Eu voltei...
Voltei depois de sete anos e em meio a uma pandemia.
Voltei depois de ter dado à luz a dois meninos. Ter encontrado um companheiro. Ter mudado para o interior da Inglaterra e passado a trabalhar exclusivamente com fotografia. Não há mais burocracia em minha vida, nem trem lotados. Eu voltei, depois de ter perdido minha mãe para um ataque no coração e uma irmã para o câncer de mama. Eu voltei e agora vou voltar a me ouvir. Ouvir essa voz, maluca, caótica, sensível e verdadeira que brota dentro de mim.
Eu hoje descobri uma coisa incrível! O infinito habita em mim. Lá dentro, bem no escuro!
Eu não sei onde vou colocar estes sete anos de histórias; talvez deixaremos isso pra lá.
Quem sabe deixarei brotar as palavras como sementes ao vento que com sorte germinam flores.
Vejo vocês de novo, nos ventos que antecedem os primeiros vôos do pássaro novo.
Mas aviso; já não sou mais a mesma. Mas aqui estou. De volta.