Entao eu voltei.
Foram longas as horas dessa ausencia, e, eu sei.
E que estive em muitos lugares ao mesmo tempo, sentindo o peso do mundo em minhas costas e sua leveza absurda, quando me faz voar de qualquer precipicio.
Entao eu voltei. Nao sei ao certo por quanto tempo, nem quao longe estas linhas ainda vao nos levar.
Mas tem sempre alguem que nos puxa para o que e essencial, nao e sempre assim?
Obrigada Vega, pelo teu suspiro baixinho. Por teu chamado descompromissado e por isso mais bonito.
La se vao as palavras bailando em um ceu cor de laranja. Neste tom de relato, me despesso ainda mais uma vez, longamente, neste demorado bocejo. La atras da colina, na pequena cidade, onde guardam as memorias. Para alem dos muros da consciencia eu sigo e uma vez mais guardo aquele fiapinho da esperanca dourada de que do outro lado do mundo alguem sinta este suspiro leve de quem toca mansamente na intensidade dos dias.
Assim eu regresso partindo. Na estrada onde um parte, e o outro que sempre chega. O futuro que me sorri risonho nao me faz esquecer do passado, aquele bebe tristonho chorando para ter uma volta a mais na montanha russa.
E nessas voltas que o mundo da, em sua galaxia marabalista, mistica e misteriosa, encanta poesias que nem sempre entendemos , para so mais tarde entender.
Me despesso do Rio de Janeiro, com a mesma saudade de sempre. Me parece aumentar a cada kilometro e tenho ainda mais nove mil a percorrer. Ha uma certa dor no voo, um pesar que as vezes medo da.
A casa vazia e so mais uma marca de que nem todo o barulho e bom. No entanto so viveria assim, nesta agonia insana tocando tudo que amo com a mesma voracidade de sempre. Como se fosse possivel morrer de amor. Mas para mim de nada valeria ter nascido sem a sensacao de que a qualquer momento pode-se morrer assim; simplesmente por amar de mais.
E esta esperanca silenciosa e inocente vai temperando as estrelas no meu ceu, que vez que outra decidem sem mais nem menos que o que elas querem mesmo e se jogarem do ceu. E neste momento de sorte eu faco o meu pedido; o de que sejas meu ate o infinito.
Ana Frantz
2 comments:
O que significa voltar? Para onde? Para quem? Por quem? Por quê? Até quando? E quem voltou? E voltou como? E voltou quanto?
Tens as respostas, imagino...
E em todas as respostas, Ana amiga, Ana ternura, também estarei.
Que teus dias mantenham acesa a chama de algo só teu, que te mantém intacta, inteira, passem dias semanas meses ou anos. Quando voltas, para onde quer que voltes, és sempre a mesma, mas diferente. És a mesma, mas maior, melhor, mais ampla, mais inteira.
Desse amigo, que te admira e que te acompanha em cada passo, fica com a certeza de que sempre estarás, de que sempre estarei, sempre estaremos.
Para tudo isso eu sou. Para tudo isso eu basto.
Não é assim também?
Um 2011 iluminado. Para isso, nada difícil. Quando achares que te falta luz, que perdeste a luz, basta te olhar no espelho.
Até breve!
Aquela onda derramou-se
atrevidamente na areia,
penetrou nas entranhas dos pertences
aparelhos afogados, talvez não sucumbidos...
A respiração era de tensão
o destino pregou uma peça no fim do dia.
Circuitos, dados que a memória
continha de singelo clamava por salvação.
Sem dar suspiros de vida,
o que o olhar registrará
da paisagem sortidas de cores vivas
a sombra cobria serena e logo
estendeu o manto da noite sem flor.
Olhar solidário, mão estendida ajuda-la.
Uma mesa, algumas chacoalhada nas roupas
Descolado papo espraiou-se
numa luminosidade poética
que acariciava como brisa o rosto e alma
atenuava a lembranças dos fatídicos momentos
queria fazer riscar o céu uma esperança no fim deste dia...
Em fim, um cigarro, 02 cerveja. a poesia – Homenagem a você.
Saiba o que ficou um céu imenso sobre mim...
Inspirador poético – Livro: A Fênix...
Asas que a inspiração voa alegre
sabendo que a vida é uma passagem
faz questão quardar o mais singelo de ti. Um coração lindo que escreve marcando em nossa memoria a poesia do seu sorriso e a luz do seu talento que brilha
como dadivá divina que aprendi em poucos minutos sentir de paixão o sentimennto da mais exata ternura.
Felicidades,
Elson Ronis
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