Nao sei o que da
Esse nao sei o que
E um mal me quer
Uma ardencia
De temer
E um furacao
Em noite calma
Que leva a alma e o corpo da gente
O trovao que mete medo
A tempestade
Que no fundo alivia
Nao sei de onde vem
Aquela famosa agonia
O corpo tremulo e a voz macia
A vontade de agarrar a forca
Os horizontes e os amores vestidos de boemia
De roubar o segredo do palhaco
Ou de fazer da vida
Nosso proprio camarim
Nao sei como muda
Mas a lua se esvazia e se inunda
De cores e sons
De roupas ou pele
E ja em outro segundo
E a alma aberta em flores aos desejos do mundo
La me vem o milagre sorrindo
Cantando ludico, baixinho
A vida minha cara donzela,
E muito curta para seres triste
Ana Frantz
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