Esta no contentamento, a simplicidade de viver. E estranho isso. Essa palavrinha tao simples e serena. Sem nehuma pretencao. E chamada assim entre assovios do vento lambendo uma arvore no outono: simplicidade.
E simples, a chuva, a rosa, a nuven, os passaros cantando, o vento balancando galhos verdes, a grama crecsendo no jardim escondida de quem olha. E simples o dia que passa, a noite que chega e a manha que renova mais uma vez os numeros de um calendario incontavel.
Complicado e tudo que pousa devagarinho em nos. Entre a grama que cresce e o choro de um menino. Graos de poeira acomulando dentro, de uma coisa que chamamos; alma. Mas nao sabemos ao certo o que e. Esse espaco ardendo em nos. Noutras aquela voz que grita, implora, exige. Ha sempre uma demanda nova. Uma nescessidade que nao tinhamos, ate ontem. Culpa do coracao que se angustia tanto, em tao curto espaco de tempo.
Se e o coracao? Tambem nao sabemos. Talvez sejam os olhos. Porque as vezes a simplicidade se torna algo tao obscuro que nao a vemos. Noutras nem e, o que queremos.
Simplicidade, e uma palavrinha tao simples, mas e tao complicado ser simples.
Noutras vezes penso, que a sede dessa vida insana, voraz e tao injusta as vezes, e o que faz a roda girar e seres inquietos a irem em busca de seus sonhos mais selvagens. A apatia aniquilaria a raca humana em um marasmo insuportavel. Entao, viva! Viva o caos nascendo a todo instante na alma dos sedentos.
Ana Frantz
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