Sera que um dia eu tive o teu amor? Quantos segundos na vida, tu me olhastes profundamente? Em quantos minutos tu entendestes cada palavra da minha boca?
Ao meu redor vai e vem, essa nunvem de confusao. Te querer, nao te ter. Abstinencia. Raiva e rancor. Se coloco meus pes em terra estranha, me seguro em cima do muro, porque nao quero me deixar partir. Nao quero que me percas. Mas tu, ja nao sabes mais quem eu sou. Ja nao queres mais tudo o que fui. Negas, te renegas, a ti e a teu amor. nao me falas da verdade. Tuas palavras sao vazias da intimidade que um dia eu te dei. E te dei tantas coisas. Todas as coisas do meu mundo. Do meu vasto mundo. Dos meus paradoxos mais profundos, e dessa delicia de ser, e desse inferno de ser. Te dei o que eu sou, inteiramente. Entao nao me peca para evitar a dor, ou a fala em solucos, porque tudo o que vivi foi intensamente.
E eu me prometi, nunca mais chorar por ti. Nem mais um dia, nem mais um momento. Mas ainda te sinto em mim. Sinto tua respiracao e o ritmo do teu coracao. Sinto tua alegria, e tua dor. Nunca disse que poderia ser essa reinvencao que criastes. Mas era eu, quem te amava como eras. Em meio a meus gritos de raiva, todo mundo via, que era a ti que eu adorava. Pulastes fora da montanha russa, e agora me dizes que queres uma estrada unica.
Va! Corre em busca dessa estrada reta, porque eu ainda estarei procurando as curvas. As curvas tortas da vida. E rezo para que numa curva bem acentuada eu me bata de frente com alguem que ame as curvas da estrada tanto quanto eu, e aceite meus gritos de dor e meus gemidos de prazer com a mesma intensidade. A.F
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