Nos escombros de si, rebuscava a fe.
Andarilha cega em busca da luz. Luz esta que nao lhe seria permitido ver. Nao com os olhos que emolduram seu rosto cansado. Esta luz cabalistica que e agora a unica salvacao, so poderia mesmo ser sentida, pela materia invisivel das coisas de dentro. Esta materia fragil e vital. Estrutura emaranhada com as dores e os prazeres. Um medo ou outro.
A mao que segura o rosto cansado, a lagrima no colo da ruga, o extase de se descobrir, enfim, no final da estrada.
Eram longos os dias sem sol. Pesada a sina do sonho. Nao havia aprendido a dizer nao, entao seguia... Sacrificio de quem renega a alma em pro da luta. Lutava.
Ate que um dia despertou em uma madrugada fria.
Havia uma mala pronta a espera.
AF
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