Meio zonza ainda em meio aquele turbilhao de memorias das rejeicoes e de tanta falta de compreencao em que naufragamos nossos relacionamentos, comecei a refletir no quao dura e essa humana lida. Essa infindavel busca, essa constante batalha em sentir-se amado por alguem e em encontrar alguem para amar. Alguem que nao nos mande embora, mas nos mande flores. Alguem que nos critique menos e aceite nossos defeitos. Alguem para conversar, para contar segredos com a certeza de qua nao ira usar as palavras reveladas contra a gente na primeira briga. Alguem nem perfeito, nem modelo de beleza, nem tanto, nem tao pouco. Alguem real e humano. Que nos ajude a crescer, que nos mostre pontos de vista diferentes, mas que nao fira nossos mais importantes sentimentos. Alguem que fique, e nos ame, como se nao houvesse amanha.
Quando olhei pra frente, o homem estava abracando a mulher, que chorava em seu ombro. E naquele instante o tempo parou. Pude sentir a harmonia tomando forma, ate as flores ficaram mais coloridas. O relogio da antiga Igreja que ja nao funciona desde a Segunda Guerra, marcava dez horas. O instante foi perfeito. Um abraco cura tudo. Virei as costas e voltei para o trabalho, abrcando a revista que acabara de comprar.
Ai me lembrei do livro da autora norte americana Kathleen Keating, A terapia do Abraco, que entre outras coisas e formas de abraco, nos diz que uma pessoa para sentir-se viva, precisa dar 8 abracos por dia! Comece abracando quem esta mais proximo!
Ana Frantz
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