Ja me canso da covardia tao obscena. A fraqueza me da calafrios de medo. Nao quero contrair esta doenca feia e fatal. Quero tocar no invisivel e redesenhar seus contornos ainda tortos para a compreensao do mundo. Nao me basta o que faz sentido, quero sentir com a unha e o figado, o que e estar vivo dentro do outro. O resto nao me basta.
Sigo a frente, e me despeco de teus olhos claros, com a certeza de que te dei tudo o que havia para ser dado. Todas as certezas de que precisavas para seres audacioso o bastante para tomares a redea de tua vida em tuas maos.
Ainda havera tempo, para a fraterna amizade, esta que ja faz parte de nossos poros, tremulos e aflitos por outra gargalhada em tardes de quarta-feira. Mas meu absoluto tesouro, este eu recolho e te abandono a morna rotina de teus dias.
A frente, la na linha do tempo riscando um horizonte qualquer, entre meus voos tortos e cambaleantes, a distancia desenhara rabiscos no ceu, rastros brancos das coisas das quais fomos feitos, mas que passaram, como tudo na vida, passa.
Ana Frantz
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