Havia sempre uma vontade louca de deter tudo o que perecia. Como se o milagre fosse conter as horas doces em uma caixinha apertada, para que o sonho não escapasse nunca.
Voar era como fazer poemas com as estrelas, como se ao tocar coisas nunca antes tocadas, desvendasse o segredo e o domínio do existir.
No entanto, era sempre a intensidade das coisas que justificava tudo. Sempre!
O jeito com que se entregava nua ou vestida até o pescoço aos amores de carne e as paixões etéreas.
No final de cada história era sempre mais gostoso este mergulho fatal, a sensação de que se deu até o que não se tinha, apostando nesta ilusão cambaleante e feliz, de ser apenas um com o momento, e tudo o que flutuava ao redor dele.
Havia sempre uma porta ou outra abrindo-se milagrosamente ao sabor de sua inebriante companhia.
Ela entrava. Noutras fugia correndo.
Ana Frantz
Voar era como fazer poemas com as estrelas, como se ao tocar coisas nunca antes tocadas, desvendasse o segredo e o domínio do existir.
No entanto, era sempre a intensidade das coisas que justificava tudo. Sempre!
O jeito com que se entregava nua ou vestida até o pescoço aos amores de carne e as paixões etéreas.
No final de cada história era sempre mais gostoso este mergulho fatal, a sensação de que se deu até o que não se tinha, apostando nesta ilusão cambaleante e feliz, de ser apenas um com o momento, e tudo o que flutuava ao redor dele.
Havia sempre uma porta ou outra abrindo-se milagrosamente ao sabor de sua inebriante companhia.
Ela entrava. Noutras fugia correndo.
Ana Frantz