Entao, agora que queimei minhas pontes, desfiz os caminhos, e larguei os velhos recortes de jornal pelo chao. Agora que decidi seguir em frente, que me comprometi a nao olhar pra tras, nao mais, a cruel rotina da espera ao entardecer, nao mais as lagrimas a queimar meu vestido de cetin. Agora que tudo faz sentido, e os gestos e as palavras, tuas,sempre tao frias, pousam na minha alma um vestigio de morte. Nao quero mais a dor, e renego essa solidao.
Agora que minhas pontes foram todas destruidas, e nao tenho mais [por onde voltar, quero mais e andar, andar, sem ter onde parar, por anos a fio, para chegar longe de tudo o que hoje eu sou, porque ja nao sou se nao um esbosso da minha propria arte de sofrer. AF
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