E estranho ser; quando uma explosao de estrelas ganha espaco em mim, assim. Expandindo o silencio, em coisas pequenas, rabiscos tao importantes.
E estranho ser assim, essa demasia para quem me persegue. O exagero e o nada.
Na rua escura e fria meus passos fazem marcas. Marcas que esperam sempre pelo voo mais intenso. Para o dia do alivio e redencao.
Nessa marcha, canto sozinha, tentando dar a luz para algo novo. Mas quem me olha com espanto nao entende o que grito. Perdida pelas entre-linhas, sigo, quase sempre, com sede. E fome. Fome do que e raro em nos.
Fome da raridade que exige a vida! Ama, como se nao houvesse amanha, mesmo onde ja nao ha mais amor pra dar.
Perdida nesse lebirinto obscuro. Confuso. Largo e seco. Olho para o alto, esperando uma ascencao. Mas o que a vida tem de misterio, e sobre o que minha alma se faz toda curiosa.
Abro meus bracos ao infinito, e uma vez mais, me entrego a tudo aquilo que nao entendo.
Ana Frantz
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