Demoradamente a hora do adeus se aproxima. Espreitando meus ombros que muito aflitos quase negam, esta hora suprema.
Ha um certo milagre no adeus.
Na coragem de se permitir nascer de novo, mas antes disso ha a morte.
Existe ja os contornos deste novo horizonte, que me chama e ecoa raios de sol, manhas mais alegres, pousos mais paternos.
Nao que tenha me cansado do voo selvagem e solitario. Poderia viajar nesta dimensao por outros anos ainda. Mas ha agora a nescessidade de nutrir os lacos eternos, abandonados por esta decada santa e infernal.
Tambem preciso provar a mim mesma, que nao era aquele olhar azul sempre tao manso que me dava a vida; isto tudo era eu que inventava! Va saber! Quem sabe sem o amor que eu depositava em seu corpo sempre tao confuso, ele serias apenas o mais mundano dos mortais.
Preciso ir. Ja nao posso ser assim tao feliz.
Ana Frantz
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