Então eu voltei.
Ainda não sei se voltei ou se fugi, daquela que em mim perseguia por respostas difíceis de se dar.
Aterrando barro molhado no estrago feito no jardim, a terra ainda em carne viva, recém saída de um buraco muito fundo.
Tudo passou.
Tudo sempre passa nos ditados populares. Eu também passei. E neste passeio em mim mesma renasci mundos e mantras, fogos e sons, densos labirintos para histórias muito belas. Apenas não há mais tempo para reescreve-las, então nos contentamos com o esboço do que foi e quem sabe até do que virá, acaso não tenhamos aquela tarde ociosa com a chuva na varanda para pincelarmos com tinta a óleo a obra de arte definitiva.
Mas quem é que quer viver com o que se define?
A mim me cabe o infinito descortinar de tudo o que nasce e morre em mim.
Amanha de manhã já é novo o sonho e são já outros castelos de areia.
Ana Frantz
3 comments:
"Dantes eu não suportava ter de esperar, agora adoro. Enquanto se espera tudo é ainda possível. Qualquer coisa pode acontecer."
(Susana Fortes in Querido Corto Maltese)
Bons sonhos te levem... e tragam de volta.
:)
Obrigada Rui. A questão é sempre saber de volta pra onde, pra quem?
O bom mesmo é sempre carregar a casa e o coração consigo.
Bons vôos pra você. Volte sempre...
Sinta-se banhada, perfumada nessa poesia de mil petalas que alegram o seu coração e ilumina também o dia, você é a rosa das rosas do jardim dos encantos da natureza.
Autor: Ronis Elson Ruach
Vôos... Vou nesta nesta nova volta.
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