Sunday, 30 August 2009

Gato selvagem


Gato selvagem, nao volta para o ninho. Grita sozinho, lambe suas feridas, e corre solto, entre pedras e correntezas. Um coracao selvagem, nao se entrega. Corre cego, quase que fugindo. E quem poderia entender quando o amor vem assim depressa, fazendo tropecar a fortaleza e o senhor de si cair de peito aberto ao chao.

Solto e vulneravel. Ja nao se sabe mais quem de fato se prendeu.

Entre dores e suspiros. Na constante necessidade de aprender com a vida o mapa, desse atalho, para aquele lugar que tanto sonhamos. A felicidade aguarda. Espera e se cansa. Enquanto tu corres tentando alcanca-la. Cada passo a frente, ela, a felicidade, te convence que ela esta atras. E ansioso, tu voltas, para mais uma vez nao encontra-la, la.

Ela atica teus sonhos. Te convence do valor do risco. Te ecxita com a proposta, de que tu podes ter o que desejas tanto.

E a miragem te aguarda. Te atica em pesadelos a noite. E suado tu gritas. Teu grito ao mundo, no escuro; mas ninguem te escuta.

So ha uma salvacao: te entregar para a vida, vulneravel e sincero. Para que ela possa te prender, nas garras de sua vontade. Teu medo te domina. Nao queres assumir, a parte doce e suave, que brota dos teus poros, quando deitas sozinho na cama. E negas o perfume, que sentes, quando fechas teus olhos.

Mas gato selvagem, nao volta para o ninho, e mesmo cansado, continua correndo aflito.

Eu me deito no silencio, de tudo o que ha em mim, e oro, para que ele encontre o caminho.

Ana Frantz

Por um outro olhar



b

Thursday, 27 August 2009

Aniversario



Dia 27 de agosto, sempre sera uma data importante pra mim. Nao importa quanto tempo dure, nem se um dia acabar. Eu vou, para sempre lembrar esse dia. La nas paginas do calendario de 2002, eu estava me atrevendo com a vida. Estava a encarando de frente. Olho no olho, rente a pele, eu lhe dizia - Sim eu tenho medo, mas vou mesmo assim!

ggggggggggggEstava dizendo nao, para tanta coisa, que talvez nem se quer poderia sobreviver sem. Mas mesmo assim, o fiz. No entando, mais do que isso, eu estava dizendo sim, para tudo o que eu nao conhecia, e o misterio, me extasiava. Quem poderia prever, o que me aguardaria na proxima esquina, ou no proximo aeroporto?
ggggggggggggE la se vao sete veroes. Sete vezes que vi a neve pela janela do meu quarto. Sete vezes que vi o outono mudar os parques de cor e sete vezes que vi as tulipas; minhas favoritas, dancarem faceiras pelos canteiros da velha londres.
ggggggggMas sete, eu penso, e um numero pra la de especial. E um ciclo de Saturno que se completa. Mistico por natureza, o sete e sete! Sempre sonhei em ter sido a setima filha quando era adolescente, porque a lenda diz, que se assim fosse, poderia ter herdado os poderes da clarividencia e feiticaria. Ah meu sonho era ser Bruxa aos 14 anos! Sete sao as cores do arco-iris e as maravlihas do mundo. Sete sao os pecados capitais, segundo a Igreja Catolica, e a semana tem sete dias. O carnaval cai sempre sete domingos depois da pascoa e sete sao as artes. Sem falar no mundo que foi criado em sete dias.
gggggEnfim, hoje, fazem sete anos, desde que coloquei meus pes, pela primeira vez, em um aviao. Aviao teco-teco da Varig, POA - GRU, tao tremelico e barulhento que achei que ia quebrar no meio do caminho. Mas pousamos aos trancos e barrancos e la na grande cidade eu estava, solita no mundo. Feliz, como so eu. Carregando na mala velha, alem de uma foto horrorosa no meu passaporte, um envelope, carregado de esperanca e de um sonho bem maior do que eu.
ggggggLembro ter cinquenta reais no bolso, que minha avo havia me dado na despedida, em caso de necessidade. Pensei pra mim; em Sao Paulo ja estou o que mais pode me acontecer? Gastei a grana com um livro da Clarice Lispector; A descoberta do mundo, que me custou 43 reais. Com os outros dois devo ter comprado um cafe. E fiquei sentadinha, comportada esperando, o tal do aviao suico; as asas, que enfim, me levariam para Londres.
fffffffffLembro meu misto de dor, medo, e uma alegria quase intensa demais para o coracao embalar. Aquele bixo enorme ganhando forca e velocidade contra o chao. E num piscar de olhos, a grande Sao Paulo se deitava nua sob meu olhar extasiado. Era tanto predio! Um mar infinito de predios; eu falava baixinho comigo mesma. Nao se via o fim. E aquela imensidao, a altura, que sempre me causou estranhamento e paixao. Eram uma especie de sonho. Um sonho sendo vivido em realidade. Nao tem sensacao mais deliciosa, eu pelo menos nao conheco. A tudo aquilo eu me entregava, e o medo, foi aos poucos, fugindo de mim.
ffffffffffffHoje, claro, muita coisa mudou. Mas eu continuo aqui. Talvez tenha deixado cair da bagagem muitas coisas, que nao gostaria de ter perdido. Um pouco da inocencia e da coragem, que so quem nao sabe das coisas, consegue ter. Talvez a distancia, entre mim, e a vida que deixei la no interior do Rio Grande do Sul, sera sempre, a feridinha que nunca vai curar. A saudade que nunca vai passar. E as fotografias em familia, que eu, raramente vou estar. Mas ainda assim, apos somar as perdas e os ganhos, contemplo minha historia, e tenho apenas uma certeza: se fosse preciso; eu faria tudo outra vez!
ffffffffffff
ffvLondres me faz tao sentimental. Londres me doi. Nao diga a ninguem. Londres me tem.
g
g
Ana Frantz

Parabens

Londres me tem,

cccccccccccccccccccccccccccccccc por sete anos!

Wednesday, 26 August 2009


Calice


fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffccccccfffff Here's the corkscrew - useful to unlock the storehouse of wit, treasury of laughter, the front fdoor of fellowship, and the gate of pleasant folly. W.E.P. French
ffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffAqui esta o abridor de vinho - uma ferramenta poderosa para ffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffabrir o porao da sagacidade, o tesouro do riso solto, a porta da ffrente do companheirismo, e o portao da diversao.
cccccccHHHcc
HHHHHDa mitologia grega ao cristianismo. Das vilas medievais a mesa dos restaurantes mais caros do mundo. O vinho, me parece, esteve sempre presente, nas entrelinhas da humanidade. E se ate Jesus Cristo, o bebia; tendo que transformar a agua em vinho, para contentar seus convidados, quem de nos, simples mortais, poderia negar tamanho nectar, ou se encabular ao confessar sua veemencia pela bebida.
cccccccccccAcredito que o vinho e a bebdida numero um dos europeus. Nao me lembro de ter visto tamanha popularidade quando morava no Brasil, onde a cerveja extremamente gelada e que move multidoes. O vinho e fabricado na Europa desde 400AC, e tem lugar garantido ate hoje, nas celebracoes mais importantes a uma simples mesa de bar.
cccccccccNo entanto, sempre me espanto, ao constatar, que para os grandes apaixonados pelo vinho, a contia de 100 mil reais pode ser facilmente gasta, em apenas uma garrafa! Adoro uma taca de vinho. Se for dos bons, melhor ainda! Depois de umas tres, ja nem sei mais degustar a diferenca, e so a insensatez que me convence. Mas bebo vinho ruim tambem. E costumo ter uma regra apenas: jamais deixar o copo cheio ou pela metade, e vazio que se deixa, e isso, pra mim e sagrado. Mas para esses senhores poderosos, me parece, que o ato de beber vinho, traz, muitos outros segredos, que eu, uma simples mortal, talvez nao possa compreender.
cccccccccccccccHoje aqui no trabalho, um senhor, muito simpatico, la por seus 50 anos, veio nos trazer uma encomenda. Nada mais, nada menos, do que sete caixas de vinho! So de olhar pra elas, ja se via. E dos bons, e e dos caros! A entrega era para um de nossos diretores, que mais tarde fui descobrir, estara promovendo um torneio de golf para os clients mais importantes da empresa. Vinho caro; maneira certeira de impressionar.
ccccccccccccFiquei batendo papo com este senhor que comecou a me contar historias. Historias dessas pessoas, que como nos, simples mortais, apreciam, uma boa tacinha de vinho, mas com uma simples diferenca, elas estao dispostas a gastar milhoes em garrafas, por esse nectar dos Deuses. Talvez vinho, seja entre tudo, um sinal de poder. De bom gosto talvez. Um rastro de tudo o que e anciao em nos. Da sagacidade, da vulnerabilidade e da insensatez, fazendo-se companhia na mesa dos riscos. Talvez o vinho, ou uma taca do vinho mais caro, mais raro, menos bebido, seja, o merito dos bem afortunados, e que por assim serem, sentem-se mais perto dos Deuses, ao saborearem, o que poucos, muito poucos conseguirao.
ccccccccccccEsse bom homem, ficou ao meu lado, relatando, essas coisas todas, os casos, os fatos, os segredos, desse mundo, que e tao longe do meu. Me falou que chegou uma vez a quebrar uma garrafa que valia 150 mil reais. Era para um comprador Chines. E so haviam duas dessas garrafas no mundo. O Chines, acabou levando uma para casa, a ultima no mundo todo! Ele ja entregou vinho para a Princesa Diana, para a Madonna, para a Rainha Mae, para o Neil Tennant do Pet Shop Boys e um monte de outros. Me contou tambem que o site da empresa que ele tabalha e o melhor site do mundo para compra de vinho pela internet. Caso alguem esteja interessado e : http://www.bbr.com/
cccccccccPlatao entao disse- IN VINO VERITAS; Que a verdade seja preservada, nas mesas de bares, e nos banquetes impressionantes da realeza. Que o vinho seja essencialmente unico, ao calice mais caro ao de valor algum, e que bons amigos, possam sempre, reunirem-se ao sabor da verdade que uns copos a mais, nos aticam na lingua. Que o vinho tempere a culinaria de todos os dias, os romances, e as tardes ociosas. E que um calice por dia, nos livre dos males cardiovasculares; e se o mal for do coracao, que alguns calices a mais nos permitam esquecer, ainda que por uma noite. Bem louvado seja; o bom e velho calice de vinho.

Ana Frantz

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gggggggggggggggggggggggggggggggg" O nome dela e Anna,



ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssAnna e o nome das mulheres tristes."

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Erik Orsenna; Longamente

Tuesday, 25 August 2009

Vazia

Tem dias, que esvaziamos.

A purpurina se descola da pele. Opaca e muda; a alma grita! A voz nao sai. O silencio impreguina. As paredes sufocam. A rotina impertina.

Tem dias, que esvaziamos.

Gota a gota, a alma grita a sede de quem nao se contenta com o que e descontente. Ainda ha a fome. Que impera e instiga. A vida! A vida! A alma de novo grita.

Mas em certas manhas, a gente esvazia.

Pouco a pouco, gota a gota.

A esperanca nos cai do bolso, o amor se vai para nao sei onde, a alegria se esconde na tristeza, e o carisma no cansaco. Tem dias assim, que a gente esvazia.

Esvazia de cuidado,de tato, de tanto querer. Esvazia de certezas, de lutas, de dores ate. Esvazia do amor, do sonho, da esperanca que se quer. Esvazia do que e belo, e do que bem nao faz. Esvazia gota a gota do tudo que nos preenchia. E assim sem mais nem menos a alma perambula nua e vazia, enquanto o corpo oco, senta e contempla sua apatia.

AF

Monday, 24 August 2009

Dos sonhos esquecidos


jjjjjjjjjjjDias atras alguem me lembrou que ja fazem 10 anos, desde que cursei vestibular. No verao de 1999, fui integrante da turma de Bixos em Comunicacao Social, da UNISC, em Santa Cruz do Sul, com honra de "Bixo mais sujo" na festa de encerramento da semana de trotes. De la pra ca, essa decada trouxe uma lista interminavel, de coisas que ganhei e perdi. Como e muito natural, na vida de qualquer um. Mas muito mais do que isso, quando olho no espelho do tempo, nao vejo mais sinais em mim, da adolescente que um dia fui.


vvvvvvvvvA vida, me parece, vai escutando nossos sussuros, de medo ou euforia. Vai decodificando nossos segredos, descolorindo o arco-iris que insistimos em pintar com cores so nossas, e de certa forma, ela, senhora de si mesma, vai nos guiando o caminho, o curso do rio e os ecos da jornada. Pelo meio do caminho, seguimos, tantas vezes cegos, noutras tontos, tropecando em pedras ou descansando em sombras belas. Mas ela, a vida, impera! Nos edita, nos engana, nos ensina. De nada adianta esperniarmos. Ansiarmos, por outro curso de rio, pedras ou flores. A vida, essa senhora do nosso destino, tem impresso em sua bela costela, o mapa. Esse que Ela, guarda para aos poucos nos revelar. Em codigos e em poucos rastros, lento e incerto. Os dias vao desenrolando as paginas, da nossa propria historia.

nnnnnnnnE la pra tras, no caminho que descortinamos, os sonhos, as miragens que tivemos, os anseios que carregamos, as nossas vontades, essas vao mudando ao passo que andamos. Ao passo que a paisagem se apresenta em cores novas e o ar que respiramos e feito de uma densidade que ainda nao haviamos experimentado. Entao, ela, a vida. Muda. E nos muda com ela.

nnnnnnnnnNao temos mais dominio algum sobre as coisas invisiveis que faziam moradia secretamente em nos. Nao temos a chave para abrir as portas que em nossa mais sincera ilusao, queriamos tanto, mas tanto entrar. Nao sabemos nem se quer como organizar as batidas de nosso proprio coracao, que galopam selvagens, a merce de qualquer estranho, que pode sem mais nem menos, fazer dele sua moradia. A vida muda e nos muda com ela. E nesse susto, quantas vezes, questionamos, o estranho no espelho. Mas e preciso rensacer mais uma vez.

nnnnnnnnnAos 28 anos de idade ja perdi a conta, das tantas vezes, que tive que me reinventar. Ansiar por tudo diferente de novo. Das vezes que tive que tacar fogo na casa velha, sair nua do incendio, catando pelo caminho, pedacos de tecidos que aos poucos foram se transformando em minha roupagem.

nnnnnnnnnnOs sonhos esquecidos adormecem mansos em nos. Como uma miragem. Como um talvez. Como uma chama, que pode, se a vida mandar, renascer todo inteiro, mais uma vez.

nnnnnnnnnPoucos sonhos ainda sao meus, desde 99. Tantos outros eu ja deixei pra la, e outros, esqueci. Acabei deixando o sonho de ser jornalista arquivado em uma gaveta qualquer, e decidi, viajar antes de me formar. A viagem nunca acabou, e eu nunca voltei.

Ana Frantz

English Time out

Our very fine, weekend in the country...


































































As I Grew Older
It was a long time ago.
I have almost forgotten my dream.
But it was there then, In front of me,
Bright like a sun--
My dream.
And then the wall rose,
Rose slowly,
Slowly,
Between me and my dream.
Langston Hughes

Friday, 14 August 2009

Quando acaba


sssssO amor e fogo que arde sem se ver. Isso, quem disse foi Camoes. Arde sem se ver, entre a materia fisica e a materia de dentro. Arde em despedidas e reencontros. Arde em comecos. Arde ainda mais em finais.

Mas quando um casamento acaba, para onde vai, enfim, os anos de cumplicidade divididos, a amizade formada e as historias escritas a quatro maos? Para onde vai, o mapa tao bem desenhado, de nossas mais inebriantes qualidades aos nossos mais obscenos defeitos? E quem alem do ex, sera capaz de entender, quando comecamos a gritar sem razao alguma, ou prometemos o que nao podemos cumprir, ou quando nao saimos da cama por dias alegando depressao? Quem alem, do velho sapato confortavel, vai aceitar a celulite, a ruguinha que vem escondida atras do riso inocente, o fio descolorido que chega sem ser convidado. Quem alem do ex amor, vai nos conhecer assim, de dentro pra fora sem disfarces ou maquiagem?

Ontem sai para jantar com meu ex- marido. Faziam meses que nao o via. Ainda nervosa, pego as chaves em cima da geladeira e ao fechar atras de mim a porta do meu apartamento, me fiz a seguinte pergunta: qual e a melhor coisa que poderia acontecer nesse jantar? E me vi respondendo pra mim mesma, a paz. Simples assim. Sem esperar nada, a nao ser a paz. E a alegria, de dois adultos, poderem lidar com a separacao, de uma forma tao humana e sensivel. Pois sim, permanecemos bons amigos.

Quando o vi meu coracao deu um pulo. Havia me esquecido do quao importante ele ainda e na minha vida. Havia me esquecido, de quao confortavel e estar na companhia de um velho conhecido. De poder falar dos detalhes, sem ter que explicar a historia inteira, porque ele ja sabe onde comeca. Havia me esquecido do nosso jeito de ser quando estamos juntos. Havia me esquecido do quanto crescemos separados nesse ano que passou. Nao havia reparado no quanto ele emagreceu e de como nao reconheco mais nenhuma camiseta que ele usa.

Por instantes foi como voltar no tempo. E poderia jurar que estavamos jantando em algum lugar de 2004. Noutros instantes desejei sair correndo depressa dali, direto para minha liberdade, quando o vi repetir os mesmos erros. E noutros foi como conhecer alguem pela primeira vez. Terminamos nosso jantar, com um abraco forte, e desejos de sonhos doces. Caminhei pra casa com um sorriso que ha tempos nao via refletir no espelho. Um sorriso, leve. Um sorriso sem exageros. Um sorriso velho de Mona Lisa.

Ai me pergunto, e o amor? Pra onde ele foi? Esse Deus de gloria que nos uniu, e nos fez cometer os mais ilicitos atos. O amor, esse mesmo, que nos fez doar, nosso bem maior- a liberdade. Para onde o amor vai? Por mais que procure, nao encontro mais tamanho amor, escondido por ai, por minhas gavetas, por meus bilhetes antigos ou dobras de livros. O amor pra onde vai, quando um casamento acaba?

Acho que o amor nao vai para parte alguma. Ele permanece sempre dentro de nos. Quando um relacionamento acaba, apenas migramos, as doses de amor que damos. E o amor impresso pelas paginas de um calendario fica nas memorias mais doces. Fica no carinho que nao muda, e naquela vontade que da de viver tudo outra vez. Mas ja nao somos mais os mesmos e a liberdade, essa que nos embala os sonhos do agora, nao esta mais em negociacao. Entao o amor migra. Mas nunca abandona a casa que um dia lhe fez moradia.

Ana Frantz



Amor


Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Friday, 7 August 2009

O desafio maior


(artigo para jornal)
O mundo: essa gigante cápsula colorida que habitamos, com suas mais estranhas formas. Com seus mais intrigantes habitantes, linguagens, biodiversidades, latitudes, altitudes, trópicos, horários, fronteiras, culturas, guerras, é, antes de tudo, a maior obra de arte já criada. A odisseia humana é, antes de tudo, a maior obra literária já escrita. O destino da humanidade, no entanto, continua sendo o nosso mais doce mistério.
A velocidade com a qual o mundo evoluiu no último século é no mínimo impressionante. Toda vez que reflito sobre esse tema, é impossível não me vir à mente a vida da minha avó, Irma Frantz, hoje com 99 anos de idade. Desde muito menina, ouvia ela me contar os relatos do passado. O primeiro carro a circular pelas ruas de Santa Cruz, o acendedor das lamparinas e as brincadeiras de criança daquela época.
Fico impressionada ao tentar imaginar o impacto que deve ter sido viver tantas transformações. Das revistas ilustradas ao rádio; da televisão preto-e-branco para a cores e logo a antena parabólica; a internet e a tevê digital; do telefone analógico ao celular. E do celular ao mini computador, que hoje carregamos no bolso, com internet, satélite, câmera e vídeo.
Se o último século trouxe tantas mudanças na forma como socializamos, nos transportamos e nos comunicamos, tente imaginar como o atual século nos será gradativamente revelado. Fico atônita em descobrir o avanço tecnológico de um ano para outro. Meu celular há seis meses era o que de mais high-tech poderia se comprar, e custava 500 pounds no mercado (aproximadamente R$ 1,5 mil). Seis meses depois, ele vale apenas 200 pounds, mas ninguém investiria essa quantia nele, quando as prateleiras estão cheias de novidades, com celulares que são realmente um mini computador.
Aí pulamos do Google Earth para o Street Map, que fotografou todas as ruas de Londres, e quase todo o Reino Unido, dando acesso visível e objetivo de toda a cidade. Um passeio virtual, literalmente. Meses atrás vi uma foto da Terra tirada por um satélite. A quantidade de satélites colados em sua órbita é uma coisa incrível. Para não dizer inacreditável. A tecnologia, a medicina e a engenharia estão, sim, em rápida transformação.
Mas por mais inteligente e inventiva que seja, a humanidade tem hoje nas mãos um desafio talvez muito maior do que foi vencer o Nazismo de Hitler. Ainda mais desafiador do que acabar com o terrorismo de Osama Bin Laden, a Aids na África e o tráfico de drogas na favela da Rocinha. Um problema de escala global, que exige a cooperação de todos. Caso contrário, o Mundo, a minha casa, a sua, a dos pobres, a dos ricos e a dos muito ricos correm sérios riscos de destruição. O nome do nosso maior adversário se chama hoje “Global Warming” (aquecimento global).
E para reverter as consequências do super aquecimento da terra, o que precisamos é cooperação global, entendimento e engajamento. Não só dos governantes, como uma figura de líder, mas da sociedade como um todo. Consciência e reeducação ambiental. Muitas ideias interessantes já estão vindo à tona, há metas para a redução na emissão de gases, no desmatamento das florestas e na busca por energias alternativas. Muitas delas precisam cooperação global para serem postas em prática.

O Brasil está como o quarto país mais poluidor do mundo, devido ao desmatamento da floresta Amazônica, além de sua natural grande extensão territorial. E 80% esse desmatamento é gerado em parte pela agropecuária e pelo crescimento da exportação de carne para os países ricos da Europa e para os EUA. Além da carne, o mercado se beneficia com a exportação do couro para multinacionais, fabricantes de sapatos e bolsas. O Greenpeace anunciou no início de agosto que empresas como Nike, Adidas, Clarks e Timberland se uniram na preservação da Amazônia, não sendo mais complacentes com negócios que não primam pelos cuidados com o meio ambiente.
O uso da energia eólica está cada vez mais popular. A Inglaterra prevê que até 2020 cada casa será iluminada por meio de energia dessa fonte. EUA e China (os dois maiores emissores de gases) igualmente já confirmaram planos de expansão no uso da mesma energia. Enquanto isso, cientistas do mundo inteiro se reúnem no estudo de ideias criativas, que não visam somente a redução de gases, mas querem constituir passos mais audaciosos. Por exemplo, a junção de 1.900 navios, aspirando água dos oceanos e revertendo para o ar, forçando a formação de nuvens, que diminuiriam em 1% ou 2% o reflexo da luz do sol nos oceanos; o que amenizaria o aquecimento da água e controlaria o efeito da liberação dos gases através da emissão de dióxido de carbono.
Outras ideias ainda mais desafiadoras estão em discussão, como a construção de um vulcão artificial, que seria responsável por jogar partículas luminosas na camada de ozônio. Elas refletiriam a luz do sol e, consequentemente, seriam responsáveis por baixar a temperatura na terra. Ou a implantação de minúsculos espelhos no espaço, que refletiriam os raios de sol e os desviariam da Terra. Por mais que todas essas ideias pareçam ter saído de um livro de Jules Verne, é essencial que, como sociedade, nos engajemos nessa mais nova aventura: salvar o planeta Terra. É nas pequenas atitudes do dia a dia que esse desafio começa.
A vó Irma, que já presenciou todo um século de transformações, certamente concorda. Tenho convicção de que, em sua olhar, a beleza das coisas simples da vida, como o canto do sabiá nos parques e praças de Santa Cruz do Sul, devem ser preservadas, mantidas intactas ao longo do tempo e frente às mudanças que ele traz.

Ana Frantz
“Travel enables us to enrich our lives bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb bbbwith new experiences, to enjoy and to be educated, jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggto bbbbbbbbbbbbblearn respect for foreign cultures, jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjbbbbbbbbggbto establish friendships, jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjbbbbbbbbbbbbbjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjand above all to contribute to international cooperation and peace throughout the world. Jules Verne

"The excitement about art is that you can make your own mind up but what people struggle with is why some things are art. I want to show them. " Will Gompertz chief of Tate Gallery in London

Tuesday, 4 August 2009


Andei tao feliz que achava que a vida era pra sempre essa magia, essa coisa que da ate medo, por nao querermos deixa-la escorregar por entre os dedos. Mas de novo, estou ca, agora me sentindo como uma garrafa vazia. Mas isso tambem ha de passar.

As vezes as asas se cansam do voo e so pedem um pouco de pouso.

AF

Monday, 3 August 2009


Sweetest dream



Trying to keep your spirit free. Condemned forever for your anxious and the way you live your life. There is never a time for tomorrow, when today can hold your sweetest dreams. But then too much of a good thing can make you drunk and empty, wondering around the streets and the smells that make you hungry. Hungry for life, desperate for a reason, craving to have someone to give all your love. All your love is what you want to give. But out there seems to be no one to receive.


When your sweet smiles dosen't appear to be enough and the love you holded in your heart for so long is starting to fade away, burning slowly with your sense of security. You just need someone to give all your love, before the flame devour itself to it's own abandon.


And you say, it's ok, living a life you only believed in, giving yourself away to the moment, when tomorrow is just another day. Is just another day, when you don't have anyone to give all your love. When love is all you need.


But then you wake up again, and the sun is burning in your window, you look at your eyes in the mirror and beg yourself for another little drop of patience. Just another drop. And you carry on. You always carry on.


Ana Frantz

Tuesday, 28 July 2009

Ponteiros



O tempo e uma coisa intrigante. Por mais que o desejamos, nao podemos toca-lo. Por mais que ansiamos por sua constancia, nao temos dominio nenhum sobre sua passagem. Ja nem sei mais se acredito na estabilidade dos ponterios do relogio, que correm com as horas ligeiras na parede. Tem dias, que juro, ter ouvido um ruido pela sala, e la se vai, o tempo pulando pela janela, quando se viu, ja passou mais um dia.

Quando se viu ja passou outra estacao, e ja estamos de novo puxando o cobertor de madrugada. E logo e outro natal, outro aniversario, mais um ano novo. Entao e outra champanhe, novas promessas, outros sonhos. Tudo novo, esclamamos faceiros, na empolgacao dos fogos de artificio.

E, o tempo voa, diz o velho lembrando. A mae para o filho que chora a dor de um amor, diz que o tempo e remedio pra tudo. E se Mario Quintana estivesse entre nos, ele diria, que ficaras mais velho quando terminares de ler esse texto. Ficaras mais velho. Essa e a afirmacao que mais assusta. A prova de que Ele, esse Senhor de nos mesmos, esta passando, e levando com ele, nossas vidas. Transformando o presente em um passado, cada dia mais longo.

Dias atras, dois homens muito importantes na minha vida, fizeram aniversario. Nasceram no mesmo dia. Num espaco de tempo, de quase 20 anos. Mas os dois falaram do mesmo jeito; que coisa ingrata e a passagem do tempo! Um deles e meu pai; que me diz injuriado do outro lado da linha, que ha um dia atras ele tinha 66 e agora ja sao 67. O outro e meu amigo querido, amigo meu ja por uma boa e linda decada, ele me conta, que la se vao 40 anos, e que a musicalidade do "enta" lhe assustou um bocado.

A passagem do tempo amedronta ate mesmo o mais valente de todos os mortais. Me assustei em pensar que meu pai completou 67 anos de idade, nao falta muito para os setenta, e setenta para mim, ja era avo. Logo, logo a morte espreita. E ninguem quer a morte, so saude e sorte; ja cantou Gonzaguinha. Chegar a casa dos quarenta, deve no entanto ser o apice da subida. Antes achava que era aos trinta a ascenssao, mas eu mesma chegando a beira da casa dos "inta", resolvi postergar minha subida definitiva.

Amamos a vida de um jeito demasiado possessivo, e assim, nao conseguimos dividi-la com o tempo, esse que vem nos devorando conforme andamos. Mas ha que relaxar, e seguir pela correnteza. Largar os anseios, e arrecadar mais poesia pelo caminho.

Se quarenta anos e um divisor de aguas? Pode ser. A maturidade, pode ter lhe dado a calma, os livros lidos a sabedoria, de tambem entender que tudo passa. Mas es moco o bastante para te embriagar por noites a fio, com o nectar dos sonhos e dos desafios que ainda ha de tracar. Esqueca no entanto os fracassos, e o tempo que achas ter perdido. Porque tudo se transformou em uma historia. Se aos 67 anos de idade, podes te considerar um idoso, pode ser. Mas na alma quem edita a idade e a sede que tens, da vida que ainda lhe corre nas veias.E quando olhas pra tras, havera, tanto por de sol, e tardes belas, que poderas te ocupar em apenas amar tudo outra vez.

Acho que o segredo esta na intensidade que permitimos florecer em nos. No amor que deixamos reviver atraves das decadas. Dos sonhos pelos quais lutamos e dos que realizamos. Dos amigos que conquistamos, das paisagens que desnudamos, das palavras que criamos. O segredo que dividem as aguas em nos, esta na capacidade de olhar tudo, sempre com olhos de crianca. Com a inocencia de ver tudo como se fosse a primeira vez. Sem perder jamais um certo jeito insano de amar e temer a vida, essa que um dia, tambem vai passar.

Ana Frantz

Monday, 27 July 2009

Nas entrelinhas



E eu andei por ai. Correndo sem direcao, dormindo demais, amando pessoas erradas, esquecendo me de quem eu nao deveria. Andei pensando. Sonhando sem os pes no chao. Fiz fogueiras. Incendiei meus anseios em meio a ventania de chuvas de verao. Andei revendo. E quando olhei a velha fotografia, embora tenha ficado muito triste, a lagrima nao quis cair.

Andei assim. Sem mais nem menos. Andei feliz. Muito feliz, de uma alegria tao extrema que quando passou me jogou no chao com uma furia tremenda. Andei me embriagando e dancando todos os sons que eu nunca havia ouvido. Dai em uma tarde, regredi, e voltei a rabiscar o passado, com as velhas aquarelas que ja nao colorem mais. Me angustiei quando vi tudo passando pela minha janela. O passado sempre se adiantando na minha frente, levando de mim, a enchurrada e o arco-iris.

Olhei de novo a fotografia antiga, por horas e horas, a fim de entender, o porque de tantos finais. E foi como se eu esperasse uma resposta daquelas pessoas na fotografia, elas caladas, me sorriam, sem terem nada a me dizer. Talvez certas coisas, nao possuem explicacoes. E assim ha de se conviver com o eterno silencio das entrelinhas.


Andei por ai com estranhos e tentei questiona-los. Mas nada lhes arranquei. Andei com velhos amigos pelas ruas. Visitei Oxford e fui em shows de Rock. Tive encontros e despedidas. Fiquei doente, muito doente. E febril temi a solidao concreta me espiando da janela.


Mas agora estou sa. Insana com alguns intervalos de sanidade. Que sao sempre dos quais me angustio mais. Nao suporto o tedio do silencio, que certas tardes impregnam nas paredes. A loucura e que me salva, dessa mulher gritando em mim palavras de socorro. Dessa mulher que grita, mas nao sabe que e feliz. No caos dessa cancao. No vicio de amar a vida e suas coisas. Nessa intensidade enlouquecida, mas tao humana. E na inevitavel solidao, que vez que outra, chega estracalhando todas as vidracas.

Ana Frantz

Wednesday, 1 July 2009

My heart












































My friend,
you asked me to go home. That is dificult. Because
,
HOME IS WHERE YOUR HEART IS, and my heart is all over the place, a piece of it is in your hand now, can you feel it? xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

AF

Mulheres que amam demais

Nao sei como, mas passou! Ela dizia sorrindo.

Aquele amor. O fogo que a consumiu inteira, a agressao da falta que ele lhe fazia. Tudo isso como um soluco passou. A ferida parou de sangrar e da cicatriz uma mancha feia na pele, mas que ela prefere nem olhar. Agora olha tudo ao redor, e suspira. Passou! Ela nem acredita.


Nem acredita como lhe coube tanto amor, como pode amar aquele sujeito, assim tao sem graca, cara amarrada, peito sem poesia, alma sem loucura. Como pode amar por seis anos aquele sujeito que lhe tacou fora todas as cartas de amor, os poemas, as rimas que lhe havia escrito, e guardou todos os extratos do banco. Como pode assim, sem mais nem menos, amar aquele sujeito, de maneira tao felina e tao maternal.

O amor e cego diz o velho ditado, e desde o comeco dos primeiros contos da humanidade na terra, e que vejo, mulheres amando demais. Como se nos dispusessemos de um estimulo totalmente aleatorio, um coracao, um botao. Um toque, e a celula mae e adicionada. A pressao sanguinea esquenta, bomba o sangue nas veias ja envenenado, e circula por todo o corpo, ate contaminar a alma. Mulheres apaixonadas sao um risco de vida pra si mesmas. Como e facil, dar aos que amamos, ate mesmo o que nao temos, ou o que nunca deveriamos oferecer a ninguem, nosso dom maior; a liberdade.

Penelope esperou pelo regresso do amado Ulisses, e enganou, supostos pretendentes, com a promessa que se casaria novamente quando terminasse de tricotar a manta que estava tecendo. E ao se deitar, desfasia o trabalho de um dia inteiro, assim conseguiu se guardar para o regresso do amado, apos 20 anos!

Quantas de nos, esperamos, cedemos, compreendemos. Quem de nos, nao se colocou em segundo plano, so para agradar Ele. Oferecemos nosso pedaco da picanha, passamos nossas ferias onde Ele quer e o natal e sempre com a familia dele. Compramos kaiser porque Ele so toma essa, aquela comidinha no almoco por que e a favorita dele, ou, ah nao, nao cozinho aquilo porque o fulano nao gosta. Quantas de nos aprendeu a gostar de futebol por causa dele, ou continua detestando, mas vez que outra se ve na frente da TV assistindo a final de qualquer campeonato. E atire a primeira pedra quem nunca deixou uma coisa que gostava muito, porque Ele nao suporta.

Simplesmente somos assim. Mulheres amam demais. Precisamos oferecer o que somos e o que temos em pro de outro ser. As vezes, um homem, noutras, outra mulher, quem sabe um caozinho, gato ou papagaio. Um filho ou sobrinho. Um pai e uma mae. Aquela amiga para qual nunca aprendemos a dizer nao. O amigo gay que rezamos para um dia acordar gostando de mulher, porque seriamos a primeira na fila. Nossa vozinha, que por ela, nos ajoelhamos na frente da TV, assistindo a missa do Galo, que ela nao pode ir, por que 99 anos deixam os ossos cansados!

Amar demais pode ser otimo! Mas melhor ainda, e olhar pra tras e perceber duas coisas: dor de amor nao mata; e no final, a liberdade que deixamos escapar, sempre retorna para nosso colo de mae, e podemos uma vez mais, saltar pocas de agua e correr faceiras pela vida afora. Livres para amar tudo outra vez!

Ana Frantz

Monday, 29 June 2009

GGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGThe dream was always running ahead HHHHHHHHof me. To catch up, to live for a moment in unison with it, that was the miracle. Anais Nin

fragmentos



Entao ela lhe olhou rente a pele.

Procurou nos seus olhos, qualquer coisa que dissesse sim. Na impossibilidade daquele amor que ja nasceu nao podendo ser.

Platonico?

Mas pra sempre palpavel dentro dela.
AF


Thursday, 25 June 2009


Sempre que me pedem para falar sobre o que constitui uma boa história, ou o que faz uma história bem escrita ser "melhor" do que outra, começo a me sentir muito desconfortável. Depois que você passa a fazer listas ou a criar regras para classificar histórias ou qualquer outro tipo de obra escrita, algum escritor com toda certeza aparecerá e, sem a menor cerimônia, quebrará todas as regras abstratas que você ou quaisquer outras pessoas algum dia conceberam, e ao fazer isso impressionará a ponto de lhe tirar o fôlego. O uso da palavra deveria é perigoso quando se fala de obra escrita. É uma espécie de desafio aos desvios, à engenhosidade e à inventividade, audácia e perversidade do espírito criativo. Cedo ou tarde, qualquer pessoa que a tenha usado com demasiada liberdade estará sujeita a acabar usando também orelhas de burro. Não julgamos boas histórias pela aplicação a elas de algum conjunto de medidas externas, como julgamos abóboras gigantes na Grande Feira de Outono; nós as julgamos de acordo com a maneira como nos tocam, com a impressão que criam em nós. E isso dependerá de grandes imponderáveis subjetividades, que englobamos num conjunto com o título geral de gosto.
Margaret Atwood

Tuesday, 23 June 2009

Da paz

Eu queria falar da alegria desmedida.

Queria explicar para os aflitos, das cores que um por de sol pincela no horizonte, decodificar o codigo da esperanca, para aqueles que ja a perderam em alguma estrada, construir sonhos novos para quem nao tem mais nenhum para sonhar. Falar do amor que preenche um coracao, da amizade que nos faz sorrir e da paz de espirito que justifica os dias mais tumultuosos.

AF

Monday, 22 June 2009

Astrology of Love


FIRE & WATER
The Passionate Potboiler Put fire under water and you get steam. Place water over fire and you put the fire out. Everything depends, in this relationship, on who takes the lead. Hot water is more powerful than cold. When water is changed by fire, it makes greater impact. No wonder then, that Water people find Fire folk appealing. They have nothing to fear. They know they can quench fire if it gets too hot. But why should a Fire person want to get close to a natural force that can destroy it? There is no logical answer. Water has nothing to offer Fire, but it needs it and wants it. That's why it works so hard to attract it! Fire is willing to be drawn because it hungers to be powerful in any way it can. It can't resist that steamy sizzle. Fire likes living dangerously. Water likes to get excited. This pairing may not be wise but it's hard for either to resist.

Livros que me acompanham em 2009

  • Notes from my travels- Angelina Jolie
  • THE SHAMANIC WAY OF THE HEART - Chamalu- Luis Espinoza
  • Shooting Butterflies - Marika Cobbold
  • The Global Deal - Climate change and the creation of a new era of progress and prosperity- Nicholas Stern
  • The Penelopiad- Margaret Atwood
  • Discover Atlantis - Diana Cooper
  • Tne Gift - How the creative spirit transform the World - Lewis Hyde
  • My East End: A history of Cockney London- Gilda O'Neil
  • Delta of Venus- Anais Ninn
  • The Little Prince- Antoine de Saint Exupéry *** Apr
  • Doidas e Santas- Martha Medeiros (March)
  • The English Patient by Michael Ondaatje
  • Gilead by Marilynne Robinson - Feb
  • Healing With the Faries by Doreen Virtue (Feb)
  • Montanha Russa- Martha Medeiros (Feb)
  • O codigo da Inteligencia - Augusto Curry - Feb
  • O Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago ( Jan Lendo)

Livros que andaram comigo em 2008

  • Meditacao a primeira e ultima Liberdade by OSHO ( Dec)
  • The English Patient by Michael Ondaatje (Dec Lendo)
  • Harry Potter and the Philosopher's Stone - J.K Rowling (Oct Lendo)
  • The PowerBook - Janette Wintersone (Oct- )
  • A vida que ninguem ve- Eliane Brum (Sep - Lendo)
  • The Birthday Party - Panos Karnezis - (Sep )
  • Ensaio sobre a Lucidez -Jose Saramago (Lendo...)JUN
  • Nearer The Moon -Anais Ninn (Lendo..) JUN
  • Superando o carcere da emocao - Augusto Cury(lendo...) JUN
  • Perdas e Ganhos- Lya Luft Jun(Releitura) Jun
  • A Mulher que escreveu a Biblia - Moacyr Scliar(May) ****
  • The Secret By Rhonda Byrne (May)
  • Time Bites -Doriss Lessing March (lendo...)
  • Life of Pi - Yann Martel (March to May )
  • The Kite Runner -Khaled Hossein /March ****
  • Back when we were geown ups / ANNE TYLER (larguei na metade)
  • O Sonho mais doce - DORIS LESSING /Feb ****
  • The Crimson Petal and the White- MICHAEL FABER / Dec-Jan / ***

Livros que me acompanharam em 2007

  • Burning Bright - TRACY CAVILER
  • Fear of flying - ERICA JOUNG (larguei na 50th pagina)
  • I'll take you there - JOYCE CAROL OATES ***
  • Memorias de minhas putas trsites GABRIEL GARCIA MARQUEZ ***
  • The Siege - HELEN DUNMORE ***
  • A girl with a pearl earing - TRACY CHAVILER ***
  • A year in Province PETER MYLES ( larguei na metade)
  • The mark of the angel- NANCY HUSTON-
  • A bruxa de portobelo - PAULO COELHO -
  • Under the Tuscany Sun - FRANCES MAYA -
  • Sophie's World - JOSTEIN GAARDER *
  • The umberable lightness of being - KUNDERA- **
  • As aventuras da menina ma MARIO VARGAS LOSA - ****

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