Gato selvagem, nao volta para o ninho. Grita sozinho, lambe suas feridas, e corre solto, entre pedras e correntezas. Um coracao selvagem, nao se entrega. Corre cego, quase que fugindo. E quem poderia entender quando o amor vem assim depressa, fazendo tropecar a fortaleza e o senhor de si cair de peito aberto ao chao.
Solto e vulneravel. Ja nao se sabe mais quem de fato se prendeu.
Entre dores e suspiros. Na constante necessidade de aprender com a vida o mapa, desse atalho, para aquele lugar que tanto sonhamos. A felicidade aguarda. Espera e se cansa. Enquanto tu corres tentando alcanca-la. Cada passo a frente, ela, a felicidade, te convence que ela esta atras. E ansioso, tu voltas, para mais uma vez nao encontra-la, la.
Ela atica teus sonhos. Te convence do valor do risco. Te ecxita com a proposta, de que tu podes ter o que desejas tanto.
E a miragem te aguarda. Te atica em pesadelos a noite. E suado tu gritas. Teu grito ao mundo, no escuro; mas ninguem te escuta.
So ha uma salvacao: te entregar para a vida, vulneravel e sincero. Para que ela possa te prender, nas garras de sua vontade. Teu medo te domina. Nao queres assumir, a parte doce e suave, que brota dos teus poros, quando deitas sozinho na cama. E negas o perfume, que sentes, quando fechas teus olhos.
Mas gato selvagem, nao volta para o ninho, e mesmo cansado, continua correndo aflito.
Eu me deito no silencio, de tudo o que ha em mim, e oro, para que ele encontre o caminho.
Ana Frantz
1 comment:
Eu me deito no silencio, de tudo o que ha em mim, e oro, para que ele encontre o caminho.
adorei, estou te seguindo, vem conhecer os meus 3 blogs e me seguir também se for o caso, beijos!!
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