Me escondo em minha caverna escura. Tapo cada fresta de luz, para que o escuro tenha o dom de iluminar o que e essencial em mim. Nem sempre e no claro que conseguimos ver melhor. No escuro tateio meus contornos indefinidos, as linhas internas, e e com meus olhos fechados que consigo escutar melhor as batidas do meu coracao.
Uma vez mais me recolho, para este universo em mim. Para rever qualquer passo de danca que talvez tenha me esquecido de que gostava. Para colher uma goiba ainda no pe. Para sentir o aroma da terra quando preve a chuva. Para ter certeza de que o que me e vital ainda nao mudou de forma, de nome, ou de pais.
E sempre o encontro la; sentado na mesma esquina de sempre. A me olhar com olhos de Marte, de fogo e furacoes. Ha qualquer coisa que espreita o desespero e a esperanca, mas que nunca sabemos decifrar.
Acendo a luz. Sou ainda a mesma equilibrista, tentando alcancar o outro lado do rio, numa corda muito bamba.
Ana Frantz
3 comments:
Quero combinar os fusos horários
alinhar as rotas das estrelas
o outro lado da baia o sol rompe bruma do mar, se amar
é da nascente pura,
atravesso o immenso azul,
sacio do que não mudou a forma, o sorriso, olhar e o cheiro.
tá chegando o horario de verão,
urgente é o tempo, publico
elsonronis10@gmail.com, direto.
A corda é bamba, no que prefiro,
esbreito a esperança, decifro,
esse sentido de sentir reciproco.
R E R
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A poesia verte em cada frase tua, Ana querida. Dá muito gosto te ler. Um abraço desse amigo que sente muita saudade de ti.
Romar
Romar,
Obrigada caro amigo, tuas palavras sao como o mel mais doce, suavizando o dia.
Sabes o que isso representa pra mim, teu olhar tocando qualquer palavra minha.
Um beijo com asas meu querido, e que elas possam diminuir um pouco essa distancia.
Tambem estou com saudades, sabes disso.
Ana x
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