(artigo para jornal)
O mundo: essa gigante cápsula colorida que habitamos, com suas mais estranhas formas. Com seus mais intrigantes habitantes, linguagens, biodiversidades, latitudes, altitudes, trópicos, horários, fronteiras, culturas, guerras, é, antes de tudo, a maior obra de arte já criada. A odisseia humana é, antes de tudo, a maior obra literária já escrita. O destino da humanidade, no entanto, continua sendo o nosso mais doce mistério.
A velocidade com a qual o mundo evoluiu no último século é no mínimo impressionante. Toda vez que reflito sobre esse tema, é impossível não me vir à mente a vida da minha avó, Irma Frantz, hoje com 99 anos de idade. Desde muito menina, ouvia ela me contar os relatos do passado. O primeiro carro a circular pelas ruas de Santa Cruz, o acendedor das lamparinas e as brincadeiras de criança daquela época.
Fico impressionada ao tentar imaginar o impacto que deve ter sido viver tantas transformações. Das revistas ilustradas ao rádio; da televisão preto-e-branco para a cores e logo a antena parabólica; a internet e a tevê digital; do telefone analógico ao celular. E do celular ao mini computador, que hoje carregamos no bolso, com internet, satélite, câmera e vídeo.
Se o último século trouxe tantas mudanças na forma como socializamos, nos transportamos e nos comunicamos, tente imaginar como o atual século nos será gradativamente revelado. Fico atônita em descobrir o avanço tecnológico de um ano para outro. Meu celular há seis meses era o que de mais high-tech poderia se comprar, e custava 500 pounds no mercado (aproximadamente R$ 1,5 mil). Seis meses depois, ele vale apenas 200 pounds, mas ninguém investiria essa quantia nele, quando as prateleiras estão cheias de novidades, com celulares que são realmente um mini computador.
Aí pulamos do Google Earth para o Street Map, que fotografou todas as ruas de Londres, e quase todo o Reino Unido, dando acesso visível e objetivo de toda a cidade. Um passeio virtual, literalmente. Meses atrás vi uma foto da Terra tirada por um satélite. A quantidade de satélites colados em sua órbita é uma coisa incrível. Para não dizer inacreditável. A tecnologia, a medicina e a engenharia estão, sim, em rápida transformação.
Mas por mais inteligente e inventiva que seja, a humanidade tem hoje nas mãos um desafio talvez muito maior do que foi vencer o Nazismo de Hitler. Ainda mais desafiador do que acabar com o terrorismo de Osama Bin Laden, a Aids na África e o tráfico de drogas na favela da Rocinha. Um problema de escala global, que exige a cooperação de todos. Caso contrário, o Mundo, a minha casa, a sua, a dos pobres, a dos ricos e a dos muito ricos correm sérios riscos de destruição. O nome do nosso maior adversário se chama hoje “Global Warming” (aquecimento global).
E para reverter as consequências do super aquecimento da terra, o que precisamos é cooperação global, entendimento e engajamento. Não só dos governantes, como uma figura de líder, mas da sociedade como um todo. Consciência e reeducação ambiental. Muitas ideias interessantes já estão vindo à tona, há metas para a redução na emissão de gases, no desmatamento das florestas e na busca por energias alternativas. Muitas delas precisam cooperação global para serem postas em prática.
O mundo: essa gigante cápsula colorida que habitamos, com suas mais estranhas formas. Com seus mais intrigantes habitantes, linguagens, biodiversidades, latitudes, altitudes, trópicos, horários, fronteiras, culturas, guerras, é, antes de tudo, a maior obra de arte já criada. A odisseia humana é, antes de tudo, a maior obra literária já escrita. O destino da humanidade, no entanto, continua sendo o nosso mais doce mistério.
A velocidade com a qual o mundo evoluiu no último século é no mínimo impressionante. Toda vez que reflito sobre esse tema, é impossível não me vir à mente a vida da minha avó, Irma Frantz, hoje com 99 anos de idade. Desde muito menina, ouvia ela me contar os relatos do passado. O primeiro carro a circular pelas ruas de Santa Cruz, o acendedor das lamparinas e as brincadeiras de criança daquela época.
Fico impressionada ao tentar imaginar o impacto que deve ter sido viver tantas transformações. Das revistas ilustradas ao rádio; da televisão preto-e-branco para a cores e logo a antena parabólica; a internet e a tevê digital; do telefone analógico ao celular. E do celular ao mini computador, que hoje carregamos no bolso, com internet, satélite, câmera e vídeo.
Se o último século trouxe tantas mudanças na forma como socializamos, nos transportamos e nos comunicamos, tente imaginar como o atual século nos será gradativamente revelado. Fico atônita em descobrir o avanço tecnológico de um ano para outro. Meu celular há seis meses era o que de mais high-tech poderia se comprar, e custava 500 pounds no mercado (aproximadamente R$ 1,5 mil). Seis meses depois, ele vale apenas 200 pounds, mas ninguém investiria essa quantia nele, quando as prateleiras estão cheias de novidades, com celulares que são realmente um mini computador.
Aí pulamos do Google Earth para o Street Map, que fotografou todas as ruas de Londres, e quase todo o Reino Unido, dando acesso visível e objetivo de toda a cidade. Um passeio virtual, literalmente. Meses atrás vi uma foto da Terra tirada por um satélite. A quantidade de satélites colados em sua órbita é uma coisa incrível. Para não dizer inacreditável. A tecnologia, a medicina e a engenharia estão, sim, em rápida transformação.
Mas por mais inteligente e inventiva que seja, a humanidade tem hoje nas mãos um desafio talvez muito maior do que foi vencer o Nazismo de Hitler. Ainda mais desafiador do que acabar com o terrorismo de Osama Bin Laden, a Aids na África e o tráfico de drogas na favela da Rocinha. Um problema de escala global, que exige a cooperação de todos. Caso contrário, o Mundo, a minha casa, a sua, a dos pobres, a dos ricos e a dos muito ricos correm sérios riscos de destruição. O nome do nosso maior adversário se chama hoje “Global Warming” (aquecimento global).
E para reverter as consequências do super aquecimento da terra, o que precisamos é cooperação global, entendimento e engajamento. Não só dos governantes, como uma figura de líder, mas da sociedade como um todo. Consciência e reeducação ambiental. Muitas ideias interessantes já estão vindo à tona, há metas para a redução na emissão de gases, no desmatamento das florestas e na busca por energias alternativas. Muitas delas precisam cooperação global para serem postas em prática.
O Brasil está como o quarto país mais poluidor do mundo, devido ao desmatamento da floresta Amazônica, além de sua natural grande extensão territorial. E 80% esse desmatamento é gerado em parte pela agropecuária e pelo crescimento da exportação de carne para os países ricos da Europa e para os EUA. Além da carne, o mercado se beneficia com a exportação do couro para multinacionais, fabricantes de sapatos e bolsas. O Greenpeace anunciou no início de agosto que empresas como Nike, Adidas, Clarks e Timberland se uniram na preservação da Amazônia, não sendo mais complacentes com negócios que não primam pelos cuidados com o meio ambiente.
O uso da energia eólica está cada vez mais popular. A Inglaterra prevê que até 2020 cada casa será iluminada por meio de energia dessa fonte. EUA e China (os dois maiores emissores de gases) igualmente já confirmaram planos de expansão no uso da mesma energia. Enquanto isso, cientistas do mundo inteiro se reúnem no estudo de ideias criativas, que não visam somente a redução de gases, mas querem constituir passos mais audaciosos. Por exemplo, a junção de 1.900 navios, aspirando água dos oceanos e revertendo para o ar, forçando a formação de nuvens, que diminuiriam em 1% ou 2% o reflexo da luz do sol nos oceanos; o que amenizaria o aquecimento da água e controlaria o efeito da liberação dos gases através da emissão de dióxido de carbono.
Outras ideias ainda mais desafiadoras estão em discussão, como a construção de um vulcão artificial, que seria responsável por jogar partículas luminosas na camada de ozônio. Elas refletiriam a luz do sol e, consequentemente, seriam responsáveis por baixar a temperatura na terra. Ou a implantação de minúsculos espelhos no espaço, que refletiriam os raios de sol e os desviariam da Terra. Por mais que todas essas ideias pareçam ter saído de um livro de Jules Verne, é essencial que, como sociedade, nos engajemos nessa mais nova aventura: salvar o planeta Terra. É nas pequenas atitudes do dia a dia que esse desafio começa.
A vó Irma, que já presenciou todo um século de transformações, certamente concorda. Tenho convicção de que, em sua olhar, a beleza das coisas simples da vida, como o canto do sabiá nos parques e praças de Santa Cruz do Sul, devem ser preservadas, mantidas intactas ao longo do tempo e frente às mudanças que ele traz.
O uso da energia eólica está cada vez mais popular. A Inglaterra prevê que até 2020 cada casa será iluminada por meio de energia dessa fonte. EUA e China (os dois maiores emissores de gases) igualmente já confirmaram planos de expansão no uso da mesma energia. Enquanto isso, cientistas do mundo inteiro se reúnem no estudo de ideias criativas, que não visam somente a redução de gases, mas querem constituir passos mais audaciosos. Por exemplo, a junção de 1.900 navios, aspirando água dos oceanos e revertendo para o ar, forçando a formação de nuvens, que diminuiriam em 1% ou 2% o reflexo da luz do sol nos oceanos; o que amenizaria o aquecimento da água e controlaria o efeito da liberação dos gases através da emissão de dióxido de carbono.
Outras ideias ainda mais desafiadoras estão em discussão, como a construção de um vulcão artificial, que seria responsável por jogar partículas luminosas na camada de ozônio. Elas refletiriam a luz do sol e, consequentemente, seriam responsáveis por baixar a temperatura na terra. Ou a implantação de minúsculos espelhos no espaço, que refletiriam os raios de sol e os desviariam da Terra. Por mais que todas essas ideias pareçam ter saído de um livro de Jules Verne, é essencial que, como sociedade, nos engajemos nessa mais nova aventura: salvar o planeta Terra. É nas pequenas atitudes do dia a dia que esse desafio começa.
A vó Irma, que já presenciou todo um século de transformações, certamente concorda. Tenho convicção de que, em sua olhar, a beleza das coisas simples da vida, como o canto do sabiá nos parques e praças de Santa Cruz do Sul, devem ser preservadas, mantidas intactas ao longo do tempo e frente às mudanças que ele traz.
Ana Frantz
1 comment:
Amore...
Respiro suas informações de uma maneira muito legal!
Coisa bem boa!
PARABÉNS PELO ARTIGO LINDA!
Beijão,
tua fã nº1.
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