Na leveza do que e belo, desapareco. Cada silencio amanssando tudo que sempre fez sentindo, vai sussurrando para a vida que ate o destino tem preguica. E naquela pressa do acrobata se desiquilibrando em um cordao muito fino, eu tambem achava que se corresse, me salvaria do tombo do aprendiz.
Com o tempo que de tanto lamber a cicatriz tambem faz esquecer o medo, se entende que nao importa a altura do tombo, a pressa com que se levanta, e o quao rapido corremos a frente do nosso proprio destino, ansiando sempre um algo mais, um outro lugar ou um cenario todo novo, como se a rapidez ao recriar historias, as tornassem melhor escritas.
O importante e o que faz sentido; e a calma e crucial para o sonho ser; alem do sonho, um sentimento que se tem e se segura com as maos leves da realidade. E aquele amor tao intenso que nos faz sorrir pelo simples fato do outro existir; nem sempre e apertar tudo com tanta forca ate esmagar por entre os dedos da carencia, quem queriamos tanto bem. E respeitar o seu proprio ritmo. Os seus vicios, defeitos e as paixoes nao correspondidas. E entender o ritmo do tempo; as vezes rapido, noutras muito lento.
Talvez o segredo que daria um sentido para tudo isso estivesse sempre la, escondido nas entrelinhas, traduzido em palavras simples. O sonho era amar, sempre mais, com a voracidade da primeira vez, os homens, as mulheres, os segundos, os acontecimentos e as tardes de silencio. Porque e so no encantamento que somos divinamente felizes, e e so quando estamos felizes que entendemos o que realmente significa ser o filho legitimo de quem nos criou a sua imagem e semelhanca. Leve assim, ficava sempre mais facil ser o sonho em carne viva, passeando pelas horas de um outro dia, levitando e brincando de ser estrela, na beleza de tudo que e verdadeiro.
Ana Frantz
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