Monday, 31 October 2011

*

me & you both.









A CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCcC

Friday, 28 October 2011

Lado B



' E de repente a vida te vira do avesso e voce descobre que o avesso e o seu lado certo... (Caio F. Abreu) # lunacao escorpiana



And then LIFE turns you end side out and you find out end side out is your right way... (Caio F. Abreu)

Scorpio Lunar

The streets I walk on











Thursday, 27 October 2011

Saudade




tonturas
o mundo da voltas
(revoltas)
e nos deixa tontos

quem vive a saudade
sabera falar de saudade
(Romar Beling)







Havia sempre um lugar para voltar. Depois de cada incendio. Cada ponte derrubada ao fogo das magoas. Havia sempre um lugar para voltar.


Com as roupas rasgadas, a alma em farrapos, havia sempre um jeito ou outro de carregar uma saudade, em ombros cansados da guerra, em bracos longamente ansiosos de abracos, de um afago, ou de uma coisa ou outra para segurar.



Haviam sempre pessoas acenando por outras ruas, noutros aeroportos. Estava sempre em outro fuso horario. Em outro idioma. Sempre estrangeira de si mesma. Era sempre outro pais, outro oceano. Estava sempre trocando a asa, o folego, o pranto. A custas de qualquer trocado, de qualquer migalha de pao ou de afago. Eram sempre outras cores. Nunca as suas.


Em seus desertos aridos, fartos da seca e do nao, soletrava palavras ao vento. Poemas que ficariam para sempre sem traducao. No adeus, havia sempre a vontade de ficar. Havia sempre a vontade de partir.



Fantasma de si mesma. Faminta, selvagem, fugas. Exigia sempre coisas grandiosas demais para depois reclamar de suas dimensoes tao obscenas.


Seguia sempre a virar a pagina de outro dia, como se o desastre fosse apenas um jeito torto de contar estorias. Mas toda vez que olhava pra dentro; havia o peso de uma saudade que lhe atrapalhava um passo ou outro, havia uma magoa escondida como a poeira de dias quentes, que vez que outra lhe tirava o ar. Haviam fantasmas cheios de furia a lhe atormentar os sentidos. Havia a loucura beirando em cada esquina. Haviam estas linhas tortas, dialogos, enredos, acenos. E havia a imensa vontade de apagar seu nome.



Ana Frantz





Monday, 24 October 2011

Fuga




Nos escombros de si, rebuscava a fe.




Andarilha cega em busca da luz. Luz esta que nao lhe seria permitido ver. Nao com os olhos que emolduram seu rosto cansado. Esta luz cabalistica que e agora a unica salvacao, so poderia mesmo ser sentida, pela materia invisivel das coisas de dentro. Esta materia fragil e vital. Estrutura emaranhada com as dores e os prazeres. Um medo ou outro.



A mao que segura o rosto cansado, a lagrima no colo da ruga, o extase de se descobrir, enfim, no final da estrada.




Eram longos os dias sem sol. Pesada a sina do sonho. Nao havia aprendido a dizer nao, entao seguia... Sacrificio de quem renega a alma em pro da luta. Lutava.




Ate que um dia despertou em uma madrugada fria.





Havia uma mala pronta a espera.






AF




Wednesday, 19 October 2011




One must still have chaos in oneself to be able to give birth to a dancing star.





Friedrich Nietzsche

Monday, 17 October 2011

Dor e prazer




Estar distante e tantas vezes o mais proximo que posso chegar.



No silencio de tudo o que eu nao digo habitam os segredos que me salvam de uma fraqueza qualquer.




Nao tenho mais tempo para me equivocar. Com unhas grossas e afiadas, agora agarro o que e meu, sem piedade de quem nao conseguiu ler em mim, as verdades puramentes tatuadas a ferro e fogo em minha pele, quase sempre arrepiada, pela dor ou pelo prazer.




AF

Thursday, 13 October 2011

Self



"It is of course the greatest pleasure they will ever experience. These woman, their fingers have the same sensitivity as their legs. The fingertips have the same feelings as their feet. And when you touch their knuckles, it is like passing your hands around their knees. And this tender, fleshy part of the finger is the same as brushing your hands around their thighs. And finally... Every woman is a mystery to be solved. But a woman hides nothing from a true lover."



Don Juan De Marco

Wednesday, 12 October 2011

Wednesday, 28 September 2011



"Loneliness is the human condition. Cultivate it. The way it tunnels into you allows your soul room to grow. Never expect to outgrow loneliness. never hope to find people who will understand you, someone to fill that space. And intelligent, sensitive person is the exception. If you expect to find people who will understand you, you will grow murderous with disappointment. The best you'll ever do is to understand yourself, know what it is that you want, and not let the cattle stand in your way. Janet Fitch

Friday, 23 September 2011

Aventura





subo cada vez mais alto

olho cada vez mais longe


me sinto cada vez mais so

e vez por outra me falta o ar



e vez por outra enxergo paisagens

que eternecem o coracao

que suspendem tao repentinas

tudo que ate entao conheci


vez por outra quero falar

da minha propria historia

e ja nao ha ninguem por perto

ninguem que queira ouvir

olho para baixo





nasce a vontade de voltar


mas nessa altura da montanha

a perspectiva de um novo mirante

ou de um descanso reconfortante

instiga a ir alem

(sei que voltar ja nao e mais possivel)


e sigo subindo

e sigo subindo

e sigo subindo


ate que um dia

quem sabe

toque naquela estrela no ceu

(quem sabe)



Romar Beling

You better be HOME soon...


















Wednesday, 14 September 2011




"Gravitation is not responsible for people falling in LOVE"


Albert Einstein

Monday, 8 August 2011

Thursday, 28 July 2011



I waited for YOU.
But now is time to let you go.





I am going back HOME.

I am leaving you. That's all.

The best laugh we once shared will be the hardest to forget
Exchanging every fire work I once had for an ordinary smile.

There was nothing left unsaid.
About our undying LOVE for one another.
You suffocated every bit of air from my lungs by crying on my shoulders over the pain you had inside, for another.

Now I need to fly away to the nothingness and find freedom hidden inside its invisible cloak floating in the air.


AF

Monday, 25 July 2011

Me esvazio da tua presenca

Me esvazio da tua presenca intoxicavel e fatal. Meu coracao acelera em curvas que ja nao posso mais domar. Nao tenho medo do escuro da noite, nem dos gritos selvagens que escapam na madrugada de minha propria garganta. Te amaria ainda, ate o findar da ultima noite em chamas. Mas ja nao quero ser, a que espera em vao, por qualquer tipo de salvacao. Apenas a liberdade me salva. A liberdade de nao precisar respirar tua voz para me manter viva, e este tipo de libertacao que procuro. Minha entrega e para o nada e com ele preencho cada arteria do meu corpo ainda cheio de vida e desejo de amar em totalidade.




Ja me canso da covardia tao obscena. A fraqueza me da calafrios de medo. Nao quero contrair esta doenca feia e fatal. Quero tocar no invisivel e redesenhar seus contornos ainda tortos para a compreensao do mundo. Nao me basta o que faz sentido, quero sentir com a unha e o figado, o que e estar vivo dentro do outro. O resto nao me basta.



Sigo a frente, e me despeco de teus olhos claros, com a certeza de que te dei tudo o que havia para ser dado. Todas as certezas de que precisavas para seres audacioso o bastante para tomares a redea de tua vida em tuas maos.



Ainda havera tempo, para a fraterna amizade, esta que ja faz parte de nossos poros, tremulos e aflitos por outra gargalhada em tardes de quarta-feira. Mas meu absoluto tesouro, este eu recolho e te abandono a morna rotina de teus dias.



A frente, la na linha do tempo riscando um horizonte qualquer, entre meus voos tortos e cambaleantes, a distancia desenhara rabiscos no ceu, rastros brancos das coisas das quais fomos feitos, mas que passaram, como tudo na vida, passa.




Ana Frantz

Friday, 22 July 2011

Lavanda

Ele colhia as lavandas no jardim, para que o aroma doce e intoxicante de suas folinhas tao verdes me pudesse fazer dormir. Seus dedinhos tao finos organizavam o cobertor na cama e amaciavam o travesseiro onde em breve repousaria minha cabeca, e todos os pensamentos enlouquecidos que passaram por ela nas ultimas horas.


Com um beijo na testa nos despedimos; amanha sera sempre outro dia.


Uma outra vez, sofro ao nao entender como a intensidade de tudo o que fascina, poderia ser negada como a cegueira de quem tatea o invisivel em frente aos olhos cansados.


AF




Friday, 15 July 2011

Lamparina



Me acendes em dez milhoes de lamparinas luminosas, colorindo qualquer imensidao que era antes tao densa, impregnada das noites escuras. Essas lamparinas se entregam a atmosfera leve do teu sonhar e ganham altura impulsionadas pelo teu amor sempre sereno demais para ser tocado com os dedinhos crueis da realidade.



Me decifras sempre em cores tao casuais, nesta aquarela que pintas como se nela nem se quer tocasses. Me agigantas cada vez que inventas em mim qualquer cor. Quando silencia. Ou se entrega em demasia a tuas tao concretas profecias, qualquer coisa em mim se apaga.



Qualquer coisa em mim se dissipa.



E que estas aqui, para me lembrar dos codigos de tudo o que ha de sagrado em nos. Volateis criaturas, preenchidas apenas de ar e um sentimento profundo. Feitas do mundo.




So ha uma especie de amor que lateja e respira em nos, este que esta alem de qualquer compreensao. So sou plena quando respiro tua voz.



Ana Frantz

Letter to a friend

Safe journey! Give a big hug to every member of Frantz clan and send my deepest Love! Drink skoll, eat chocolate pizza, pastel with catupiry, caipirinha, churrasco (B&Q), go for a walk at Gruta dos Indios in Sta Cruz. Stop by Iluminura Livraria Cafe (Sta Cruz), tell Artur he is my little Prince. Go to Morro da Cruz, Catedral & have an ice cream at Marechal Floriano by the ancient trees of Tunel Verde. Tell my father I miss him every day. His books. His sense of calmness. The way he always gives me a good pat on my head as if I was still a little girl. Stare at the night sky and reflect on how enchanting the southern cross really is. Tell my Mum, that every night I search for our star over London skies, and I see planes passing by wishing she was landing here in one of them. Watch the sunset at Aero Club and the small planes with people learning how to fly them. Drink Chimarrao with my brother and tell him I often remember what he once told me about strength, and how important it was to keep going, like a soldier, and like Che Guevara (that in secret inspired him deeply)” Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamás”. Spend some time listening to song birds and how mystical they are below the equator. Try to indentify the ‘Bem te vi’ song- my grandmother favourite! Watch the moon rise from the hill’s on the east, staring at this same hills I have spent hours sitting on the top of my window, imagining hundreds of impossible things.Tell my sister Mana that I am still waiting for her to visit me here in London, so we can finally find her an English gentleman who she will fall deeply in love with. Spend an afternoon gaze at Provisorio or Amsterdan bar drinking the coolest beer with pao de queijo and just watch the world go by and how the hours seem to melt slowly in Santa Cruz. Tell my big sister Chica, I miss the time when she was my teacher at school and I could knock at her office asking for a pocket money so I could buy myself a snack and when she open her jewellery box giving me her most special ring just because I was sad. There are few things only family do for you. Give a big hug in Ana C and tell her I miss our time here in London, I’ve enjoyed being the BIG sensible sister for a little while. But most important of all, have yourself a wonderful time!!!! Let yourself to be contaminated by the Brazilian passion and easy going way of life, buy a Havaianas sandals and ‘NO STRESS’ for two weeks. When you arrive in Rio, breath in the beauty that surround a ‘Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil’. Listen to good Brazilian music and come back home with at list one song engraved in your heart. Safe journey my friend. Love, Ana x

(My friend is on his way to visit my sister and family in Brazil)

Thursday, 14 July 2011

Teus contornos nas bordas do meu coracao






Mergulho nesta atmosfera indefesa e aflita, que e habitar no outro sem se quer ter sido convidada a este passeio tao profundo e intimo.



Sabes que sou tua.


Sem mais nenhum devaneio. Apenas a honestidade crua de tudo o que e rotina em mim. Passo dias a desenhar o contorno do teu rosto sob as bordas do meu coracao, sempre aflito.



Sera que um dia viras?


Vez ou outra me olhas rente a pele e ri em voz alta; me pede para deixar de ser tola, insegura e infantil. Me prometes que nao vai embora e nunca e que nao me deixaria partir.


Pouco decifras que em mim trago um mapa e nele estradas que ainda anseio cavalgar. Vezes na poeira dura e seca, noutras nas plataformas da ilusao; esta que ja sabemos de cor.



Em certas madrugadas vejo teu espirito entrar em meu quarto e cheio de loucura dominar meu corpo e todas as coisas concretas em mim. Pela manha me sorris de leve, como se quisesse me dar a mao.



Na efermidade que me encontro te nego para outras vezes tua imagem se duplicar em milhoes de pinturas concretas na galeria de coisas secretas que levo em mim.

Adoeco nessa espera. Fico te assistindo calada, em tuas tentativas obscenas de ser feliz em estradas tortas. Como se esta rebeldia que forjas pudesse te libertar de tudo o que te machuca.No entanto pouco do que ha em ti desvendas. Como os segredos que teu olhar em silencio me revela quando pousas em mim...


E assim seguimos como dois cegos na contra mao.

Ana Frantz

Ta?













Thursday, 7 July 2011

Sem titulo





Escolho novos contornos.Redesenho o mapa do mundo, sempre tatuado a ferro e fogo na minha pele fugaz e sedenta.




Me perco outra vez so para ter o prazer de achar qualquer atalho no escuro. Era sempre o frio na barriga que antecipa um acontecimento o que me fazia sentir viva. Ou saciava qualquer sede em mim.




A fome de vida; que me ansiava e me cegava para a felicidade silenciosa, foi tambem o que me deu a coragem de me cortar tantas vezes, e tantas outras me deixar crescer, livre e selvagem como qualquer capim em total esplendor no meio do mato.







Gostaria de ter me contido com silencios.Mas a honestidade que a vida exigia naquela hora, era maior que todo o resto. Entao sozinha gritei. Ninguem entendeu.




Ana Frantz







Dreams that slowly become... this is the sweetest taste of reality! AF

Wednesday, 6 July 2011



" I am an excitable person who only understands life lyrically, musically, in whom feelings are much stronger as reason. I am so thirsty for the marvelous that only the marvelous has power over me. I only believe in intoxication, in ecstasy, and when ordinary life shackles me, I escape, one way or another. No more walls." Anais Nin

Thursday, 30 June 2011

A pedido de Marisa

If i dazzled you with cultural references will you go home with me?
A pedidos de Marisa, vamos la!




1. Existe um livro que relerias várias vezes?


Com certeza. Anais Ninn e Clarice Lispector. Suas palavras escondidas nas entre-linhas, nunca sao as mesmas. Algo nelas se renova sempre, e ha sempre outro misterio esperando ser descoberto. Ou sera que quem as le, se renova sempre?



2. Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Cloud Atlas de David Michell. O Ingles arcaico do inicio do livro, me deu preguica de rastejar ate seu nucleo mais sedento. Ainda volto.





3. Se escolhesses um livro para ler no resto da tua vida, qual seria?
Near the Moon de Anais Ninn, A Descoberta do Mundo de Clarice Lispector e o Livro dos Segredos de OSHO, um so e impossivel.




4. Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?
Talvez todos que ainda nao li. A Biblia e o Alcorao, que dao uma certa preguica, mas tenho uma vontade imensa de ter lido.




5. Que livro leste cuja “cena final” jamais conseguiste esquecer?
O destino de Giovanni Drogo no Deserto dos Tartaros de Dino Buzzati. Acho que todo mundo espera por aquele momento especial na vida; a hora que pudesse justificar e glorificar toda uma existencia. Giovanni Drogo espera sua vida inteira No Forte Bastiane pela chegada do exercito dos Tartaros e o combate que jsutificaria sua vida. Mas este nunca vem.




6. Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?
Sim. Nao cursei a pre-escola. Chorava muito, (nao via sentido em ir para a escola para brincar com os coleguinhas?)- acho que na epoca a didatica de pre-escola era diferente tambem. Entao minha mae convenceu a diretoria a deixar que eu 'brincasse' em casa. Para mim escola significava aprender a ler e a escrever. Assim que aprendi, um mundo completamente novo e magico se descortinou sob meus olinhos extasiados! Lia tudo o que aparecia na minha frente. Todas os contos de fadas, historinhas em quadrinhos da Turma da Monica, e muitos da colecao infant-juvenil vaga-lume. Minha irma era professora de portugues, e na epoca sempre um livro novo aparecia na estante. Eu adorava!




7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
O Cortico, de Aluisio de Azevedo- Nao gosto de Realismo, mas li ate o fim porque mesmo sendo escritor realista, Aluisio e muito bom.




8. Indica alguns dos teus livros preferidos.


The sweetest dreams by Doris Lessing, Nearer the Moon by Anais Ninn, Descobertas do Mundo, Agua Viva, Perto do Coracao Selvagem, de Clarice Lispector, Jane Eyre de Charlote Bronte, Madame Bovary de Gustave Flaubert, Deserto dos Tartaros de Dino Buzzati, As Aventuras da Menina Ma de Mario Vargas Llosa, O Pequeno Principe de Antoine de saint-exupery, Sophie's World de Jostein Gaarder, Woman who Run with the Wolves by Clarissa Pinkola, Why this World: A Biography of Clarice Lispector, The Sufis by Idries Shah




9. Que livro estás a ler?
The Museum of Innocence by Orhan Pamuk and Travelling Magically by Rima Morrell and Shadows in the Sun by Wade Davis




10. Indica dez amigos para responderem a este inquérito:
Romar Beling, Marcus Bugs, Tom Waechter, Luana Paula, Victoria O'Mail, Manuela Holtz, Ana Carolina Frantz,

Tuesday, 28 June 2011

Summer storms



Every time a storm approached our little city, surrounded by green hills, my father, would carefully open the front door and would stare at the rain until it was over. If a thunderlight striked on of the electrical wires stucked to the wooden pillars on the streets, the light will be off four hours. And he would give each one of us a candle to hold on to. The children would run up and down the house climbing the big stairways.





My two eldest sisters would be frightened from the dull light flicking in the dark. The gold and shady colours created by the flames. They would hide under the bed, while me and my brother would scream at each other, trying to scare ourselves. But nothing really worked, and we grow up not afraid of the dark.



My father is scared of nearly everything. And in his silence I think he prays to be brave. I just love him all the same. I've learned to be a warrior. Maybe is because I've left the house too young and I had to embrace the darkness by myself, without my brothers and sisters or the candles that my father used to give to me.



On those summer days. The storm often ceased within less than an hour. And everything went back to normal again. My father would close the door and the radio would be turned on again. I always prefered the house without the radio on. I used to be enchanted by the silence of our own voices on the coridor.


Ana Frantz








Assim








Demoradamente a hora do adeus se aproxima. Espreitando meus ombros que muito aflitos quase negam, esta hora suprema.





Ha um certo milagre no adeus.





Na coragem de se permitir nascer de novo, mas antes disso ha a morte.




Existe ja os contornos deste novo horizonte, que me chama e ecoa raios de sol, manhas mais alegres, pousos mais paternos.




Nao que tenha me cansado do voo selvagem e solitario. Poderia viajar nesta dimensao por outros anos ainda. Mas ha agora a nescessidade de nutrir os lacos eternos, abandonados por esta decada santa e infernal.




Tambem preciso provar a mim mesma, que nao era aquele olhar azul sempre tao manso que me dava a vida; isto tudo era eu que inventava! Va saber! Quem sabe sem o amor que eu depositava em seu corpo sempre tao confuso, ele serias apenas o mais mundano dos mortais.




Preciso ir. Ja nao posso ser assim tao feliz.





Ana Frantz





Monday, 27 June 2011



I WANT TO WEAR LESS HEART ON MY SLEEVES!


"What she had realised was that love was that moment when your heart was about to burst." Stieg Larsson

Um pulmao

Me esvazio da tua presenca, ate que nao reste mais nada. Teu vulto me assombra pela noite inteira, em segredo ainda sonho. Tenho tuas maos macias me segurando pela madrugada adentro, so para ter a certeza de que nao vou me atirar de precipicio algum so para te provar que sou valente.


Minha honestidade te cansa. Mas ainda cansado tu voltas.


Se fico muito tempo sem te ver, me perco. Mas quando te vejo e quando me perco ainda mais. Submissa ao teu infinito, tuas cores, teu aroma, tua geografia. Neste mergulho em ti sou sempre mais luz. Mais vida! Quando vais embora a luz se apaga e fica apenas aquele silencio ansiando uma resposta que nunca vem.


Quero apenas que tenhas esta certeza; ha um amor pulsante em mim. Que me devora cada vez que penso em ti. Tem dias que essa forca me consome inteira. Sou a fome, a miseria e esta vontade intensa de sobreviver. Porque e so tua presenca que me traz vida; o resto e apenas uma tentativa alucinada de manter o ar em meus pulmoes para que eu sobreviva tua proxima aparicao.


E quando vens e a luz; simples assim. O alivio transparente e palpavel que me eleva e me faz levitar.



Quando vais embora, e sempre com muita forca que sou arremessada contra o chao, do topo da nuvem mais alta. E outro dia amanhece sem que eu esteja ao teu lado; ainda assim eu sobrevivo. Mas com apenas um pulmao.


Ana Frantz




Tuesday, 21 June 2011

Ruas

Ando pelas ruas de Londres, como quem persegue velhos conhecidos. Tateando com os dedos dormentes, cada esquina da memoria. Monumentos a ceu aberto, beirando meu caos e minha estrutura plena. Velhos amores na gabine de telefone. Ecos do panico de quem um dia se perdeu.



Existe um certo cheiro nesta manha. O cheiro das coisas profundas, que mesmo quando nao sao mais o segundo e a hora, o dia fica empregnado na parede da memoria. Como se esta memoria fosse aos poucos vestindo a alma, com suas cores proprias, suas texturas e seus acordes.



Ando por esta cidade e me entrego como se eu fosse a propria rua, os tijolos, o marmore e a escultura de anjo no topo de um predio. Sou suas nuancias cinzas, sempre tao cinzas, como a vida daquele que esta sempre a espera de algo.



Londres penetra em minhas veias. Tenho medo de um dia partir desta cidade, como se longe destas ruas que aprendi a conhecer tao bem, ja nao pudesse conhecer a mim mesma.



Nas mesas dos bares onde vi copos de vinho aos poucos derreter as defesas de um amor proibido. Essas esquinas sao meus templos. Onde guardam a essencia do que foi verdadeiro em mim. Quando passo por elas, e como reconhecer um velho amigo, e por isso se sentir mais em casa. Como se eu pertencesse a ela e ela pertencesse a mim. No labirinto infindavel da cidade, tao velha e de tantos outros. Nesta manha, ela e minha e de mais ninguem.



De todos os templos sacramentados na memoria, das paredes que seguram meu sorriso mais pleno, era sempre ao lado dele, a historia mais bonita. Busco estas esquinas como quem precisa de um mapa. No entanto, nao preciso saber onde devo chegar, apenas preciso saber que estou aqui, e em tudo o que toco, ha uma profunda delicadeza em permanecer livre e ainda assim poder me entregar com tanta coragem, sem que tenha recebido qualquer contrato que me desse o direito de amar.



Amo o que me e proibido amar, e assim sou mais viva, sou ainda mais eu. Porque as vezes esse amor nem cabe em mim e precisa encontrar espaco para expandir.



Certos atos de fe, sao mesmo assim.Visito essas esquinas, como quem entra em seu templo sagrado, e implora por um pouco mais de vida antes que o sol se ponha.



Ana Frantz

Stargazer


You are my Universe.




Entirely.



But you insist on hiding the stars from me.




Even then, I know they are shinning through this little clouds, from where you hide.


AF

Friday, 3 June 2011





Teu olhar pousa em mim, macio e doloroso. Como a vida insistia em ser as vezes. Arranhava com calma e demora, como se sentisse um certo prazer.



Teu silencio me desprende de mim mesma e me assusto muito com os vultos que vejo.






E no mais e tudo preto e branco ate que chegues.



AF



Wednesday, 1 June 2011

HURT




NAO HA MAIS UMA UNICA GOTA SE QUER DE AMOR EM MEU CORPO CANSADO. SOU O BERCO DA AMARGURA E ACEITO MINHA DOR. A PORTA ESTA FECHADA POR FAVOR PARTA EM SILENCIO. NAO BATA NA PORTA E NAO INSISTA. AF

Tuesday, 31 May 2011

Museu



No meu museu das coisas amadas, talvez o tenha guardado como a estatua mais bela. Tao bem desenhada, traco por traco. Havia uma certa delicadeza. As maos muito finas, ostentando qualquer fragilidade que nao existia. Havia um monstro ali que com garras muito afiadas sempre feria meu coracao, tao valente por encara-lo de frente mesmo assim.



Guardo as conchas do mar que ele me trouxe nos dias bons, ate mesmo as pedras que nao nos permitiram seguir tao livres quanto estava escrito nas escrituras. Cuidadosamente dobro os pedacos de seda que ele me deu um dia e organizo as almofadas num canto da sala.



Nem tudo e apenas memoria. Aquele cheiro esta impregnado na plenitude deste final de tarde.



Acolho minha solitude como quem busca a salvacao. Nada faria mais sentido agora do que este silencio e a falsa sensacao de que posso enfim me distanciar para poder ser sa novamente. Inteiramente livre e vazia da felicidade com que ele me intoxicava sempre, para depois tomar de mim.



Ana Frantz

Impaciencia







Quanto vazio ainda poderia caber naquela mala velha?











As ruinas do silencio, construindo paredes onde antes havia uma ponte de arame e flores. O pavor de ver se diluir em poeira o que antes era sempre um sonho bom. As cores intensas aos poucos sendo pinceladas pela cinza atmosfera dos dias. Tudo sempre foi, uma grande ilusao.



Nao trocaria este silencio pelo eco daquela risada. A felicidade que ele me oferecia como uma esmola, sempre de migalha em migalha. Se ja nao posso ser o todo, nao quero mais nada. O extase que ele me oferecia vinha sempre manchado de passado e nos. Era efemero demais a companhia. Delicados e frageis os cordoes que ligavam aquilo que julgavamos mais nobre. A amizade.



De vez enquando eramos um exemplo de pureza e lealdade, noutros a ausencia e o silencio tao palpaveis negavam qualquer elo antes desenhado a lapis em um pano muito fino.




Eu sempre estive la.Esperando por ele entre tempestades e raios, noutras em tardes quentes. Houveram noites de muito gelo. Sempre era a mesma sombra a catar caminhos, a espera do chamado e do dia em que fragilizado e sozinho, ele choraria por minha mao. Eu o levaria de volta pra casa, o guiaria com o brilho que as noites muito escuras possuem. Eu o aceitaria de volta ao meu reino intoxicado de liberdade. Portoes sempre abertos ao acaso. O guardiao do sonho.




Agora jogo fora todo o vicio que a presenca dele me causou.




Ja sigo outra. Carrego novos desastres em minhas maos e sonhos mirabolantes que nunca serao reais. Vivo neste imenso jardim secreto com portoes fechados e grades muito altas, so consegue espiar o que acontece aqui dentro quem tem asas. Para os pes fincados no chao, meu acenar de maos e o desejo que nao morram de tedio e solidao.




Aos covardes generosamente entrego minha profunda impaciencia e para quem nao ouviu os desejos mais profundos de seu coracao, dedico minha pena mais profunda e visceral.




Ana Frantz

Sunday, 29 May 2011

The two men I love


I love two men in my life.
I hate two men in my life.

They are capable of the most worst atrocities. They deny me with passion and convulsion. But always gain me back, with a twist of luck. I still not sure why I walk backwards when one should only look ahead.

They have my heart. They hold the map. They have left me here waiting. I don't own a compass but I know south is always where the heart is, but I can't get there on my own.

I love them. They love me, but are utterly scared of my love. I have flames and darts. I hold secrets and laughs. I make them happier than they could ever be brave enough to feel. So they leave me here. Waiting.

I know when the seasons change the winds will also change direction and I will be naturally taken somewhere else.

Until them I sit here and wait, on my world to change.

I wish they could be brave enough to hold the hurricane and my most intense voice, but they are not.

AF

LONELY IN LONDON


My loneliness do not come within but from the desire of sharing. A hug, a laugh, a dinner, a conversation a touch. The human connection which makes you feel alive through love.

I am falling again and on the mist of my great despair there is no one there to catch me. The voice inside that tells me I am strong enough to go through life on my own is untrue. I am not strong and never was. I can not learn to get used to with this silence. I hate hugging my own pillow. I don't have a doll.
AF

Colisao


Te perco em minhas colisoes.

Ha tantos desastres em minhas maos e meu corpo cansado da queda ja nao quer se acostumar com as perdas e com o silencio impregnado nas paredes antigas, pintadas com as cores amargas do adeus.

Era sempre um outro amor impossivel me esperando na esquina e o som das sirenes despertando na madrugada qualquer sonho bom.
Este caos que se instala sem me avisar, nem sempre vem cheio da ousadia dos dias novos da primavera.

Ja me canso. Sou a mulher mais cansada deste mundo. Sempre a merce de alguma outra coisa que se escapa de meus dedos frageis, embora minhas maos sejam grandes e meus longos dedos possuem a espessura dos dedos de uma pianista, estou sempre fora do ritmo, da melodia e do passo de danca.

Talvez tenha me acostumado com esta solidao tao absurda. Ainda procuro uma saida. Uma passagem de aviao, para qualquer lugar isolado o bastante para justificar este silencio avassalador em mim.

Preciso te dar minha solidao, meu silencio e minha ausencia. Para que entendas todas as coisas que fui obrigada a entender, em dias assim.


Mais uma vez e hora de partir, rasgando pedaco por pedaco cada soho construido com o papel mais fino e delicado das coisas.

Nao quero a fuga de quem nega sua dor. Quero mergulhar com ela ate que nao haja mais nenhum folego vivo em meus pulmoes soterrados de soluco e fumaca. Vou ficar parada neste silencio que me aborrece ate que qualquer som me traga de volta a vida. Talvez nem mesmo os anjos poderiam entonar qualquer cancao, quando este silencio absoluto naufraga tudo em mim.

Ana Frantz

Friday, 27 May 2011

Teu chamado








E era sempre assim; teu chamado beirando o caos de minhas estranhas amplitudes, deixava tudo ainda mais intenso. Essa intensidade me cansava. Havia a fome. A fome desmedida ate mesmo do ar que entrava e saia de meus pulmoes, como se ao te ver, parado em minha frente eu pudesse me tornar ainda mais viva, ainda mais intensa. Entao ja fragilizada pelo teu dominio descompromissado, eu me deixava que me despisse com teu olhar, peca por peca, de minha alma tao bem coberta pelos veus das minhas ilusoes mais obscenas.





Era sempre assim. Eu corria em tua direcao com a furia de vulcoes e fogos que ardem em completa plenitude. Afobada ansiava sempre por este momento. O que precede a fresta na porta que se abre vagarosamente. E me deixava queimar por tuas labaredas, sem que me tocasse com teus dedinhos tao frageis.





E que as horas eram longas extensoes do tedio, ate que inesperadamente me chamasse para a vida novamente. Me acordando e me sacudindo para todas as coisas que exigem a coragem suprema e indefinivel. Mesmo com medo eu sempre me entregava por inteiro.


So sou inteira diante de ti. E esta revelacao do misterio de mim mesma, e sempre uma surpresa, ate para mim. Esta descoberta e sempre um universo, um outro universo, ganhando dimensoes avassaladoras em nos.









Ana Frantz











"Our love of each other was like two long shadows kissing without hope of reality."Anaïs Nin

She says it all

"I am the most tired woman in the world. I am tired when I get up. Life requires an effort I cannot make. Please give me that heavy book. I need to put something heavy like that on top of my head. I have to place my feet under the pillows always, so as to be able to stay on earth. Otherwise I feel myself going away, going away at a tremendous speed, on account of my lightness. I know that I am dead. As soon as I utter a phrase my sincerity dies, becomes a lie whose coldness chills me. Don't say anything, because I see that you understand me, and I am afraid of your understanding. I have such a fear of finding another like myself, and such a desire to find one! I am so utterly lonely, but I also have such a fear that my isolation be broken through, and I no longer be the head and ruler of my universe. I am in great terror of your understanding by which you penetrate into my world; and then I stand revealed and I have to share my kingdom with you."Anaïs Nin






There are many ways to be free. One of them is to transcend reality by imagination, as I try to do.





Anais Nin

Encontro

Nao. Eu jamais poderia ter previsto o milagre da tua aparicao. Eras enfim o misterio e o alivio. A mao macia do destino, que como em um passe de magica autoriza o voo. Meu espirito se expandiu em milhoes de particulas coloridas quando te vi chegar. Era primavera. O tempo certo das coisas florirem.


Desde sempre; houve o amor e a impossibilidade.





De vez enquando fugiamos. Noutras nos entregavamos muito. O maior medo que sentiamos era o de que a realidade nao poderia ter sido jamais assim, como a viamos; as cores tao intensas, os sons sempre certeiros, ritimados com os passos de danca ou as batidas do coracao. E o riso, aquela gargalhada solta e sempre tao escandalosa. Nao era palco, era a estrada. Nosso maior medo era o de admitir nossa propria loucura. A loucura que nos consumia quando estavamos um na presenca do outro.



Para tanto encontro, havia sempre a fome. E o medo de que se um dia a saciassemos, todo este misterio tambem teria fim.


Entao seguimos, perseguindo um ao outro na imaginacao e nos dias divididos ao sabor das tardes efemeras. No dolorido aperto de maos quando a alma queria sempre o corpo inteiro. Aprendemos desde cedo que o que nos mantinha mais vivos do que os simples mortais era a fome que nunca saciavamos por inteiro.


Ana Frantz

Livros que me acompanham em 2009

  • Notes from my travels- Angelina Jolie
  • THE SHAMANIC WAY OF THE HEART - Chamalu- Luis Espinoza
  • Shooting Butterflies - Marika Cobbold
  • The Global Deal - Climate change and the creation of a new era of progress and prosperity- Nicholas Stern
  • The Penelopiad- Margaret Atwood
  • Discover Atlantis - Diana Cooper
  • Tne Gift - How the creative spirit transform the World - Lewis Hyde
  • My East End: A history of Cockney London- Gilda O'Neil
  • Delta of Venus- Anais Ninn
  • The Little Prince- Antoine de Saint Exupéry *** Apr
  • Doidas e Santas- Martha Medeiros (March)
  • The English Patient by Michael Ondaatje
  • Gilead by Marilynne Robinson - Feb
  • Healing With the Faries by Doreen Virtue (Feb)
  • Montanha Russa- Martha Medeiros (Feb)
  • O codigo da Inteligencia - Augusto Curry - Feb
  • O Ensaio sobre a cegueira - Jose Saramago ( Jan Lendo)

Livros que andaram comigo em 2008

  • Meditacao a primeira e ultima Liberdade by OSHO ( Dec)
  • The English Patient by Michael Ondaatje (Dec Lendo)
  • Harry Potter and the Philosopher's Stone - J.K Rowling (Oct Lendo)
  • The PowerBook - Janette Wintersone (Oct- )
  • A vida que ninguem ve- Eliane Brum (Sep - Lendo)
  • The Birthday Party - Panos Karnezis - (Sep )
  • Ensaio sobre a Lucidez -Jose Saramago (Lendo...)JUN
  • Nearer The Moon -Anais Ninn (Lendo..) JUN
  • Superando o carcere da emocao - Augusto Cury(lendo...) JUN
  • Perdas e Ganhos- Lya Luft Jun(Releitura) Jun
  • A Mulher que escreveu a Biblia - Moacyr Scliar(May) ****
  • The Secret By Rhonda Byrne (May)
  • Time Bites -Doriss Lessing March (lendo...)
  • Life of Pi - Yann Martel (March to May )
  • The Kite Runner -Khaled Hossein /March ****
  • Back when we were geown ups / ANNE TYLER (larguei na metade)
  • O Sonho mais doce - DORIS LESSING /Feb ****
  • The Crimson Petal and the White- MICHAEL FABER / Dec-Jan / ***

Livros que me acompanharam em 2007

  • Burning Bright - TRACY CAVILER
  • Fear of flying - ERICA JOUNG (larguei na 50th pagina)
  • I'll take you there - JOYCE CAROL OATES ***
  • Memorias de minhas putas trsites GABRIEL GARCIA MARQUEZ ***
  • The Siege - HELEN DUNMORE ***
  • A girl with a pearl earing - TRACY CHAVILER ***
  • A year in Province PETER MYLES ( larguei na metade)
  • The mark of the angel- NANCY HUSTON-
  • A bruxa de portobelo - PAULO COELHO -
  • Under the Tuscany Sun - FRANCES MAYA -
  • Sophie's World - JOSTEIN GAARDER *
  • The umberable lightness of being - KUNDERA- **
  • As aventuras da menina ma MARIO VARGAS LOSA - ****

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