Sento e adormeco em mim. Esse silencio precisa de uma casa para se abrigar. Lhe dou. Sou sua rainha. O silencio e uma pausa no tempo, na espera de que algo aconteca. Um estouro, ou um trovao. Um beijo ou a boca amargurada pelo nao.
Fecho a porta, esclareco o compasso sempre acelerado desse meu confuso coracao.
Infinitamente preguicoso em se entregar de novo.
E se nao existe mesmo um mapa, entao teremos que aprender a andar no escuro. Arrisca, arrisca!A alma instiga Nem tudo e assim reluzente a todo instante. Tenta, tenta! Ela esperneia. Espreme uma vontade de querer acertar, quem sabe dessa vez. E se nao for, pra longe ja anda o passado, nas linhas amreladas do ontem. Jornal velho, e fato consumado. Va, prossiga! Isto e a alma que grita. Ela tem sede e senta em frente ao mar, mas nem toda a agua e salgada, ainda ha tempo de sanar essa agonia.
Nao ha pecado nenhum em ser sozinho se essas tardes imensas forem tambem a poesia.
Vamos embora entao, minha alma e eu, para os afazeres de dentro.
Enquanto isso ele bebe meu silencio fugindo de si mesmo, e isso ele faz bem. Talvez eu tambem.
Ana Frantz
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