Solto meu grito ao mundo. Como um passaro selvagem voo de um lado para o outro, perdida em minha cegueira. Construo ilsusoes de um mundo, palpavel pra mim, invisivel para todo o resto. Minha magoa devora minha calma. Choro em silencio. Sou o peso da solidao, das faltas que ardem. Ardem em mim! Tudo o que era meu desapareceu em um incendio. Ja nao me reconheco mais, nao sei onde estou, esperando esse trem chegar, esperando a pagina virar, sonhando com um final feliz.
Minha mae, me disse, em um telefonema, que eu devo, levantar e seguir sem olhar pra tras, que nao sou a primeira, nem a unica, a sofrer uma desilusao. E ela tem toda a razao. Mas ate que ponto podemos, humanamente, continuar caindo e levantando, sem olhar pra tras? Ignorando essa voz que grita por dentro. Que altera as batidas do coracao, que nos tira a calma, o conforto, que nos rouba o senso de protecao.
Ate quando podemos seguir mutilados, sem olhar pra tras, sem parar pelo caminho? Ate que ponto, preciso ignorar o que minha alma pede, para entao "vencer na vida"? Nao consigo fechar os olhos a noite e adormecer, quando essa dor pulsa mais forte que minha respiracao, quando um peso lento, deita-se sobre meu peito, e me pressiona, quase que me expulsando de meu proprio corpo.
Como posso ter coragem, quando a furia, me consome, quando o medo me devora. Quando casa fica a mais de dez mil kilometros? Nao quero mais aprender com os silencios, me conhecer atraves da solidao, nao quero mais superar meus limites. Quero respeita-los!
Acredito, que na vida de cada um ha uma marca que diz, LIMITE. E onde cansamos. E onde paramos e olhamos tudo ao redor. E quando cansamos de perder tempo. Cansamos das frases feitas e dos sorrisos fabricados. Cansamos de correr atras do "prejuizo". De aparentar ser forte, rico, inteligente, bonito, "cool". De ser sempre a boazinha, a certinha, justa. Hoje eu quero ser justa comigo, e adimitir que o mundo me cansou. Que quem me machucou nao tinha o direito, que eu era muito jovem para ter visto o mundo assim, cru e real. Que eu precisei de colo, e nao tive. Que quis um ombro e nao encontrei, que sorri muitas vezes querendo chorar, que disse sim, querendo mesmo era dizer nao, e que quase sempre coloquei os outros em primeiro lugar, porque assim pensei, seria amada, aceita e cuidada por eles. Esta ai! Minha alma pelo avesso. Minha furia em carne viva. Como um bicho selvagem eu agora corro para o meio do mato e solto meu grito para mundo.
Ana Frantz
1 comment:
TE ENTENDO...TE ENTENDO...
Temos que ser nós mesmas!
Sentir e ponto né?!
Fique c Deus.
Queria comentar mais...queria falar mais contigo, mas hj meus pensamentos estão todos c a alma da Catarina.
Te amo meu amor, e obrigada por estar aqui comigo sempre!
Eu estou muito bem.Só tentando entender ainda mais esta bela Vida!
Bjo e abraço muito forte.E siga firme aí, ok?!
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