Mergulho nesta atmosfera indefesa e aflita, que e habitar no outro sem se quer ter sido convidada a este passeio tao profundo e intimo.
Sabes que sou tua.
Sem mais nenhum devaneio. Apenas a honestidade crua de tudo o que e rotina em mim. Passo dias a desenhar o contorno do teu rosto sob as bordas do meu coracao, sempre aflito.
Sera que um dia viras?
Vez ou outra me olhas rente a pele e ri em voz alta; me pede para deixar de ser tola, insegura e infantil. Me prometes que nao vai embora e nunca e que nao me deixaria partir.
Pouco decifras que em mim trago um mapa e nele estradas que ainda anseio cavalgar. Vezes na poeira dura e seca, noutras nas plataformas da ilusao; esta que ja sabemos de cor.
Em certas madrugadas vejo teu espirito entrar em meu quarto e cheio de loucura dominar meu corpo e todas as coisas concretas em mim. Pela manha me sorris de leve, como se quisesse me dar a mao.
Na efermidade que me encontro te nego para outras vezes tua imagem se duplicar em milhoes de pinturas concretas na galeria de coisas secretas que levo em mim.
Adoeco nessa espera. Fico te assistindo calada, em tuas tentativas obscenas de ser feliz em estradas tortas. Como se esta rebeldia que forjas pudesse te libertar de tudo o que te machuca.No entanto pouco do que ha em ti desvendas. Como os segredos que teu olhar em silencio me revela quando pousas em mim...
E assim seguimos como dois cegos na contra mao.
Ana Frantz
E assim seguimos como dois cegos na contra mao.
Ana Frantz
2 comments:
Uma das grandes vantagens da Língua Inglesa é não ter acentos...
:)
Gosto do que tenho lido e visto por aqui.
Rui,
Ja nao sei mais dancar com os acentos da nossa tao profunda Lingua Portuguesa, os teclados Ingleses, me perdoam esta falha/falta. Vou me embalando sem eles mesmo, e deixo a quem me le, o desafio de aprender a viver sem eles, assim como eu.
Obrigada por tua visita por aqui.
Beijo
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