Silencio em mim os ecos que ressoavam teu nome. Me canso de esperar pelo chamado que nunca vira. Abro meus bracos ao vento e deixo que escape de mim, qualquer esperanca de te ter comigo. Teus caminhos todos tortos, sao cheios do fogo e da ansia.
Se fui em tua vida a sombra do medo, da pergunta que deverias ter um dia te feito, mas nao fizestes, entao sou eu que me escondo agora, para que minha verdade nao assuste os demonios escondidos em ti. Ate quando poderas te esconder de ti mesmo? Sera que e ainda muito tarde para tentar agarrar a ultima gota de vida? Ate para isso e preciso a coragem, para se encarar de frente e correr este risco extremo, o de ser feliz.
Me canso de ser esta esfinge que tanto temes. Porque alguem temeria a verdade? Te entreguei tudo o que carregava em minhas maos, tambem cansadas em entregar ate o que eu nao tinha. Nem por isso tive a covardia de tapar com as maos ainda em chamas os ouvidos para que nao escutasse o chamado do vento. Nem sempre e mais facil tornar-se quem realmente deveriamos ter sido, se o medo nao tivesse tomado quase todos os nossos sentidos.
E sempre mais comodo, esconder-se.
Te deixo entao, para que tenhas o tempo de que precisas para esconder-te de ti mesmo, para mais tarde aprenderes so esta verdade, jamais conseguimos correr da propria sombra. Enquanto te deixo se perder, olho por horas meu rosto no escuro. Este olhar cansado que sabe porque e para que veio ao mundo. Mas que no silencio desta revelacao, pode so mesmo esperar, pelo dia em que te aprontes para vir comigo. Porque e exatamente assim, que foi escrito.
Ana Frantz
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