Friday, 30 May 2008

Aham


Bandeira escreveu em 1962, a propósito duma ordem de pagamento em coroas suecas do Banco do Brasil:

“A ordem era da Rádio de Estocolmo. Direitos autorais pela inclusão de poemas meus em seus programas. Eu que nunca recebi na minha terra um tostão pelos meus poemas declamados (mal declamados) em estações de rádio e televisão, estava recebendo da longínqua Estocolmo treze mil cruzeiros de direitos autorais, não era sonho não. No Brasil se faz justiça aos trabalhadores braçais, mas aos intelectuais neca: temos que fazer nome aqui para ganhar bem no... estrangeiro”. Parece que foi ontem.

Eu tambem, Lya!



Eu nunca concordei com essa afirmação generalizada no Brasil que diz "vocês lá no Sul nem são bem brasileiros, vocês são meio europeus". Isso não me elogia em nada, eu não quero ser européia. Eu tenho o maior respeito pela cultura, pelo trabalho, pelas artes, pelas tradições de vários lugares na Europa, mas eu sou brasileira e quero gostar do Brasil.

Wednesday, 28 May 2008

1968




Eu tenho a teoria de que o sonho não acabou, ao contrário do John Lennon. Porque sonho, como Freud já ensinava, é o desejo, e se você perde a capacidade de sonhar, de ter esperança, você está morrendo. Acredito nessa herança de sonho de 1968. Mas você tem razão, mudou tudo. O quadro de 1968 para hoje, em termos de projetos, ambições políticas, é muito diferente.
Zuenir Ventura

Te amo, Clarice

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector

Desorientacao

Faco frases que nao entendo
Ensaio hinos que nao acredito
Bebo quando nao tenho sede
E ja nem moro mais comigo

Fujo quando queria ficar
Fico quando queria sumir
Sorrio quando queria chorar
E choro para me punir

Digo sim na hora do nao
E isso e quase sempre
Alma de cao

Quase sempre o desassossego
Esse desencontro comigo mesmo
E de tudo o que tenho medo
A novidade me assusta
O que muda me enfurece

Tanto ceu escuro
Na atmosfera Londrina
Tanta neblina

Aspirina, morfina, endorfina em mim
Nessa angustia
De encontrar a cura
Para tanta amargura
Construo atalhos
Reviro buracos, latas de lixo
E espero te encontrar nos meus abismos

Sombras do vento, assovios de primavera
Cheiro de nada banhando os vasos na janela
Enquanto leio livros no corredor
E espero que prevejas minha dor

Ana Frantz

Eu tambem, Clarice


Mas tenho medo do que é novo
e tenho medo de viver o que não entendo -
quero sempre ter a garantia
de pelo menos estar pensando
que entendo,
não sei me entregar à desorientação.
Clarice Lispector

Quite


Tuesday, 27 May 2008

Solidao


Solidão é a distância

que o separa de você

mesmo

e não a distância

que o separa dos outros.

E que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela nao saiba




Tremula

Aceita o silencio
Como as manhas aceitam as revoadas
Te entrega ao mar
Deixa que a mare te jogue as pedras com furia
Aceita tua dor!

Aceita a solidao
Como o cego aceita um pedaco de pao
E faz da escuridao um cenario de estrelas
Seja teus proprios artistas, teus palhacos, teus brinquedos

Aceita o eco da tua voz,
Nao te assustes com o que nao bastar

Te jogue ao chao, te escabele, te desespere
Mas nao sinta pena de ti mesma
Nem te prostitue por pouco, ou cate migalhas do chao, baganas sem faiscas

Nas madrugadas de chuva caminhe pelas pocas da'agua
E nelas afogue tuas lagrimas
Tua dor, o abandono, o teu desespero

Quando nada mais restar
Fio de esperanca que segure a alma tremula
Quando o ultimo amigo se calar
E os lacos de sangue se perderem na distancia
No poco de ti mesma, nas tuas profundezas,
Na tua tristeza imensa, na tua morte
Te recria, te renova, te permita
Porque e no nada
Que o belo se cria

Seja tua propria reincarnacao
E rabsica com teu suor
As cores novas de tua pele
Ana Frantz
Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Clarice Lispector

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável. Augusto Cury

SOLIDAO

Pra onde foram todos?
E onde e que estou? Tao longe de mim mesma...

Nessa angustia

Nessa angustia
De querer sorrir
Perdes teu ar, teu soluco e tua razao.
Nessa nescessidade de ser
A fortaleza, a mare, e o ceu
Perdes teu horizonte
E teus voos sao sem razao

Tuas asas, com arterias, com veias e feridas
Que finges nao estarem la
Te lancas aos voos mais longos
Ignorando tua propria dor
E ao ver o sangue escorrendo em pocas no chao
Fecha teus olhos e grita

Quisestes ir tao longe
Passaro vadio
Borboleta de primavera
Mas esquecestes na tolice de tua infancia
Que voos precisam de pousos, de terra firme, barro molhado
E tu menina
Precisa de colo, de uma abraco, e de uma certeza

Nao tenha medo
So e fraco, quem soube ser forte um dia
E assim tuas lagrimas nao vao te humilhar
Te entrega, te enlaca, te redime
E deixa esse pranto de irrigar

Tua dor e poesia
E essa tristeza no olhar e de quem amou demais
Agora veste teu manto, senta num canto e reza
Um dia essa abstinencia vai passar
Ana Frantz

Friday, 23 May 2008

ELA

Ela e tao linda
Sua beleza mista
Mistico de mista
Da mulher e da crianca
Num sorriso
A inocencia
De amar como quem sempre ama pela primeira vez

Ela e linda
E nao sabe da beleza que reluz
Em tarde de sol, e chuva
Do arco-iris de entardecer
Da borboleta que se esconde no jardim

Linda, ela
A mulher das estrelas
Da asrologia, e da poesia
Da fotografia abstrata
Que inventa pintura a oleo
Carne viva

Ela que esconde o sorriso
Mas sorri no jeito de olhar
O brilho que nos olhos
Ja nao tem como ocultar

Ah menina vadia
Tao certa de suas cores
Tao submisa a seus amores
Se soubesses como se amar mais
Calvagaria nas costas do mundo
E ditaria a poesia que e viver
Para aqueles solitarios
Andando pelas esquinas

Quem te teve mulher das estrelas
Sabe do que falo
Para os labios que percorreram por teu seio
sedento de afeto

Paixoes
Teus cavalos selvagens

Que calvagarias
Mulher das estrelas
Por labirintos so teus

Se pudesse te pedir
um segredo
te diria baixinho
Sorria, sorria
Esse sorriso escondido
Porque teu sorriso e poesia
E sem arte
Eu jamais viveria

Ana Frantz

Thursday, 22 May 2008

Ocean of Wisdon

Dalai Lama em visita a Londres encanta os Ministros do Partido Concervativo com palavras e gestos ternos e um sorriso irradiante de amolecer qualquer um.

"I ALWAYS ENJOY EVERYTHING" answered Dalai Lama when asked wheter he likes Britain.

Por isso amo o Pessoa

Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa

Da arte de sentir-se amada


Dias atras tive uma conversa muito bacana com minha astrologa, via MSN. Poderia dizer que tivemos um encontro nas estrelas, e ela, com sua maestria e sensibilidade altruista, dissecou minha alma, sob meus olhos arregalados.
Conversamos horas, sobre as influencias astrologicas na minha personalidade. Os momentos lunares. Ciclos e tendencias para essa fase da minha existencia.
Sou Sagitariana, com ascendente em Escorpiao e Lua em Libra. E aparentemente preciso muito de ESTAR COM, ou seja me vejo refletida nos relacionamentos, e cada relacionamento que tenho e como se mergulhasse numa faceta diferente da minha vida.
Me peguei refletindo sobre essa nescessiidade de pertencer a alguem. Essa nessecidade de amar, de se doar, de se entregar e viver em um mundo novo.
Relacionamentos sao gostosos porque te deixam mergulhar no universo do outro, te permitem aprender novas cores, novos aromas e ate mudar de paladar. Mas o que impulsiona um alma a se arriscar tanto? Nessa entrega total, nessa confianca cega? Amar e perigoso, se pensar a respeito.
Talvez por isso os poetas sempre enfatizam e embelezam a voz do coracao. "O coracao tem razoes que a propria razao desconhece", como o dizer que eternizou Pascal. O amor, nao tem razao. Porque o amor nao e egoista, so quer o bem. A razao pensa demasiadamente no bem estar proprio, e tem por merito a solidao egoista de nao saber se doar. E amor e doacao. Entrega. Nao ha razao na entrega. Da razao e a auto-defesa.
E do bem de amar, o bem maior, e sentir-se amada. Sentir-se unica aos olhos do outro. Especial. Inevitavel, essencial e absolutamente insubstituivel.
E isso! Sentir-se insubstituivel ao coracao de alguem. Sentir-se maior, mais forte, e mais bonita, so porque se e amada.
Feliz de quem se sente assim! : )
Ana Frantz

Thursday, 8 May 2008

Spindle


Escultura no shopping Cermak Plaza em Chicago. Devido a reforma do shopping a escultura teve que ser removida em Maio desse ano.
Achei tao bacana... O governo local tem intencoes de reconstrui-la em outro local, mas para isso esperam as verbas nescessarias, algo em torno de $350.000

Thursday, 1 May 2008

Cancao das mulheres



Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher
Lya Luft

Conterranea


Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanizacao.

Perder, dói! Não adianta dizer NÃO SOFRA, NÃO CHORE; só não podemos ficar parados no tempo chorando nossa dor diante das nossas perdas.

Lya Luft

Cage



He who is conceived in a cage yearns for the cage.
Yevgeny Yevtushenko





Desde que me entendo por gente, como se dizia na Santa Cruz, tenho como meus ideais superiores a LIBERDADE. Sempre me senti meio hippie, meio rebelde, intensa e controversiva.
Mas nessa manha nao me reconheci mais no espelho. Agora que tenho toda a liberdade do mundo, apos ter saido de um casamento de seis anos, nao sei mais o que fazer com ela. Ela acorda pela manha e me olha pelo outro lado do espelho, e a unica coisa que sinto do lado de ca e solidao.
A falta das coisas mais banais, e de outras que antes me irritavam. Sinto falta do senso de organizacao do meu ex, do lar seguro e quieto que tinhamos. Sinto falta das luzes apagadas as dez da noite. Cada coisa no seu lugar. Coisinhas que antes me irritavam por serem perfeitas demais. E que agora, perdida no meio do caos, me fazem falta.
Na verdade percebo o quanto mudei. E isso so descobri quando passei a andar com meus proprios passos. Talvez eu nunca tenha sido tao rebelde assim, nem tao hippie, nem tao pouco liberal demais. Talvez a intensidade que eu exigia da vida, era apenas uma farsa inventada por mim. Talvez essa urgencia, era somente um grito desesperado, de alguem que sempre teve em quem se apoiar. Alguem que sempre teve para quem gritar, para quem bater portas. No momento em que nao se tem mais ninguem la para escutar os gritos e ter as portas fechadas diante de si, a urgencia perde o sentido, e mortalmente se aprende a ouvir os ecos de seu proprio silencio.
Da insanidade tenho medo. Da loucura tenho fobia. A liberdade me aprisiona.
Todas as coisas que quis pra mim, parecem escorregar por entre o veu do tempo. Vejo que cresci, ou, que sozinha sou outra. Quase um senso de defesa, que me obriga a apoiar somente em minhas proprias pernas.
Hoje me falta um pouco de coragem. Um pouco de vontade. E aquela fome de vida que um dia eu tive e sofri por ela.
E se for sincera a mim mesma, hoje tudo o que eu preciso e a sensacao de seguranca, o conforto de um lar com cada coisa em seu lugar, e as coisas mais mornas e sem gracas da vida.
Talvez tenha ficado tempo demais na sombra, e hoje o sol cega meus olhos.
Eu nao me reconheco mais.
Ana Frantz

Wednesday, 30 April 2008

Oh Yes


Castles in the air - they are so easy to take refuge in. And so easy to build as well.
Henrik Ibsen

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.

Fernando Pessoa

A forest bird never wants a cage.
Henrik Ibsen

&




Romar says:
o que faço é adiar minha vida
e vida acho que não se adia
não tem pra quando
mas me conta de ti agora
como estão as coisas?


Ana- O universo e um pai generoso says:
quanto a mim eu estou bem
feita de momentos
as vezes pura solidao, puro desespero
noutras encontro a paz e ate alguma alegria
mas estou tentando viver um dia de cada vez
nao esta facil, mas eu nao esperava que fosse
no entanto me sinto mais forte hoje, pois mesmo nao querendo, estou sobrevivendo
e descobrindo amigos e forca em coisas que antes eu nao via
eu mesma
eu sou uma surpresa para mim mesma
mas quando fecho meus olhos... sinto saudades, sinto a falta, a abstinencia ardendo na pele
mas eu sei, que essa dor um dia vai passar
durmo mal, tenho pesadelos acordo desnorteada- corro para a sacada, tomo um cafe forte e assim comeco meu dia

passo na fruteira da esquina compro um mamao e levo para o trabalho para meu cafe da manha
tenho preguica de comer, de tomar banho e de fazer as coisas mais banais
hoje li a primeira pagina de um livro- apos um mes sem uma pagina virada
entao aos poucos a vida vai se alastrando novamente pelas veias
embora muitas vezes a gente pense que nunca mais vai respirar de novo

Mais forte é aquele que está só"
Ibsen

Monday, 28 April 2008

Nao quero mais


Nao quero mais viver uma verdade inventada. Quero agora o tempo que me falta. As coisas alheias, e tudo oque me faz sentido. Ha o tempo perdido, morrendo entre dobras no colchao. Quero sacudir o po, chamar os velhos amigos e renascer para sempre sincera comigo mesma.
O tempo perdido nao volta. As pegadas deixam marcas e saudade. Os anos correm ligeiros, ignorando nossos anseios.
Ha que viver a vida, ate seu ultimo drao, grao, gota!
Ana Frantz

O universo sempre conspira


Ainda que o movimento de 1964 tivesse transformado a nossa pátria em um paraíso, eu não me arrependo de lhe ter feito oposição. Para meu ideário político, o valor absoluto da vida é a liberdade. O paraíso, se estiver cercado, será sempre o inferno. " Obs.: Ao receber o título de Personalidade do Ano, da Associação Brasileira de Propaganda, em março de 1984.
Tranquedo Neves
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector

Da liberdade de ser


Dizem que nascemos livres.
Do parto aos primeiros passos. Dos primeiros passos a primeira bicicleta. Da bicicleta ao primeiro carro. Do primeiro carro a casa propria. Da casa propria aos filhos.
A grande questao, que paira no ar de meus pensamentos, e um acento de interrogacao. Somos mesmo livres? Ou nos tornamos mais escravos na medida que crescemos?
A liberdade, nos dias de hoje ainda e atingivel, ou um ideal que esta distante dos horizontes no seculo XXI?
Me parece que as possibilidades abertas como um leque infindavel e colorido, nos deixaram mais egoistas. Mais pragmaticos e mais exigentes. Nao percebemos mais o peso de nossas escolhas, essa volupia de diferentes egos e nescessidades habitando um mesmo planeta ganham escalas impreceptiveis, e a bola de neve vai nos seguindo enquanto corremos contra o tempo.
Hoje ha mais e mais nescessidade de pertencer. Nem que seja a um grupo, a um relacionamento, a uma carreira, confraria, associacao de bairros, roda de amigos. E para sermos aceitos nesses grupos restritos, somos capazes de trocar a cor da pele, feito camaleao. E ai, que a liberdade muitas vezes nos escapa por entre os dedos.
Complicado julgar, ja que so estamos jogando com nosso instinto de sobrevivencia. John Donne ja dizia, "nenhum homem e uma ilha", e nao queremos ser ilha, queremos ser continente, praias quentes com multidoes indo e vindo. Queremos compania, risos, abracos, toques. Nao queremos o estar "so".
Solidao rima com tristeza, abandono e falta de afeto. Tememos a solidao. Sem perceber que quanto mais fugimos dela, mais nos distanciamos de nos mesmos, e da liberdade de ser quem se e, sem segredos, sem moldes e contradicoes.
A verdadeira liberdade so se absorve na solidao. E temo perceber que so se conhece a si mesmo, aquele que nao teme sua solitude.

Ana Frantz

Thursday, 24 April 2008

















Descobrimento, ainda











Para sêr grande, sêr inteiro; nada teu exagera ou exclui; sêr todo em cada coisa; põe quanto és no mínimo que fazes; assim em cada lago, a lua toda brilha porque alta vive. Fernando Pessoa

Ainda do descobrimento




Tudo vale a pena quando a alma nao e pequena! Fernando Pessoa

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades...

Wednesday, 23 April 2008

O descobrimento de Portugal

















A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
Fernando Pessoa


"(...)Que dias há que na alma me tem postoUm não sei quê, que nasce não sei onde,Vem não sei como, e dói não sei porquê."...porque o amor é assim mesmo...Sente-se...apenas!Camões







Thursday, 17 April 2008

Fado

O fado é, por excelência, a canção de Lisboa. Produto de um sentimento próprio, de uma alma que não se explica mas que se sente, o fado é ainda hoje o produto mais nobre e genuíno da cultura popular portuguesa.
É de alma que se fala; de sentimentos que se respiram; de saudades que se sentem. É o Fado que se canta. Do antigo e do novo, mas sempre o Fado, que se quer ouvido em silêncio, enquanto se prova um caldo verde e se trinca uma rodela de chouriço num naco de broa.
Acompanhado à guitarra, o fado conta uma história de mar salgado em torno do qual se reúne todo o povo português. As palavras de cada fado cantam a alma desse povo, atravessada pela saudade de quem partia e a angústia de quem, no porto de Lisboa, aguardava a chegada dos barcos que nem sempre voltavam.

Out of Town


Thursday, 10 April 2008



We've got this gift of love, bu love t is like a precious plant. You can't just accept it and leave it in the cupboard or just think it's going to get on by itself. You've got to keep watering it. You've got to really look after it and nurture it.

John Lennon (1940-1980) British musician.
The ultimate measure of a man is not where he stands in moments of comfort and convenience, but where he stands at times of challenge and controversy.
Martin Luther King Jr. (1929-1968) American black leader.

Estou aqui para dizer-lhes algo que é absolutamente inacreditável: que vocês são deuses e deusas. Vocês se esqueceram disso.

OSHO

Osho

Sempre que houver alternativas tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortavel, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso. Opte pelo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências.

Da Sensibilidade


Vi outro dia, uma entrevisa com Osho. A jornalista ao perguntar, porque somos tao sensiveis, ouve Osho dizer que a sensibilidade e uma caracteristica inerente do ser humano, nascemos sensiveis. Aqueles que se consideram sensiveis deveriam orgulhar-se de si mesmos, porque nao deixaram com que o mundo capitalista conseguisse reverter sua essencia. Disse ainda que a pergunta deveria vir inversa. Porque nao somos mais sensiveis?


Achei isso de uma verdade extrema. Sempre me considerei uma pessoa sensivel. Sempre fui muito chorona, muito apegada, sempre gostei muito de carinho, de colo, de aconchego. Minhas emocoes foram sempre muito baguncadas. Nao frequentei a pre-escola. Porque nao suportava ver pela janela minha mae indo embora pelas longas escadarias. Meu coracao dava um pulo, sentia um vazio maior que o do Grand Kenion, e me entregava a um choro infantil sem nenhuma vergonha. Naquela epoca minhas emocoes venceram os adultos e acabei ficando aquele ano todinho brincando em casa, sob a protecao das asas de minha mae.


No entanto nem sempre a vida nos responde da mesma forma. Talvez os anos 80 foram anos mais pacificos, talvez os dias corriam mais devagar na terra do Balao Magico, do Sitio do Pica-Pau amarelo, do programa da Xuxa, do Pense Bem e Pogo Bol. Do mundo da Barbie e dos Comandos em Acao. A decada da informacao. Do Renato Russo e do rock gaucho.


No entanto, os anos atuais, alem da virada do milenio, estao sendo caracterizados pela luta contra a violencia e o terrorismo. Contra o aquecimento da Terra. Era da internete rapida, era do You Tube, video cameras, Big Brothers, Globalizacao, Tecnologia com T maiusculo a mil por hora. Telecomunicacoes ficaram mais baratas. Outras ate de graca como o Skype. Empresas aereas passaram a vender passagens a preco de centavos na Europa.

Uma decada onde as fronteiras entre o possivel e o impossivel ganharam outras dimensoes mas os dias pareceram ficar mais curtos. A competicao mais cerrada. O poder de compra aumentou e com ele a nescessidade de mais e mais.


Sera que e possivel manter uma essencia sensivel em meio a esse turbilhao? Onde tudo se recicla. Sentimentos se transformam. E ate o amor se torna um produto na prateleira. Trocas incansaveis. Julgamentos insensiveis e padronizados. Tu es o que come, o que les, o que vestes e o que "aparenta ser".

Sao so meus olhos, ou ficamos mais egoistas apos a virada do seculo? Mais roboticos, calculistas e sem duvida mais "sucedidos"!

Suscesso e uma questao pessoal, mais do que isso e uma escolha. Sempre achei que pessoas de suscesso sao aquelas que conseguem manter sua essencia, as que choram e riem de dor e prazer. As que amam loucamente e que nao se envergonham de assumir erros ou pedir desculpas. As que se deixam tocar pela vida, se deixam naufragar com ela, e a bebem com toda a intensidade nescessaria.
Ana Frantz

Wednesday, 9 April 2008

Do deserto de cada um


Fazem anos, que li pela primeira vez Dino Buzzati. Autor Italiano, escreveu mais de 40 livros. Bastante apegado as solidoes da alma humana. Temas filosoficos e metaforas do cotidiano. O seu livro mais famoso no Brasil, foi sem duvida, O Deserto dos Tartaros, que devo ter lido aos 19 anos, quando ainda trabalhava no jornal, e o convivio com meu amigo Romar era diario. Como nao poderia ser novidade, Buzatti caiu nas minhas maos principiantes por conta de Romar, que sempre se esmerou em tentar me educar literalmente.

Lembro o quanto esse livro mexeu com minhas estruturas juvenis. Lembro do meu naufragio filosofico. Lembro de como aquele deserto, sem nada, me assustou. Lembro de como prometi a mim mesma, nunca me entregar ao deserto, nunca acreditar em miragens, nunca aceitar promessas de um futuro imprevisivel. Prometi a mim mesma naquelas tardes quentes, que nessa vida, eu me comprometeria com um objetivo somente- jamais deixaria minha alma cair no deserto. No deserto dos Tartaros que Buzzati tao bem pincelou, no deserto das esperas, no deserto das ilusoes, de sacrificios por um amanha que talvez nunca chegue.

Prometi a minha alma marota, que seria feliz a cada dia, que concentraria minhas forcas para que o dia de hoje sempre valesse a pena, sempre possuisse essencia, sempre, sempre!

E ca estou. Sentada a janela observando esse imenso deserto.

Quando foi mesmo que me perdi? Quando foi que construi dia apos dia, esse imenso pedaco de chao seco e sem vida? Esse horizonte distante, longinquo ate mesmo das minhas esperancas mais juvenis?

Nao sei se foram os anos, a distancia, a cegueira cosmopolitana, a fumaca ou a poluicao das grandes cidades. Talvez minha carencia foi maior que minha propria alma, e exigiu de mim, acreditar em ilusoes quando a realidade era dura demais para absorver.

Mas aconteceu. Talvez tenha acontecido com voce tambem, e nem tenhas percebido.

Agora o deserto me olha. O tempo passou. Nao volta mais. Terei que atravessar essas longas terras de seca e po, com meus pes descalcos e a garganta sedenta, ou posso sentar aqui, confortavel a beira da janela, e continuar esperando por algo que nunca acontecera.

Para quem nao leu O Deserto dos Tartaros. Leia!!! Leia agora, leia hoje, prometo que serao horas muito bem investidas.

Dou uma palinha, certo?


O livro conta a desventura do oficial Giovanni Drogo, o qual, aos vinte anos, é nomeado, em seu primeiro posto, para o forte Bastiani, que se ergue imponente e solitário às margens abandonadas do 'deserto tártaro'. Drogo, que espera ficar ali poucos meses, aguardando uma transferência, vê a vida transcorrer sem que sua razão de ser se realize: transformar-se num soldado verdadeiro, conhecer a glória de participar de uma guerra que, tudo indica, não vai acontecer...."

Há uma reflexão sobre o tempo (o que fazemos da nossa vida? Assistimos apenas o passar dos anos como se fôssemos imortais?), sobre a atitude do ser humano frente à vida.

"Numa belíssima manhã de setembro Drogo, o capitão Giovanni Drogo, mais uma vez sobe a cavalo a íngreme estrada que conduz ao forte Bastiani. Teve um mês de licença, mas após vinte dias já está de volta; a cidade agora se lhe tornou completamente estranha, os velhos amigos tomaram seu caminho, ocupam posições importantes e o cumprimentam apressadamente como a um oficial qualquer" (pág. 207).

O final do livro emociona os que acompanham toda a vida de Drogo dedicada ao forte. De uma certa forma nos remete aos dias atuais em que muitos se dedicam obstinadamente a objetivos ilusórios, passam sua juventude lutando por um sonho e deixam de viver a vida verdadeiramente. Depois da leitura podemos nos questionar: o que ando fazendo da minha? Pelo quê ando lutando? Em pleno século XXI, se ainda não temos respostas, pelo menos conseguir formular mais claramente nossas perguntas...

Sex and the City: Movie Trailer

Astrology today




You can't stop the tides --
no matter how hard you try --
and in a few short weeks, you'll know exactly why you wouldn't have wanted to.
Stop resisting the inevitable.
You'll learn to surf faster if you stop trying to control the waves and just enjoy the ride.

Tuesday, 8 April 2008

Fernando, o Pessoa

Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.

Deixa ir...


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razao.

Fernando Pessoa

Say you love me again...

Monday, 7 April 2008

Never let me go


diz para esse moco nunca, nunca me deixar partir???

esse moco nao le livro nao, ele nao sabe das coisas de romances, das rimas da poesia, das nuancias de um por de sol e do quao amargo e o gosto do adeus

esse moco sabe somar quanto e um mais um, sabe das cores preta e da branca, nao mistura aromas nem estilos

esse moco nao sabe das coisas complexas
das imperfeitas - que sao mais saborosas

ele nao sabe nao

Livros que me acompanham em 2009

  • Notes from my travels- Angelina Jolie
  • THE SHAMANIC WAY OF THE HEART - Chamalu- Luis Espinoza
  • Shooting Butterflies - Marika Cobbold
  • The Global Deal - Climate change and the creation of a new era of progress and prosperity- Nicholas Stern
  • The Penelopiad- Margaret Atwood
  • Discover Atlantis - Diana Cooper
  • Tne Gift - How the creative spirit transform the World - Lewis Hyde
  • My East End: A history of Cockney London- Gilda O'Neil
  • Delta of Venus- Anais Ninn
  • The Little Prince- Antoine de Saint Exupéry *** Apr
  • Doidas e Santas- Martha Medeiros (March)
  • The English Patient by Michael Ondaatje
  • Gilead by Marilynne Robinson - Feb
  • Healing With the Faries by Doreen Virtue (Feb)
  • Montanha Russa- Martha Medeiros (Feb)
  • O codigo da Inteligencia - Augusto Curry - Feb
  • O Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago ( Jan Lendo)

Livros que andaram comigo em 2008

  • Meditacao a primeira e ultima Liberdade by OSHO ( Dec)
  • The English Patient by Michael Ondaatje (Dec Lendo)
  • Harry Potter and the Philosopher's Stone - J.K Rowling (Oct Lendo)
  • The PowerBook - Janette Wintersone (Oct- )
  • A vida que ninguem ve- Eliane Brum (Sep - Lendo)
  • The Birthday Party - Panos Karnezis - (Sep )
  • Ensaio sobre a Lucidez -Jose Saramago (Lendo...)JUN
  • Nearer The Moon -Anais Ninn (Lendo..) JUN
  • Superando o carcere da emocao - Augusto Cury(lendo...) JUN
  • Perdas e Ganhos- Lya Luft Jun(Releitura) Jun
  • A Mulher que escreveu a Biblia - Moacyr Scliar(May) ****
  • The Secret By Rhonda Byrne (May)
  • Time Bites -Doriss Lessing March (lendo...)
  • Life of Pi - Yann Martel (March to May )
  • The Kite Runner -Khaled Hossein /March ****
  • Back when we were geown ups / ANNE TYLER (larguei na metade)
  • O Sonho mais doce - DORIS LESSING /Feb ****
  • The Crimson Petal and the White- MICHAEL FABER / Dec-Jan / ***

Livros que me acompanharam em 2007

  • Burning Bright - TRACY CAVILER
  • Fear of flying - ERICA JOUNG (larguei na 50th pagina)
  • I'll take you there - JOYCE CAROL OATES ***
  • Memorias de minhas putas trsites GABRIEL GARCIA MARQUEZ ***
  • The Siege - HELEN DUNMORE ***
  • A girl with a pearl earing - TRACY CHAVILER ***
  • A year in Province PETER MYLES ( larguei na metade)
  • The mark of the angel- NANCY HUSTON-
  • A bruxa de portobelo - PAULO COELHO -
  • Under the Tuscany Sun - FRANCES MAYA -
  • Sophie's World - JOSTEIN GAARDER *
  • The umberable lightness of being - KUNDERA- **
  • As aventuras da menina ma MARIO VARGAS LOSA - ****

Followers

About Me

anafrantz@hotmail.co.uk

Lua

CURRENT MOON
p>

FEEDJIT Live Traffic Feed