Ele me prometia os jardins do Eden, como se fosse facil prover milagres em meio a tempestades quando tudo o que ansiamos e dizer chega.
Era nesta hora, quando eu desistia de tudo, que ele chegava estracalhando minhas vidracas e pedindo passagem, como se fosse seu direito exigir de mim ate mesmo o que eu nao possuia para saciar minha propria fome.
Era a fome de vida que nos matava a cada dia. No entanto nao nos cabia fugir desta ansia juvenil, ja que se morre a cada manha para o tempo que passou ao entardecer. Assim viviamos, consumindo um ao outro, na impossibilidade do nosso amor.
E suas fantasias tao tolas e inocentes ganhavam vida em minhas arterias ferventes. Eu era sempre aquele Vulcao, tentando explodir, ate nao restar fagulha nenhuma, para reiniciar outro fogo. Mas as cinzas de meus destrocos sempre se recriavam e eram fogo novamente, antes mesmo do nascer do sol.
Ele detinha este estranho dominio, de todos os fogos em mim.
Ana Frantz
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