Eu te sonharia. Mil sonhos. Sem mentira, nem derrotas, nem medo algum que pudesse separar minha boca da tua. Nossa alma sempre ensaiando ser uma. Naquele bale, que mesmo sem querer dancar, nos prendia. Minha alma e a tua, em constante simetria. Num fechar e abrir portas. No pincel do acaso, as cores do sonho bom. O arco-iris rabiscando o ceu dourado apos ser fecundado pela chuva.
Eu te esperaria, pela tarde inteira a catalogar os ventos. E se por algum encanto, esta forca da natureza pudesse te trazer para mais perto de mim, eu escreveria lindos poemas aos Deuses e desenharia teu rosto angelical no teto das catedrais, para que o azul de teus olhos pudesse refletir um pouco do ceu que trazes para perto.
Se chegasses sem avisar como chegam as revoadas em bandos faceiros bendizendo o sol, as nuvens e o vento. O sabor da terra brotando em flor, frutos e alma, que de tanta luz encanta o horizonte, as estrelas e faz ate os anjos saltarem serelepes ao te ver chegar. Se viesses de mansinho, sem assustar os sabias ou as borboletas que recem sairam do casulo para celebrar a primavera, me encontrarias sorrindo com a alma pronta para a colheita.
Entre teu silencio e o teu olhar habitam todas as coisas; tao tuas. Teus medos. Tua confusao tao visceral e o amor que te convida para a cura. Eu tambem habito neste silencio, peregrina nos teus olhos, sempre a espera do teu sim.
Ana Frantz
2 comments:
Perfeito. Amei o último parágrafo.
Obrigada Marisa,
Sempre bom te ver por aqui de novo, bailando, voando, sonhando...
Que teus dias te sejam calmos e profundos.
Beijos
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