Me desfaco das minhas certezas, como quem atira roupas velhas pela janela. Pedacos enferrujados de um amor, que se vida trouxe, com ela tambem soube mostrar as cores goticas que a morte sabe ter.
Me desnudo de meus egos, todos eram bobos e nem moldavam meu rosto ou acariciavam qualquer ruga que uma manha ou outra dava luz. Londres sempre tinha aquela neblina que me impedia de ver com clareza se era riso ou choro, aqueles ecos em corredores muito escuros.
Ja vivi tanto, que me atrevo agora a contar estorias. Ha poucas coisas que me metem medo, a nao ser ter que conviver com o desamor. Minha alma e muito fina, transparece qualquer bobagem, exala cada aroma e entoa toda a cancao. Nao procuro esconderijos na face do nao, mas ha sempre a busca de uma salvacao. O sim que mudaria toda uma vida.
Mas tao pouco importa. Ha apenas o segundo, este que deve ser leve, santo e eterno.
Eu quero as cores. E que elas facam amor com a geografia de todas as coisas, compondo no ar um poema qualquer, que justificaria todo este andar.Ana Frantz
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