Tentei fugir de mim mesma, quando todos os fogos que ardiam o fogo de viver aclamavam por uma salvação.
Ingenuamente corri nua entre fogos e florestas virgens desta sede tonta. Em céus mais estrelados esperei encontrar uma luz amarelada e brilhante que poderia mostrar o caminho de volta pra casa.
Dia após dia percebia que a solidão só havia mudado o endereço e a nacionalidade.
Aquele vazio me perseguia e exigia que eu abrisse a porta como se ele fosse um velho amigo meu.
E mais uma vez eu precisava entregar o que eu não tinha, com a mesma voracidade de sempre.
Ana Frantz
Ingenuamente corri nua entre fogos e florestas virgens desta sede tonta. Em céus mais estrelados esperei encontrar uma luz amarelada e brilhante que poderia mostrar o caminho de volta pra casa.
Foi só quando cheguei nesta terra longínqua, que percebi, que sempre nos levamos, para onde quer que vamos. A sede não apaga fogos, apenas o excita para labaredas ainda mais vorazes.
Agora tudo queima em mim.
Os mundos que foram pedem passagem e o mundo que se constrói amanhece preguiçoso quase sem a graça urbana dos muros pintados com fúria e anonimato.
Dia após dia percebia que a solidão só havia mudado o endereço e a nacionalidade.
Aquele vazio me perseguia e exigia que eu abrisse a porta como se ele fosse um velho amigo meu.
E mais uma vez eu precisava entregar o que eu não tinha, com a mesma voracidade de sempre.
Ana Frantz
2 comments:
"O que arde cura e o que aperta segura".
:)
Gostei de te (re)ler.
Oi Rui,
Obrigada por permanecer...
Beijos,
Ana
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