas.
O que doi e dizer adeus, para quem foi sempre tao presente. Todas as pessoas que me conhecem, aqui na Inglaterra, sabem de ti, ja te conheciam um pouquinho. Tentei repassar algumas coisinhas que me ensinastes, pois entao eles tambem, poderiam se beneficiar com tua luz tao bonita.
Jamais me esqueco, o que me dissestes, a vinte anos atras. Quando estava chorando de cabeca baixa, menina pequena que ainda era, e tu, puxastes delicadamente meu queixo em tua direcao, e me fizeztes olhar frente teus olhos azuis, e sorrindo me dissestes: "Stupcia"; mesmo que teu coracaozinho esteja em mil pedacos, mantenha sempre um sorrisinho no rosto! Acho que essa frase diz muito pra mim, e diz muito sobre ti, minha querida vozinha. Tu passastes por tantas provacoes ao longos desses 100 anos, e tu vencestes todas elas, assim desse jeito; com um sorriso no rosto. E assim vou te guardar, sempre sorrindo, la de cima, para nos.. Assim, eu te prometo, sorrir sempre, cada vez que lembrar de ti, cada vez que ver a primeira estrela brilhar no ceu, pois sei, que tu estara la em cima com a maezinha do ceu, cuidando de nos.
Como tu dizias, minha querida, amada, vozinha.
Como tu dizias, com teus olhinhos estalados de tao brilhosos que eram; segura na mao do menino Jesus e vai, sem olhar pra tras. Vai vozinha amada, segurando a mao do menino Jesus, nao olha pra tras. Hoje a gente fica, hoje a gente chora por ti, mas tu jamais morreras em nos. Tua palavra; que e o verbo; essa vivera pra sempre em nos, e nas geracoes que nos sucederem. Tu nao podera segurar nos bracos os filhos que eu ainda terei, mas eles saberao tudo de ti. Poucas pessoas tocam a alma da gente assim. Te amo por ser minha avo, mas mais do que o laco de sangue que nos uniu, te amo, porque reconheci em ti, a beleza, do que costumamos a chamar; amor.
Guardarei pra sempre tua historia, tua alegria, teu amor pela vida, tua fe, tua coragem e gentileza. Tu es meu exemplo de vida e pra sempre sera.
Sempre brincava que tinhamos o mesmo formato das maos. Hoje oro para que meu coracao, encontre o mesmo formato do teu, para que no dia do meu adeus eu tenha ao meu redor tantas pessoas que me amam, assim como tu, minha amada vozinha.
Te amarei pra sempre; e ainda nao estava preparada para te dizer adeus. Como sentirei tua falta. Como posso te dizer adeus? Nunca sera facil te dizer adeus.
Vai em paz segurando na mao de Deus e dos anjos, segue enrolada no manto da Nossa Senhora, minha amada fada vovozinha, meu amor por ti segue e pra sempre seguira. Sinto saudades, que apertam demais o coracao, quase nao da pra respirar, e la fora a chuva cai, Londres tambem chora por ti. Sei que um dia dancaremos de novo no ceu.
Meu coracao e minhas oracoes estarao contigo.
Tua neta,

Monday 5 October 2009

Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
Maria Bethania

Friday 2 October 2009

Ela



Era imprevisivel. Diziam.


Sempre correndo atras do vento mais forte. Da risada mais absurda. Do desejo mais lento. Mas e linda; sussurram.


Em noites de lua cheia ela brilha com a lua. Sua loucura tranparece num geito doido de respirar. Esse ar que entra pelos pulmoes e a expande inteira a transformando em passaro e deusa. Deusa da noite. Obscura. Lenta. Indiscreta.


E uma estrela se joga do ceu, so para ve-la voar. Expandido em luz e poesia.


A vida ardendo em cada poro.


O gosto de quem nao quer ver o tempo passar. No segundo o que ha de eterno, vivo, santo, mortal. Uma aventura. O sabor do inesperado. A pagina que o vento vira na varanda, o livro que se acabou de ler, o cheiro de cafe na sala. As frestas. As frestas, deixando um barulinho entrar.


Por dentro borboletas faceiras passeiam, fazendo cocegas na alma.


Uma gragalhada ecoa no vento.


Ela sabe sorrir.


AF

Thursday 1 October 2009


"É dificil aprisionar os que tem asas"

x

"...depois de todas as tempestades nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn ggggggggggge naufrágios
o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro" Caio Fernando Abreu

Mapas



Acho que se gostamos demais, adoecemos. Acho que se nos limitamos, morremos. Entao amo em demasia, o novo, o belo, o que e sonho. As fronteiras, os aeroportos, e os rios. Amo a estrada! A rodovia que liga a vida ao mar. E o sol que se deita de mansinho as oito horas.


De todos os desejos, queria apenas uma mochila e um mapa do mundo no coracao, para que fronteiras nao me prendessem e o horizonte fosse meu unico mirante.


Ah liberdade. Como e bom amar assim. A vida em totalidade. Quero todas as aventuras sem fim. Desbravar alem da Europa, novos e velhos caminhos, para alem, do ocidente. Novo ceu poente, novas constelacoes, outros oceanos.


Quero as asas, quero o voo! O contentamento de quem explora em uma paisagem nova, o divino que habita por dentro.


AF

Livros que me acompanham em 2009

  • Notes from my travels- Angelina Jolie
  • THE SHAMANIC WAY OF THE HEART - Chamalu- Luis Espinoza
  • Shooting Butterflies - Marika Cobbold
  • The Global Deal - Climate change and the creation of a new era of progress and prosperity- Nicholas Stern
  • The Penelopiad- Margaret Atwood
  • Discover Atlantis - Diana Cooper
  • Tne Gift - How the creative spirit transform the World - Lewis Hyde
  • My East End: A history of Cockney London- Gilda O'Neil
  • Delta of Venus- Anais Ninn
  • The Little Prince- Antoine de Saint Exupéry *** Apr
  • Doidas e Santas- Martha Medeiros (March)
  • The English Patient by Michael Ondaatje
  • Gilead by Marilynne Robinson - Feb
  • Healing With the Faries by Doreen Virtue (Feb)
  • Montanha Russa- Martha Medeiros (Feb)
  • O codigo da Inteligencia - Augusto Curry - Feb
  • O Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago ( Jan Lendo)

Livros que andaram comigo em 2008

  • Meditacao a primeira e ultima Liberdade by OSHO ( Dec)
  • The English Patient by Michael Ondaatje (Dec Lendo)
  • Harry Potter and the Philosopher's Stone - J.K Rowling (Oct Lendo)
  • The PowerBook - Janette Wintersone (Oct- )
  • A vida que ninguem ve- Eliane Brum (Sep - Lendo)
  • The Birthday Party - Panos Karnezis - (Sep )
  • Ensaio sobre a Lucidez -Jose Saramago (Lendo...)JUN
  • Nearer The Moon -Anais Ninn (Lendo..) JUN
  • Superando o carcere da emocao - Augusto Cury(lendo...) JUN
  • Perdas e Ganhos- Lya Luft Jun(Releitura) Jun
  • A Mulher que escreveu a Biblia - Moacyr Scliar(May) ****
  • The Secret By Rhonda Byrne (May)
  • Time Bites -Doriss Lessing March (lendo...)
  • Life of Pi - Yann Martel (March to May )
  • The Kite Runner -Khaled Hossein /March ****
  • Back when we were geown ups / ANNE TYLER (larguei na metade)
  • O Sonho mais doce - DORIS LESSING /Feb ****
  • The Crimson Petal and the White- MICHAEL FABER / Dec-Jan / ***

Livros que me acompanharam em 2007

  • Burning Bright - TRACY CAVILER
  • Fear of flying - ERICA JOUNG (larguei na 50th pagina)
  • I'll take you there - JOYCE CAROL OATES ***
  • Memorias de minhas putas trsites GABRIEL GARCIA MARQUEZ ***
  • The Siege - HELEN DUNMORE ***
  • A girl with a pearl earing - TRACY CHAVILER ***
  • A year in Province PETER MYLES ( larguei na metade)
  • The mark of the angel- NANCY HUSTON-
  • A bruxa de portobelo - PAULO COELHO -
  • Under the Tuscany Sun - FRANCES MAYA -
  • Sophie's World - JOSTEIN GAARDER *
  • The umberable lightness of being - KUNDERA- **
  • As aventuras da menina ma MARIO VARGAS LOSA - ****

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