Minha honestidade te cansa. Mas ainda cansado tu voltas.
Se fico muito tempo sem te ver, me perco. Mas quando te vejo e quando me perco ainda mais. Submissa ao teu infinito, tuas cores, teu aroma, tua geografia. Neste mergulho em ti sou sempre mais luz. Mais vida! Quando vais embora a luz se apaga e fica apenas aquele silencio ansiando uma resposta que nunca vem.
Quero apenas que tenhas esta certeza; ha um amor pulsante em mim. Que me devora cada vez que penso em ti. Tem dias que essa forca me consome inteira. Sou a fome, a miseria e esta vontade intensa de sobreviver. Porque e so tua presenca que me traz vida; o resto e apenas uma tentativa alucinada de manter o ar em meus pulmoes para que eu sobreviva tua proxima aparicao.
E quando vens e a luz; simples assim. O alivio transparente e palpavel que me eleva e me faz levitar.
Quando vais embora, e sempre com muita forca que sou arremessada contra o chao, do topo da nuvem mais alta. E outro dia amanhece sem que eu esteja ao teu lado; ainda assim eu sobrevivo. Mas com apenas um pulmao.
Ana Frantz
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