Era sempre mais facil fazer as coisas perderem o sentido. Mas para que? Quando e bem melhor viver se achando e recriando sentido para tudo, criando outros nomes para dar as coisas, para os objetos que tocamos com as maos asperas da poeira da estrada.
Quando fico muito so, a ponto de entender o silencio, faco com que as coisas percam o sentido de proposito. E uma birra minha. E quase uma vinganca com a vida, que desnaturada me deixou so, nem que seja so por um instante. Mas quando a vida me presenteia com a palavra, visto minha saia de cetim e saio rodopiando pelos confins do planeta. Gosto mesmo e dos risos largos e das palavras sinceras, que sempre tocam mais, nas notas musicais dos meus instrumentos mirabolantes.
E bom viver assim, olho no olho da alma. Gargalhada com a gargalhada, a sede com a sede, a vontade com a mesma vontade. Gosto de tudo assim. Sempre assim.
E sei que a amizade e o tipo de amor, que um anjo muito bom inventou e nos deu de presente. E sempre mais humano amar assim, sem as curvas assassinas do amor em carne viva, que nos dilacera, sempre, em uma curva ou outra da estrada. Prefiro esse amor intenso que nao me tira pedacos, nem belisca minha pele, so me enche de luz, e me deixa voar. Obrigada melhor amigo. E haja muito amor para dar, ao doce amigo, ao eterno grande amigo. Que haja sempre mais coragem, para transformarmos o que chamamos amizade em um sentimento eterno, uma historia de amor sem nenhum final. Ah como eu adoro a virgula, a exclamacao, a reticencia que te deixa solta entre as linhas so imaginando o que seria se a palavra tivesse estado ali, nua e viva. O ponto de interrogacao me fascina ele e sempre tao honesto e inocente, e pede algo de nos. Pontos finais sao uma chatice.
Quando estou em volta das coisas eternas, e quando me sinto faceira; inteira. Tres dias a sos com o que me faz bem, no meio do mato, no Pais de Gales, me deu uma roupagem toda nova, e arco-iris nos seguiram no caminho de volta, so vieram para nos dizer, que e assim mesmo, estamos perfeitamente abencoados pelo amor dos anjos. E nossa estrada segue, coberta por moedas de ouro, visiveis apenas para os sensiveis de coracao.
Para que se perder, quando e sempre bem melhor se achar assim, refletida na alma do outro?
Ana Frantz
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