Sento na varanda e observo a chuva amansar a manha de sabado. O vento que rodopia as folhas verdes recem plantadas trazem um sinal de alivio.
Espero tua anunciacao.
E meu silencio nessas horas te caem como um balsamo.
Mas ja nao espero mais que voltes.
E o vai e vem dos estranhos, sempre estrangeiros na minha vida, trazem a certeza de que so o verdadeiro amor pode curar o peso dessa solidao. Mas me aquieto quando chove.
Vejo teu nome nas letras cruas do papel, nas cartas que ainda chegam aqui em casa. Teu nome assim invadindo mais um dia na minha vida.
Agora teimo com o destino. Nao vou mais chorar.
Como anseio deixar meu coracao respirar de novo e nessas horas de silencio e quando temo doar isso que em mim pulsa e arde. Me refugio assustada no meu universo particular.
Tenho o sentimento do mundo em mim, abro a porta da varanda e deixo o ar entrar. Nada alivia essa vontade de viver coisas belas, de abracar os afetos, de segurar filhos, pais e maes.
Mas hoje tudo o que eu amo se perde na distancia, na miragem do tempo, entre saudades e fotografias. Sao apenas e-mail e conversas no telefone e minha alma quer o abraco firme e forte e a certeza do amor que nao se esgota.
Tenho saudades ate do que eu nao vive quando essa esperanca arde em mim. A estrada e longa e no final da linha tudo faz sentido, quando recortamos esse quebra cabeca dos anos. Uma decada, duas, tres. E qual foi a carga mais pesada? Se teve ganas de desistir, se teve cansaco de continuar ou medo de tentar e sinal que valeu. A vida te tatuou
Olho teu nome na folha branca e sei que esse silencio vai me fazer bem. La fora ate o dia esta inconstante e esse vento me fala das coisas que eu ainda nao entendo. Tenho o mundo em minhas maos e nao ha mesmo nem sequer uma razao para ser triste. Mas sou.
Nao releio o que invento a deixo esse silencio embalar o meu dia.
Ana Frantz
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