
Tuesday, 6 July 2010
Na contramao

Monday, 5 July 2010
xxxx



Eu nao sei o que ha em ti. Nao sei que vicio me prende a ti. Nao sei que sede e essa, que nao sacia, nem mesmo com os melhores vinhos do mundo. Nem com as aguas mais puras vindas das montanhas mais remotas. bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbnnnnnn
O comeco e o fim

E preciso que venhas, e me colhas serena e muda, nesse jardim do qual eu nao pertenco. Acaso nao sentes que te espero chegar? Sera que nao escutas ao longe esse sussuro? Sempre te espero chegar.
Me deixa te mostar a materia das coisas raras, o segredo das coisas tao nossas, das quais nao podemos mais tocar. Me deixa tocar teus sentidos, te alivia comigo. Ao meu lado seras mais tu, sempre mais a essencia do que realmente procuras. Sera que nao ves, que procuras a mim?
No silencio das coisas que se ensinuam indecentes; seus segredos tao vulgares. Nas tardes que passas ausente, distante de ti mesmo, sei que escutas ao longe uma voz que chama pelo teu nome, para que justifiques tuas dores, para que te dispas dos teus medos, essas certezas tao atrozes, crueis para ti mesmo.
Enquanto te espero, ajoelho em frente ao meu altar, com lagrimas nos olhos eu imploro que venhas me buscar. Esquece que somos feitos de tecidos diferentes, e nos retalhos que a colcha que cobre o corpo febril se faz mais autentica. Tuas cores contornam meus borroes e sou sempre mais mulher quando me pegas pela mao.
Me deixa te despir ate a alma encontrar seu osso e costela, acaso nao sabes, que ha um sabor exotico e unico na impossibilidade que cambaleia no labirinto das verdades? Quando menos espera a verdade te espreita e ja nao tens mais para onde fugir.
Entao te rebusca! E preciso que venhas, nao tem mais geito, de certas coisas nunca teras como fugir. Os segredos que adormecem mansos em teu peito, podem a qualquer momento despertar monstros em ti. Aceita que precisas de mim, da mesma forma que preciso de ti, te livra desse pre-conceito. Ja nao sou mais a mesma e pelo mapa tatuado em minha pele suada, sedenta e voraz, encontraras o atalho que tanto buscas.
Eu sou o comeco e o fim. Entao vem e desagua em mim.
Ana Frantz
Te Esquecer

X
Friday, 2 July 2010
Thursday, 1 July 2010
A hora do sonho

Tempo perdido

Deixa pra la

Deixa pra la. Ja passou. O soluco engasgando qualquer risada. As maos frias apalpando os porta- retratos no escuro. Ja passou a saudade.
Nao importa mais que tenham podado minhas asas e por longos anos me acorrentado em uma gaiola feia e sem graca. Olha pra mim e ve esse riso que nasce solto, esse brilho no olhar vem de uma alma que sobreviveu ao fogo que arde as coisas mais sagradas em nos.
Ainda que tenham enganado minha fe, baguncado minhas certezas e jogado minhas perolas todas ao chao a merce de qualquer mendigo, recolho o que me sobrou. Tudo o que e essencial se faz permanente. O que me tiraram, ou o que eu perdi, eram apenas coisas a mais que carregava na bagagem, o peso delas me delimitavam os passos. E eu gosto mesmo e das estradas, nasci para ser andarilha. Sigo assim, mais leve pelos caminhos.
Entao, deixa ele ser pequeno, e me deixa ser gigante. Ja se perderam as contas entre nos.
Deixa pra la o passado e todas as coisas raras que doastes com olhos fechados. E assim o amor. Deixa pra la as coisas concretas, os documentos empoeirados, a raiva de tudo. E assim a vida e tudo passa.
Enlaco o agora e com ele costuro botoes no meu vestido, me revisto com os minutos e as horas, e o dia de agora, se faz em meu presente mais bonito. Olho o horizonte que me convida para uma nova caminhada, ha sempre tempo de ser mais feliz, demoradamente mais feliz. Ha sempre tempo para se doar mais, sim ainda mais. Ha sempre algo de nos que ainda nao desperdicamos, e dificil adivinhar, mas com sorte, algo de raro pode se multiplicar em um turbilhao de novas cores. Nessa invazao do milagre, poderas enfim, beber no calice da redencao.
Ha um tempo pra tudo no mundo. Deixa pra la entao as azeduras do ontem.
Ana Frantz
Tuesday, 29 June 2010
A letra dela
Thinking 'Bout You
Yusuf Islam
Composição: Yusuf Islam
When I hold your hand,
I could fly a zillion miles with you.
When I see your grace,
I can see you're God's words come true.
Every little bird above the haze,
And fish beneath the waves,
Knows about you...
Wouldn't they do.
When I see your eyes,
I can see rainbows in the sky.
Being with you,
All who parted reunite.
Every little pearl drop in the clouds,
And stones beneath the ground,
Are waiting for you...
Wouldn't they do.
Whatever you say
Lightens up the burden of the day.
Whatever you do
Makes us ever want to follow you.
Whatever they say,
Whatever they do,
I'll always love you.
Every burning comet that zooms,
And angels too,
Think about you...
Wouldn't they do.
Thinkin' bout you,
I could climb a mountain in the dark.
Listenin' to you,
Flowers dance in the park.
Whatever they say,
Whatever they do,
We'll always love you.
The words that you say,
Lightens up the burdens of the day.
Whatever you do,
Makes us want to follow you.
Whatever they say,
Whatever they do,
I'll always love you.
One gift, one love.Thank you my friend...
A Flor

Me deixe aqui

Acho graca quando me acalmas. Quando me chaqualhas e as vezes sem querer me derruba com toda a tua forca ao chao. Com toda a tua forca. Era sempre assim, esse vai e vem. Ficava tao confusa que ja nao sabia mais identificar em meu soluco o riso ou o choro. Eram assim os dias.
Acho estranho olhar para o que restou ou se agigantou em mim e nao te ver mais la. As vezes nem reconheco a gargalhada que nasce sozinha no escuro da noite e minhas palavras que nascem tao soltas quando nao lembram de ti.
Vez que outra reapareces. E tua assombracao, quase sempre sem esperar, bagunca os porta-retratos da minha casa e enche de poeira o chao. Rabisca qualquer coisa cinza e me declama uma historia triste.
Nao, nao quero lembrar.
Teu nome quando vem, vem cheio de magoa. Me doi recordar. Ficas mais bonito preso no silencio que te petrifica como uma estatua de concreto, pelas ruas em mim. Eu fico em paz assim.
Por favor entenda; que quando vens, me fazes recordar que tenho um coracao quebrado, me faz querer bem mais do passado; mais aconchego e menos abandono. Me faz reviver cada desespero, cada lagrima, cada chaga e todo o tempo que eu desperdicei. Desperdicei por ti. Por favor entenda, que nao te quero perto, porque ja me causastes muito mal e enfraquecestes meu Imperio. Entenda que a dor de quem foi um dia abandonada nunca passa, a vida que na mao do outro foi desperdicada; a vida, a vida que e sempre tao rara.
Recolho minhas perolas, me encolho em minha concha e deixo esse barulho passar.
E eu que recito as proclamas da justica, hoje tenho as maos atadas. Nao, nem todos os lados sao iguais e nao ha nada que eu possa fazer, que te faca sentir o que eu senti. E preciso coragem para doer assim; ah eu doi. Te deixo seguir teus afazeres sem as dores de dentro. Quero que tu vas e sigas livre em tuas conquistas, nao te amedrontes, nao ha mais nada que possas fazer, que ja nao tenhas feito, tu me matastes por dentro.
Va entao, e me deixe quieta, selvagem em meu canto. No zunido que fala das historias do passado, vem uma frase ou outra que me diz, que eu merecia muito mais. Muito mais amor do que tinhas para me dar.
Agora va, e me deixe! Eu preciso esquecer que um dia eu morri. Longe de ti eu sei sorrir. Agora va e me deixe, esquece que fui tua e que um dia eu te quis. Agora va e me deixe aqui. Seremos sempre mais felizes assim.
Ana Frantz
Thursday, 24 June 2010
Universo

As vezes e o olhar triste e profundo que nos provoca inquietacoes. Mas o certo e que mudamos, e nessa materia fina e perecivel de que somos feitos, as vezes nos perdemos em nos mesmos. Doce labirinto de quereres e nao quereres. E das duvidas infinitas. Mas e sempre bom se perder assim. Desde que seja em si. Porque e grande esse universo intimo. E nessas viagens mirabolantes que inventamos pelo interior de nos mesmos, podemos a cada dia descobrir luas novas e outros aneis de saturno. Ha sempre uma estrela nascendo.
E nessas parafernalias que contruimos entre torres, igrejas e parques de diversoes, vamos sem querer tracando rumos e construindo estradas. Nem sempre percebemos que e brincando que realizamos sonhos. Quando o sonho nasce pronto, eternizado num retrato, distraidos esquecemos que um dia sonhamos. E saimos correndo em busca do que ainda nao temos, deixando cair dos bolsos algum encanto ou outro que acabamos de colher.
E assim ser humano, gigante e pequeno. Esse vai e vem, de uma mare que nao pode ser fixa, colada em uma estrutura macissa. A mare exige o movimento, e recuando e avancando que se faz inteira. Entao vamos por ai, desbravando os mundos infintos em nos. Mudando de ideia, desistindo de um plano ou outro, quebrando promessas ou reconstruindo ruinas. O importante e seguir as proprias cadencias sem ouvir o ruido do outro. E sempre em nos que baila a danca certa e a musica que deveriamos escutar.
Ao olhar pra tras, precisamos da coragem de quem tatua pontos finas. Memorias sao apenas lindos poemas que um dia decodificamos pelas maos das horas. Tudo passa, minutos sao apenas pequenas particulas da essencia que brota em nos flores novas pela primavera dos nossos destinos. O sonho do amanha e sempre doce, e e mais leve viver assim, reconhecendo cada personagem que habita em nos sem a amargura das coisas que ainda nao sao.
Ana Frantz
Tuesday, 22 June 2010
Mulher

Monday, 21 June 2010
Liberdade

Ja e tarde e ainda estou aqui. Ajoelhada em frente as coisas que nao entendo, diante a minha solidao que nao quer ser de mais ninguem. Gostaria de encontrar alguem que conseguisse me provar que nada e em vao e que ate mesmo a pior morte pode trazer algo de bom. Ja e tarde, e eu que ando sempre atrasada, acabo de perder a hora, a hora de ir embora, e de dizer nao a tudo o que me machuca.
Quero a liberdade que nao me proibe de ser livre. Imensamente livre e so. So, das coisas desse mundo que apertam e deliram. Eu quero mais que liberdade, quero a coragem de andar nua pelo mundo, quero ser a cara para qual o medo olha e foge com medo da ousadia que em mim vive e vence qualquer fraqueza.
Quero ser livre para nao fingir, nem jogar jogos dos quais eu nunca tive a chance de ler as regras. Quero ser livre nesse mundo. Livre de mim, livre das coisas que criei pra mim, de tudo o que eu quis e do mundo que eu construi cuidadosamente com as maos do trabalho. Quero ser livre, solta como um balao no ceu, sem paradeiro, sem porto, sem rumo, sem nada para chamar de meu. Flutuando no mundo.
Possuir e o que nos derrota e enfraquece. E eu, eu nao quero ter nada. So a liberdade me salva.
Ana Frantz
Friday, 18 June 2010
Ele vem

Deixe me ir

E chegou entao o dia;
vvvvvvvvvvvvvvvva chuva passou, as estrelas reapareceram entre as nuvens grossas feitas de poeiras e venenos. Repletas das nuancias do passado. Daquele livro velho empoeirado enfeitando a estante no canto da sala. O porta-retrato vazio, na ausencia da foto a presenca que se fazia ainda mais paupavel.
Entao um dia isso tudo passou; ou entao silenciosamente fingimos assim. A vida e mesmo um palco, e vez que outra e preciso insenar travessuras com a pobre alma, que acredita em tudo o que ve. Silenciosamente lhe contamos mentiras inocentes, e para o nosso proprio bem. E todo mundo quer a salvacao; nao e assim?
Mas tudo deixa marcas e a cicatriz e o eco da ferida, que nos empresta vez que outra um medo qualquer. E preciso saber escolher, entre o sim e o nao. Entre doar o que nao se tem, ou permanecer outra noite na escuridao. E preciso saber decifrar o apelido do risco, a chance que a vida sussura indignada ao pe do ouvido e distraidos nao a ouvimos. E preciso mudar, de vez enquando, uma coisa qualquer em si e no mundo que lhe rodeia.
A cor do carro ou do cabelo. O trajeto para o trabalho, descartar uma calca jeans ou um amigo que ja nao serve mais. E preciso jogar fora certas cartas de amor e algumas fotografias, sem pena. A vida exige ousadia. E so quem tem muita coragem e capaz de rasgar um poema de amor. Va! Seja audacioso e destrua aquelas coisas todas que eram tao preciosas. Quando nao lhe restar mais nada, nenhum resquicio, o passado sera so uma pagina em branco, que te impulsionara a escrever novas historias.
Hoje me recolho em uma pagina toda nova, branca, avida e corajosa. Quero o que o futuro canta! O futuro, esse que me encanta a conquistar as coisas novas. Me despesso dessa velha vida, ja usada e saboreada ate a ultima gota. E preciso mudar as vezes, o rumo e o sentido de tudo. Meu Santo Graal ja tem outro nome, e minha bussula agora gira tentando encontrar meu caminho de volta pra casa.
O que o ser humano quer e escolha. E isso que nos dignifica assim; humanos. Sento na minha cadeira azul, e penso em milhoes de novos caminhos que poderia seguir. O que eu preciso e ter escolha. O que eu preciso e nao ficar aqui. Parada sem me fazer sentido.
Quero os ventos do sul, agitando minhas asas aos ares novos. Quero me soltar dessas amarras tao bem sedimentadas em meus pes cansados. Quero a incerteza do inusitado pincelando mundos novos na aquarela que trago no bolso. Nao era sempre assim, a incerteza do amanha fazendo cocegas na gente? Deixe me ir, preciso andar.
Ana Frantz
Para que se perder?

Friday, 11 June 2010
My rainbow

Is there any ever lasting love, that lasts as bright as a true friendship?
Friends are forever, lovers... we only wish they were.
So we are taking the road to North East Wales and we are spending two nights in a caravan, close to nature, close to real love, and genuine wings. He is always my rainbow after the storm!
AF
Deus

Nao o culpo. Me viro melhor assim. Fui mesmo feita de fogos. Gosto dos mergulhos, de quem nao tem medo do escuro. Sou feita do ar, da Lua em Libra. Sou feita da agua, ascendendo em Escorpiao, sou o fogo em Sagitario. O que nao tenho e terra, nem pes no chao. Mas isso e porque Deus insitiu em me dar asas, e nao ha ceu sem passaro.
Ele me fez assim, meio torta para um lado, cambaleante do outro. Me fez imperfeita e me deu a coragem para usar de escudo. Pincelou uma estrada e disse que cabia a mim colori-la com flores, pedras, borboletas e anjos. E por ela eu vou, desenhando meus contornos. As vezes, sem querer, tropeco nas pedras que esqueci ter desenhado em meus momentos de atropelos. Noutras e a borboleta que pousa em meu naris e realiza um sonho bobo meu, mas o que gosto mesmo e de sentar a sos com meu anjo para lhe contar meus segredos, os meus loucos devaneios. Ele sempre acha graca e sua gargalhada sempre me lembra uma crianca deslumbrada.
Deus me criou assim, desenhou um abismo em mim e nele plantou o amor do mundo e todas suas dores. Construiu uma ponte e a ela deu o nome de saudade. Hoje atravesso essa ponte, e do lado esquerdo para o direito sigo sentindo a alma das coisas em mim. Deus me deu uma chave, e a ela ele chamou de felicidade. Disse que com essa chave poderia abrir qualquer porta, desde que meu coracao desejasse.
Sigo com essa chave na mao, o meu coracao que bate como um louco tamborzinho, vai me pedindo para abrir tudo o que ve pela frente, e ainda crianca mimada, esse meu coracao. Vez que outra eu nao entendo. Nao sei mais, se meu menino coracao vai crescer um dia. E por ai eu sigo, com a chave na mao, perdida com meu coracao. Minha alma de joelhos canta uma oracao, para que meu coracao aprenda a desejar e que assim eu possa encontrar na porta aberta o que foi destinado para ser meu e ter enfim a felicidade que um dia Deus me deu.
Ana Frantz
Coisas tuas

Quando qualquer coisa tua se aproxima,
bbbbbbbbbbbbbbbbmeu mundo escuresse.
Sinto essa brisa fria, sussurando teu nome aos ventos. Nao gosto do jeito em que teu nome soa ao vento. Os ventos que sao coisas minhas, nao deveriam trazer resquicios teus. Os ventos, estes sao meus e foram feitos para o voo. Mas quando qualquer coisa tua se aproxima, nao ha voo, apenas um mergulho denso e fatal em todas as coisas que vao murchando a rosa em flor.
E eu quero ser jardim, rosa e bromelia. Quero ser o passaro, a borboleta e o beija-flor. Nao quero ser tua. Qualquer coisa tua, coisa qualquer que relembre o ardor. Qualquer pensamento que me prenda nas teias do ontem. E essa brisa vem sussurando teu nome so para me ver chatear.
Toda vez que teu nome danca pelas veias do ar, minha alma briga com meu anjo e os ceus se tornam amargos. Nao gosto de ouvir teu nome, em nenhum lugar ou coisa alguma. Quero que te cales, que te tornes invisivel aos meus olhos em flor. Quero que permanecas como uma estatua muda no mundo. Tu que ja me causastes tanta dor.
Meu coracao que asfixiado em tuas maos se dilacerou. Nao quero que te aproximes de mim. Tu que me enfraqueces e maltrata. Tu que roubastes algo vital em mim, uma estrutura qualquer que agora me impede de ficar firme sem que cambaleie. Tu que me tirastes tanto brilho. Va! Siga agora para qualquer pagina de um outro livro qualquer. Va, porque em minha historia, nao ha mais enredo para ti.
Ana Frantz
Thursday, 10 June 2010
Cancao

***

**
Wednesday, 9 June 2010
Vinte e um

Tuesday, 8 June 2010
Monday, 7 June 2010
Suspiros

Mas algo em mim se cansa. Alguma coisa empresta tanta neblina aos dias. Tanta neblina. A exaustao em gladiar sempre consigo mesma na ansia de superar a dor. Em fingir que nao se sente o silencio ardendo por dentro enquanto caminho sozinha pelas ruas, pelos bares, pelos restaurantes. Pela vida assim, driblando os mosquitos invisiveis me sussurando ao pe do ouvido que nao era pra ser assim desse jeito, que a vida impera o magico e o sublime, porque nao ha nenhuma alegria em ser triste.
Espero mesmo e um chamado, qualquer explosao que me tire desse marasmo. Quero mudar a casa, a cortina, a rua, a cidade e o pais. Essa vontade nao passa e o desejo de ter tudo novo e so mais uma agonia. Onde habita o segredo do recomecar? E colocar um pe depois do outro e depois o outro. Arrisca! Alguem la de cima grita. Arrisco, arrisco sim, mas arriscar o que? Se coloco as maos no bolso e de la nao tiro nada, e so um bolso vazio.
Entao prossigo, entre silencio e poesia, vou pincelando meus dias e a estrutura fragil e perecivel de que sou feita. Aceito meus tombos, nao nego que erro, que proclamo o que nao pode ser repetido e que sofro profundamente, quase sempre sem motivo. Mas as pedras que trancam meu caminho, so impedem meu andar, e nao o andar de quem me assiste tropecando de novo.
Engulo meu suspiro, tranco meu choro, minha respiracao e meu desejo, e com doses rasas de oxigenio eu sigo esperando um acontecimento. Sei que um dia qualquer vou acordar com o pulmao cheio de ar. Espero com a paciencia desordenada e sempre vulneravel que um suspiro novo me traga de volta a mim.
Ana Frantz
Thursday, 3 June 2010
Quando chove

Chove por toda a parte. E essa chuva que vem trazendo a melancolia, tambem pode estar cheia da paz. Do sossego em aprender a lidar com teus proprios fantasmas, quando chove pela casa de dentro. Nem todos os dias podem ser de sois intensos, se nao a terra seca e vira deserto. A chuva que vem, traz o alimento essencial para o cultivo de sementes novas. Porque e so na quietude de dias assim que descobrimos os ritmos que ansiamos dancar, nas tardes quentes de sol, que ainda virao.
Guardo meu encanto numa caixinha colorida. Nao o quero perder, mesmo se choro, mesmo quando a chuva vira tempestade. Ha um nao sei o que de beleza nos trovoes que aborrecidos gritam nao.
A vida me chama para suas curvas e labirintos intensos. Tenho medo mas sigo seu chamado mesmo assim. Fecho portas com o coracao chorando e implorando nao, mas a alma quer se expandir, e essa bailarina, e a rainha dos nossos destinos e diz sim a tudo aquilo que encanta e machuca. O coracao esse lindo tamborzinho e apenas uma crianca deslumbrada com tudo. Se lhe dessem a chance abracaria tudo o que ve pela frente sem mais querer largar. Mas e preciso prosseguir na vida, virar paginas, escrever novos capitulos, porque e para isso que nos foi dado a esperanca. A esperanca de acreditar nesse misterio do amanha.
Rebusco todas as flores mortas no jardim, sob a terra que nao as nutri mais. Relembro seus aromas, sua beleza e aceito minhas perdas com a coragem de quem abre as maos para o que o inesperado espreita. O coracao, crianca cabecuda, se agarra na primeira arvore que ve pelo jardim e dela nao solta. Mas como toda a crianca, quando deixamos de dar bola ela vem correndo, com medo que a deixemos para sempre pra tras.
Sei que esse tamborzinho que bate apressado, nessa ansia cega, e tambem medroso e assutado. Cuido dele com o carinho de mae e lhe prometo proteger desses trovoes que as vezes assustam ate a mim. Mas junto seguimos desvendando labirintos e pulando sob abismos. A vida exige coragem.
Livros que me acompanham em 2009
- Notes from my travels- Angelina Jolie
- THE SHAMANIC WAY OF THE HEART - Chamalu- Luis Espinoza
- Shooting Butterflies - Marika Cobbold
- The Global Deal - Climate change and the creation of a new era of progress and prosperity- Nicholas Stern
- The Penelopiad- Margaret Atwood
- Discover Atlantis - Diana Cooper
- Tne Gift - How the creative spirit transform the World - Lewis Hyde
- My East End: A history of Cockney London- Gilda O'Neil
- Delta of Venus- Anais Ninn
- The Little Prince- Antoine de Saint Exupéry *** Apr
- Doidas e Santas- Martha Medeiros (March)
- The English Patient by Michael Ondaatje
- Gilead by Marilynne Robinson - Feb
- Healing With the Faries by Doreen Virtue (Feb)
- Montanha Russa- Martha Medeiros (Feb)
- O codigo da Inteligencia - Augusto Curry - Feb
- O Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago ( Jan Lendo)
Livros que andaram comigo em 2008
- Meditacao a primeira e ultima Liberdade by OSHO ( Dec)
- The English Patient by Michael Ondaatje (Dec Lendo)
- Harry Potter and the Philosopher's Stone - J.K Rowling (Oct Lendo)
- The PowerBook - Janette Wintersone (Oct- )
- A vida que ninguem ve- Eliane Brum (Sep - Lendo)
- The Birthday Party - Panos Karnezis - (Sep )
- Ensaio sobre a Lucidez -Jose Saramago (Lendo...)JUN
- Nearer The Moon -Anais Ninn (Lendo..) JUN
- Superando o carcere da emocao - Augusto Cury(lendo...) JUN
- Perdas e Ganhos- Lya Luft Jun(Releitura) Jun
- A Mulher que escreveu a Biblia - Moacyr Scliar(May) ****
- The Secret By Rhonda Byrne (May)
- Time Bites -Doriss Lessing March (lendo...)
- Life of Pi - Yann Martel (March to May )
- The Kite Runner -Khaled Hossein /March ****
- Back when we were geown ups / ANNE TYLER (larguei na metade)
- O Sonho mais doce - DORIS LESSING /Feb ****
- The Crimson Petal and the White- MICHAEL FABER / Dec-Jan / ***
Livros que me acompanharam em 2007
- Burning Bright - TRACY CAVILER
- Fear of flying - ERICA JOUNG (larguei na 50th pagina)
- I'll take you there - JOYCE CAROL OATES ***
- Memorias de minhas putas trsites GABRIEL GARCIA MARQUEZ ***
- The Siege - HELEN DUNMORE ***
- A girl with a pearl earing - TRACY CHAVILER ***
- A year in Province PETER MYLES ( larguei na metade)
- The mark of the angel- NANCY HUSTON-
- A bruxa de portobelo - PAULO COELHO -
- Under the Tuscany Sun - FRANCES MAYA -
- Sophie's World - JOSTEIN GAARDER *
- The umberable lightness of being - KUNDERA- **
- As aventuras da menina ma MARIO VARGAS LOSA - ****
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