O ceu carregado por nuvens densas, me lembram de ti.
E em vao tentar encontrar uma resposta para esse silencio que me entregas como se fosse a unica coisa que ainda terias para me dar.
Silencio em mim a vontade de tentar te entender.
E que se nao sofresse por qualquer coisa impossivel, entao nao
me sentiria mais viva. Jamais soube lidar com a calmaria dos dias. Fui feita de ventos. Os furacoes que sempre ganharam vida em mim, em minhas veias quentes, em minhas palavras nascendo quase sempre antes de pensa-las,foram sempre o que me protegeram de tudo o que e definitivo.
E nao quero te prender agora.
Fui feita dessa materia crua, mas ate tu, que te permites ser selvagem em tuas procuras, tentas com os dedos delicados moldar minha estrutura.
Mas ja e tarde para podar as asas de quem sempre voa. Ainda que o voo seja uma fuga. Tudo alcanca dimensoes intocaveis na altura. E assim eu sigo.
Te deixo com teus segredos. Se e que um dia os revelaras para ti mesmo.
Eu me deixo. Nao tenho segredos. Apenas uma fome insaciavel. Ja nem te quero mais so para mim. E nem quero de volta tudo o que doei, mesmo quando nao havia nada em meus bolsos vazios.
Ana Frantz
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