Rodopiei no caos.
Fiquei a margem de minhas aguas, vendo o vai e vem da mare, sem entender ao certo se as coisas idas, poderiam enfim, deixar-se prender pela bruma na areia.
Esperei o sol se por, ate cada raio incandescente ser absorvido pelo vasto horizonte das minhas esperancas mais profundas. Ter fe nem sempre e acreditar no improvavel.
Te liberto do meu entusiasmo infantil, dessa vontade louca em acreditar na vida, no sonho, e no tipo de amor que nao morre nunca. Te deixo livre de mim. Mas melhor que isso, eu me deixo livre de ti. E sozinha eu sei brilhar.
Solta na atmosfera que e so minha e livre dos teus julgamentos, eu sou a que flutua em meio a tempestade e goza na dor, nao tenho medo do que em mim pulsa, arde ou vicia. E se e do amor que temes, e nele que eu mergulho, se e da dor que foges, ela sempre respira em meus poros. Penetro em meus encantos, rastreio meus cantos, abro as janelas, e deixo que outros olhos me toquem, me vejam, me deixem encantar.
Naufrago nesse meu jeito adocicado em respirar o mundo e me apaixono a cada isntante por uma nova ideia, por um novo restaurante, uma musica, um amigo, uma frase ou um livro.
Me despeco das velhas vontades com o prazer do recomeco. Estou sempre renascendo. Nao se surpreenda. Me reergo do chao com a mesma voracidade em que cai; subitamente. A impulsao e sempre maior na queda, do que na inercia.
E assim eu sigo flutuante, delirante, apaixonante, voluvel pela vida.
Ana Frantz
1 comment:
"Me despeço das velhas vontades com o prazer do recomeço."
Quando menos esperamos, nos vemos em ritmo de despedida.
Onde, quando, como, de que jeito, por que, com que tipo de argumento ou de justificativa, com que rosto e com que coração, recomeçaremos?
Beijo, Ana, nas distâncias de Londres, com o prazer de um dia ter começado.
Romar
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