Uma mulher precisa das marcas do tempo, do prazer e do sofrimento para sentir-se verdadeiramente uma mulher. Precisa de suas rugas, de suas curvas, de seus medos, e inevitavelmente, de suas perdas.
Uma mulher para ser verdadeira, nao tem que temer ser sua. Sua melhor amiga, cumplice, tirana e heroina.
Ela precisa da paz, da chuva, da grama que brota verde, da tempestade que angustia, da mao que traz o afago, da taca de vinho, da estante de livros, dos quadros na parede e das velas acesas na cozinha. Ela precisa da guerra para se tornar valente, do silencio para se tornar sua, da musica para se aproximar da Deusa, de poesia para se manter feminina e do sonho para permanecer rainha.
Uma mulher precisa de um chao macio com aroma das flores, de tardes banhadas de sol e noites regadas pela chuva. Ela precisa ter um pouco da menina, da mae e da amiga.
Ah mulher, como pode caber em ti tanta magia! Essa coisa que aflora na pele, a cor, o sabor e o perfume. Tua nudez tem o som, de todas as poesias que os anjos inventariam.
Mulher, tu que es, gigante e pequena. Prometa-me nao cortar-te em um bilhao de pequenas estrelas so para espiar quem tanto amas na caixa apertada onde ja nao cabes mais. Ah mulher, de magia e beleza, prometa-me manter te sempre inteira, porque e quando reluzes assim, que vejo tuas asas ganhando alma nova.
Ana Frantz
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