Outra vez volto.
Mas ja outra, desfaco me dos atropelos das desilusoes.
Tento conter em mim a calma presenca que acalenta e cura, quando ao me ver refletida nos olhos do outro, o que vejo e apenas um espelho que devolve a minha imagem.
No recomeco, as paginas em branco esperam serem escritas, nao me apreco em tentar adiantar a hora e deixo que cada coisa nasca e floreca em seu tempo. As vezes lento, noutras tao rapido que nem percebo, que ontem era ainda apenas uma projecao no tempo.
Minha velha cidade grande lanca seus tentaculos sobre mim, e uma vez mais caio de amores por suas tentacoes tao traicoeiras e a solidao silenciosa, concreta e viceral de suas antigas arterias.
Me deixo perder-me de mim mesma e das tristes conviccoes que um dia sedimentaram meus alicerces e regresso ao meu velho mundo, toda inteira dos mundos novos em mim.
Ana Frantz
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